Senadora apresenta projeto ao Sebrae para reajuste dos microempreendedores individuais

Reajustar o valor máximo de faturamento dos microempreendedores individuais (MEI), que hoje é de R$ 81 mil, é o objetivo do projeto de lei intitulado “SuperMEI”. A proposta visa modificar a Lei Complementar 123/2006 e os valores de enquadramento desses pequenos negócios.

Reajustar o valor máximo de faturamento dos microempreendedores individuais (MEI), que hoje é de R$ 81 mil, é o objetivo do projeto de lei intitulado “SuperMEI”. A proposta visa modificar a Lei Complementar 123/2006 e os valores de enquadramento desses pequenos negócios.

O projeto foi apresentado ao presidente do Sebrae, Décio Lima, na terça-feira (6), pela senadora Ivete da Silveira (MDB-SC). O texto também propõe a atualização do valor de faturamento de acordo com a inflação e a permissão para a contratação de até dois trabalhadores por esses empreendimentos.

Senadora apresenta projeto ao Sebrae para reajuste dos microempreendedores individuais

A proposta é importante e é um tema que já estamos debatendo, inclusive por meio da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa. Vamos negociar com os ministérios do Empreendedorismo, da Fazenda e com a Receita Federal para chegarmos a um ponto comum, uma espécie de rampa para os microempreendedores individuais que superarem o teto de faturamento.

Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.

O presidente do Sebrae destacou ainda que a entidade e o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp) se reunirão nesta semana para tratar desse assunto e de outras demandas do setor. “Esse valor, com a inflação, ficou comprimido. E, em alguns casos, quando a pessoa começa a estourar o teto, ela começa a abrir um novo MEI no nome do cônjuge. O ministro Márcio França e eu temos a preocupação de resolver isso. Então, é mais uma proposta que nos ajuda a solucionar uma questão de muitos anos”, concluiu Lima.

 

Fonte: Agência Sebrae

Isenção do IR: governo pede retirada de urgência e destrava pauta na Câmara

O governo federal pediu ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (5) a retirada do pedido de urgência do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.   Em regime de urgência, os projetos podem ir direto para votação do Plenário, sem passar pelas comissões.

O governo federal pediu ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (5) a retirada do pedido de urgência do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.  

Em regime de urgência, os projetos podem ir direto para votação do Plenário, sem passar pelas comissões. Nesse tipo de tramitação, a Câmara tem até 45 dias para votar o texto. Se isso não acontecer, a pauta fica trancada, ou seja, nada mais pode ser votado até que o projeto em urgência seja apreciado. Esse prazo acabou na última sexta-feira, 2 de maio, para o projeto do IR.

Isenção do IR: governo pede retirada de urgência e destrava pauta na CâmaraConforme antecipou a CNN, a retirada da urgência foi costurada com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para possibilitar que seja criada uma comissão especial para a análise da proposta. A instalação dessa comissão está prevista para esta terça-feira (6).

O projeto de lei que modifica o IR foi enviado ao Congresso, no final de março, junto a um pedido para acelerar a tramitação. 

Com a retirada do pedido de urgência, o processo passará a ser discutido pela comissão especial, que tem caráter temporário e será criada somente para isso. O colegiado poderá fazer alterações no projeto. Os trechos de maior divergência dizem respeito a forma de compensar a perda de arrecadação.  

Projeto IR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Congresso Nacional, em março, o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mi e reduz a incidência do tributo para quem recebe de R$ 5 mil a R$ 7 mil por mês. 

A medida é uma das promessas de campanha de Lula e tem avanços em um contexto de queda de popularidade da gestão petista, inclusive diante da classe média, a mais beneficiada pela iniciativa.   

De acordo com as projeções do Ministério da Fazenda, a iniciativa representa uma renúncia de R$ 25,84 bilhões na receita da União. Para compensar a perda, o governo propôs fixar um patamar mínimo ao imposto de quem ganha a partir de R$ 50 mil por mês, que equivale a R$ 600 mil por ano. A taxa aumentará de forma gradual até atingir o valor máximo de 10% para aqueles com renda maior que R$ 1,2 milhão por ano.

 

Fonte: CNN

Projeto sobre isenção do IR pode ser votado pelo Plenário no segundo semestre, avalia Motta

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a expectativa é que a proposta (PL 1087/25) que isenta o pagamento de Imposto de Renda (IR) para que ganha até R$ 5 mil mensais seja votada no Plenário somente no segundo semestre.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a expectativa é que a proposta (PL 1087/25) que isenta o pagamento de Imposto de Renda (IR) para que ganha até R$ 5 mil mensais seja votada no Plenário somente no segundo semestre.

Segundo Motta, a avaliação é que a discussão na comissão especial dure aproximadamente dois meses para que o texto possa cumprir todos os prazos regimentais. Ele participou nesta segunda-feira (28) do evento J. Safra Macro Day, em São Paulo, que teve discussões sobre conjuntura macroeconômica e geopolítica do Brasil e do mundo.

Projeto sobre isenção do IR pode ser votado pelo Plenário no segundo semestre, avalia MottaMotta afirmou que a proposta do governo tem uma boa aceitação entre os deputados, mas disse que texto será alterado para garantir que os benefícios não tragam impacto negativo para a economia.

“O desafio é tentar encontrar a maneira menos danosa para que essa medida possa se estabelecer, mas, do ponto de vista da justiça tributária, temos um assunto bem pacificado”, defendeu o presidente.

Gastos públicos
O parlamentar voltou a cobrar que o Executivo lidere a agenda de revisão dos gastos públicos. Segundo ele, o Congresso está disposto a debater esse tema, mas a iniciativa deve partir do governo.

Para Hugo Motta, é preciso avançar nessa agenda, sem que o governo precise prejudicar sua plataforma política. Uma das propostas que o Parlamento está disposto a debater, segundo o presidente, são as isenções tributárias.

“Temos mais de R$ 650 bilhões em renúncias, e isso é pesado para nossa máquina”, ressaltou.

Motta também defendeu a discussão sobre eficiência da máquina pública. Ele destacou que algumas mudanças não precisam passar por iniciativas de alterações na Constituição, como uma reforma administrativa. Conforme o presidente, há projetos infraconstitucionais que podem ajudar o cenário econômico e melhorar a eficiência da administração pública.

“Daríamos um grande passo para que nossa máquina pública seja mais eficiente, mais enxuta e isso ajudaria no cenário econômico”, disse Motta.

Responsabilidade
Hugo Motta afirmou ainda que o Congresso vai agir com responsabilidade fiscal e buscar sempre propostas que tornem o ambiente mais seguro para investimentos. Ele ressaltou que o crescimento econômico e o aumento na geração de empregos podem sinalizar a adoção de medidas que tornem o país mais forte e atrativo.

“Vamos procurar a condução mais equilibrada e serena possível para o nosso país”, disse o presidente.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto permite que micro e pequenas empresas recebam recursos de investidor-anjo

O Projeto de Lei Complementar 154/24 permite que microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) que optaram pelo Simples Nacional possam receber recursos de pessoas físicas ou outras empresas, como investidores-anjo. A Câmara dos Deputados analisa a proposta, que altera a lei do regime tributário simplificado para micro e pequenas empresas (Lei Complementar 123/06). 

O Projeto de Lei Complementar 154/24 permite que microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) que optaram pelo Simples Nacional possam receber recursos de pessoas físicas ou outras empresas, como investidores-anjo.

A Câmara dos Deputados analisa a proposta, que altera a lei do regime tributário simplificado para micro e pequenas empresas (Lei Complementar 123/06). Hoje essa legislação impede essas empresas de operar como sociedade por ações.

Projeto permite que micro e pequenas empresas recebam recursos de investidor-anjoO projeto estabelece que elas só poderão receber recursos dos chamados investidores-anjo, assim definidos pelo marco legal das startups e do empreendedorismo inovador (Lei Complementar 182/21).

O que é investidor-anjo
Segundo a lei, o investidor-anjo é a pessoa física ou empresa que investe o próprio capital em startups e empresas de pequeno porte inovadoras. Ele não se equipara a sócio da empresa, não possuindo responsabilidade por dívidas ou obrigações.

O investimento é formalizado por meio de um contrato de participação, que define os termos e condições do aporte de capital.

“Ao permitir a captação de investidores-anjo por um período determinado, sem a perda dos benefícios do Simples Nacional, a proposta demonstra um entendimento das necessidades das MEs e EPPs e um compromisso com o fomento do crescimento empresarial”, argumenta o autor do projeto, deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES).

Próximas etapas
A proposta será analisada pelas comissões de Indústria, Comércio e Serviços; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Governo atualiza regras para isenção de Imposto de Renda sobre rendimentos pagos a residentes no exterior

A alteração promovida pelo Decreto nº 12.429, de 2025, teve como objetivo a transferência para a RFB da competência pela gestão de sistema de registro das operações de promoção no exterior de produtos e serviços brasileiros com benefício fiscal de redução a zero da alíquota do Imposto de Renda sobre a remessa de pagamento.

A alteração promovida pelo Decreto nº 12.429, de 2025, teve como objetivo a transferência para a RFB da competência pela gestão de sistema de registro das operações de promoção no exterior de produtos e serviços brasileiros com benefício fiscal de redução a zero da alíquota do Imposto de Renda sobre a remessa de pagamento.

Governo atualiza regras para isenção de Imposto de Renda sobre rendimentos pagos a residentes no exteriorO Decreto busca racionalizar a atuação da Administração no que se refere ao benefício fiscal, promovendo unificação institucional entre os responsáveis pelo registro da operação e pelo controle fiscal relativo à redução do imposto.

A proposta também revoga dispositivo que continha menção expressa ao registro de operações no Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio – Siscoserv em razão da desativação do sistema. O Decreto só entra em vigor 90 dias após a sua publicação.

 

Fonte: Receita Federal

Fisco minimiza impacto do novo IR em dividendos no Simples Nacional

O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, minimizou nesta 4ª feira (9.abr.2025) o impacto que a proposta de reforma do Imposto de Renda trará a quem recebe dividendos de empresas do Simples Nacional –regime tributário geralmente utilizado por pequenos negócios. Segundo ele, 2,2 milhões de empresas do Simples emitem dividendos.

O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, minimizou nesta 4ª feira (9.abr.2025) o impacto que a proposta de reforma do Imposto de Renda trará a quem recebe dividendos de empresas do Simples Nacional –regime tributário geralmente utilizado por pequenos negócios.

Segundo ele, 2,2 milhões de empresas do Simples emitem dividendos. Dos sócios que os recebem, só 0,09% se enquadram na categoria de rendimento anual acima de R$ 1,2 milhão –quando começa a incidir por inteiro a tributação adicional do novo IR.

Fisco minimiza impacto do novo IR em dividendos no Simples Nacional“O Simples Nacional não é atingido por isso, praticamente”, declarou Barreirinhas a congressistas em uma reunião da Frente Parlamentar do Comércio e Serviços.

Dividendos são a parte do lucro distribuída aos sócios como remuneração pelo investimento, no caso das empresas do Simples. As regras mudam a depender do porte da companhia.

A reforma da renda proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determina a cobrança de uma taxa adicional que começa gradualmente para quem recebe a partir de R$ 600 mil ao ano e vale integralmente para as rendas superiores a R$ 1,2 milhão. Entenda mais nesta reportagem.

Esse cálculo vai considerar salários, aluguéis e dividendos. A expectativa do governo é arrecadar R$ 25 bilhões com a medida.

O aumento da cobrança das rendas consideradas maiores vem para compensar outra determinação do novo Imposto de Renda: a isenção para quem recebe até R$ 5.000 ao mês. Os cofres públicos devem perder cerca de R$ 26 bilhões com a medida.

O secretário Robinson Barreirinhas não disse durante a reunião da frente parlamentar quantos sócios de empresas do Simples poderiam ser afetados a partir da tributação gradativa de quem recebe de R$ 600 mil até R$ 1,2 milhão. É possível que o percentual mencionado de 0,09% aumente nesse contexto.

A REFORMA DO IR

Lula enviou ao Congresso em 18 de março o projeto de lei sobre a isenção do Imposto de Renda. A nova regra só vale depois que passar pela aprovação dos deputados e senadores, que podem mudar o texto.

Na prática, o presidente quer ampliar o número de pessoas que, legalmente, não pagam depois de declarar os dados à Receita Federal. Para compensar a perda de arrecadação, o plano é colocar um tributo adicional que funciona de forma gradativa de quem ganha a partir de R$ 600 mil ao ano.

Leia no infográfico abaixo um resumo das principais mudanças que o governo busca emplacar: 

A Receita Federal estima que a isenção ampliada trará uma perda de R$ 26 bilhões. O plano é arrecadar R$ 25 bilhões com a tributação adicional. Além disso, espera-se uma alta de R$ 9 bilhões com tributação de dividendos ao exterior.

 

Fonte: Poder360

“O maior IVA do mundo é o que pagamos hoje”, diz secretário da Reforma Tributária

O secretário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, rebateu as críticas de que o Brasil terá um dos maiores Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do mundo. Segundo ele, a alíquota mais elevada já é paga hoje pelos contribuintes — a diferença é que, atualmente, isso ocorre sem qualquer transparência.

 

O secretário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, rebateu as críticas de que o Brasil terá um dos maiores Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do mundo. Segundo ele, a alíquota mais elevada já é paga hoje pelos contribuintes — a diferença é que, atualmente, isso ocorre sem qualquer transparência.

“O maior IVA do mundo é o que pagamos hoje”, diz secretário da Reforma TributáriaPara Appy, qualquer cálculo sobre a carga tributária embutida em produtos e serviços atualmente não passa de um “chute”. Ele esteve no 11º Fórum Anual de Investimentos do Bradesco BBI, realizado nesta terça-feira, em São Paulo.

— O maior IVA do mundo é o que nós temos hoje. A maior alíquota de IVA do mundo é o que nós temos hoje. Só que hoje ela está sem transparência. Agora ela vai ser com transparência. É ruim? Não, é bom. É um IVA alto e bagunçado. Vai ser só alto e sem bagunça. […] Posso garantir uma coisa para vocês. O número que aparece na notinha de vocês a cada ano é chutado. Isso é certeza absoluta.

Segundo Appy, o mercado financeiro pode até não estar atento às discussões sobre a reforma neste momento, mas é fundamental que as empresas acompanhem o tema, para que consigam adaptar seus modelos de negócios.

Ele avalia que, em um sistema distorcido como o atual, as companhias moldam suas estratégias para pagar menos tributos, mesmo que isso não se traduza em ganhos de produtividade.
— Quando você tem um sistema todo distorcido como o sistema atual, as empresas se ajustam. Elas acabam se adequando. Agora, as empresas vão ter que se reorganizar para trabalhar com sistemas sem distorções. Óbvio que isso é positivo do ponto de vista da produtividade. […] As empresas hoje têm um incentivo a se verticalizar, a fazer internamente aquilo que um terceiro pode fazer de forma mais eficiente, porque tem uma redução do custo tributário, porque ela não recupera crédito quando o terceiro faz aquela atividade.

Appy estima que a reforma pode trazer ganho de 10 pontos percentuais no PIB. Pelas novas regras, os estados e municípios podem ampliar ou reduzir sua alíquota de IBS (que reúne ICMS e ISS), mas o secretário negou que isso possa levar a uma nova guerra fiscal. No Brasil, o IVA será dual — uma junção entre IBS e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS, que junta PIS/Cofins e IPI).

— No novo modelo, o IBS é cobrado no destino. Então, 100% da receita pertence ao estado e ao município. No modelo atual, você tributa a produção, e não o consumo. Ou seja, você cria um incentivo para dar benefício fiscal em detrimento dos outros estados e dos outros municípios. Então, a guerra fiscal só funciona porque tem a cobrança na origem. Isso vai deixar de existir com a reforma tributária.

A secretaria não espera grandes diferenciais da alíquota padrão entre estados e municípios. Embora, em teoria, o novo sistema pudesse incentivar uma disputa pelo consumo — com entes federativos reduzindo impostos para atrair contribuintes —, Appy considera essa possibilidade improvável.

Ele também diz que o novo modelo traz mais transparência. Hoje, afirma, os estados já conseguem ampliar ou reduzir impostos ao alterar a base de cálculo ou conceder benefícios fiscais.

— O novo modelo é totalmente transparente. Ao contrário do que acontece hoje, no modelo atual, o estado consegue aumentar a arrecadação sem ninguém saber quem está pagando a conta. Eu mexo na subseção tributária, mexo na margem de valor adicionável. Eu estou aumentando o preço do consumidor final, mas ninguém tem ideia de por que aconteceu isso.

 

Fonte: Folha PE

Entenda como será isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

Mais 10 milhões de brasileiros deverão ser beneficiados com o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 5 mil, anunciado hoje (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto foi encaminhado ao Congresso Nacional. 

Mais 10 milhões de brasileiros deverão ser beneficiados com o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 5 mil, anunciado hoje (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto foi encaminhado ao Congresso Nacional. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que a proposta terá impacto neutro sobre a arrecadação do governo, apenas redistribuindo a renda.

“É um projeto equilibrado do ponto de vista fiscal e que busca a justiça social. Com ele, não se pretende

arrecadar mais nem arrecadar menos. Com ele, se pretende fazer justiça, garantir que as famílias até essa faixa de renda possam ter até o final do mês um alento, um aconchego maior”, declarou o ministro na cerimônia de assinatura do projeto, no Palácio do Planalto.

Entenda como será isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

A isenção vai gerar uma renúncia fiscal prevista em R$ 25,84 bilhões e será financiada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês – ou seja, 0,13% de todos os contribuintes do país. O governo também pretende tributar a remessa de dividendos para o exterior, em qualquer valor e apenas quando o dinheiro for destinado a cidadãos estrangeiros.

Aumento da isenção

Caso seja aprovada pelo Congresso, a proposta valerá a partir de 2026. O governo pretende não apenas elevar a faixa de isenção do imposto de renda para R$ 5 mil como conceder um desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês.

A tabela do Imposto de Renda ficará da seguinte maneira a partir do próximo ano:

Acima de R$ 7 mil, a tabela progressiva do imposto de renda será aplicada normalmente. Atualmente, a isenção da tabela do imposto de renda pessoa física beneficia apenas quem ganha até R$ 2.259,20.

“Essa é a primeira reforma da renda significativa do país porque mexe numa ferida social de longa data. A todo instante, lembramos que o Brasil figura entre as dez maiores economias do mundo, mas também figura entre as dez mais desiguais”, disse Haddad na apresentação do projeto.

Quem pagará mais imposto

A tributação sobre altas rendas, ressaltou o Ministério da Fazenda, atingirá apenas 0,13% dos contribuintes e apenas 0,06% da população. Essa parcela paga somente 2,54% de alíquota efetiva média de Imposto de Renda porque a maior parte dos rendimentos é isenta. Enquanto isso, o trabalhador com carteira assinada tem, em média, 69,18% da renda tributada com alíquota de até 27,5% de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

“Sabemos que o Brasil cobra Imposto de Renda na fonte, no trabalho, mas não cobra sobre o capital. Nós focamos [com a reforma do Imposto de Renda] em quem não paga imposto, ou em quem paga muito pouco imposto, que está entre o 0,2% mais rico da sociedade. Não estamos falando de 10% da população, mas de um quinto de 1% da população afetada por esse projeto, condizente com o que paga um trabalhador comum”, disse Haddad.

Serão atingidas pelo Imposto de Renda mínimo as seguintes pessoas:

  •   apenas 141 mil contribuintes (0,13% de quem paga IRPF);
  •   rendimento superior a R$ 600 mil por ano, que hoje pagam alíquota efetiva média de apenas 2,54%;
  •   passarão a ter alíquota efetiva média de apenas 9%;
  •   não é imposto novo, apenas nível mínimo para o IRPF.

Tributação para altas rendas

Em relação à tributação para altas rendas, o cálculo será feito da seguinte forma. Primeiramente, a Receita Federal somará toda a renda recebida no ano. 

O cálculo considera:

  •   salário;
  •   aluguéis;
  •   dividendos;
  •   outros rendimentos.

Se essa soma for menor que R$ 600 mil anuais (R$ 50 mil mensais), não há cobrança adicional. Se ultrapassar esse valor, aplica-se uma alíquota gradual que chegará a 10% para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais por ano (R$ 100 mil mensais).

Na hora de calcular o valor do imposto devido, rendimentos isentos por lei ou pela Constituição ou rendimentos com imposto retido na fonte serão excluídos, como:

  •   salários, aluguéis, honorários e outras rendas com IR retido na fonte;
  •   ganhos com poupança;
  •   títulos isentos;
  •   herança;
  •   aposentadoria e pensão de moléstia grave;
  •   ganhos de capital na venda de bens (como imóveis que se valorizaram);
  •   indenizações;
  •   outros rendimentos mobiliários isentos.

Após todas as deduções feitas, o imposto mínimo a pagar será calculado com base numa fórmula matemática que deduz o valor mínimo de R$ 600 mil por ano e aplica uma alíquota gradual.

Alguns exemplos de tributação para a alta renda:

Os dividendos – parcela do lucro das empresas distribuídas aos acionistas – passarão a pagar 10% de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) se a soma for superior a R$ 50 mil por mês. A remessa de dividendos ao exterior também pagará 10% de IRRF, sobre qualquer valor, mas, nesse caso, o desconto será feito apenas a pessoas físicas e empresas domiciliadas em outros países. Desde a década de 1990, os dividendos são isentos de Imposto de Renda.

Haverá a garantia de que a tributação efetiva da empresa, somada à tributação mínima sobre o dividendo da pessoa física não será superior a:

  •   34% nas empresas não financeiras;
  •   45% nas empresas financeira.

Se ultrapassar, haverá restituição ou crédito da declaração de ajuste anual da pessoa física. Nesse caso, a alíquota efetiva de dividendos poderá ficar menor que 10% com a devolução de parte do IRRF no ano seguinte.

Trabalhadores com carteira

O imposto mínimo considera o que já foi pago. Se um contribuinte com R$ 1,2 milhão anuais pagou 8% de IRPF, terá que pagar apenas mais 2% para atingir os 10%. Se um contribuinte com R$ 2 milhões já pagou 12% de IRPF, não pagará nada a mais. A medida, portanto, não pune o trabalhador com carteira assinada de alta renda que tem o Imposto de Renda descontado na fonte e entrega a declaração de ajuste todos os anos.

Informais que recebem por Pix

Em relação aos informais ou a trabalhadores informais ou trabalhadores formais que fazem bico e recebem por Pix, o Ministério da Fazenda esclarece que nada mudará, mesmo se a renda total mensal ultrapassar os R$ 50 mil. Segundo a pasta, não haverá tributação adicional sobre esse valor porque a nova regra não afeta salários, honorários, aluguéis ou outras rendas já tributadas na fonte.

Na prática, quem ganha mais de R$ 50 mil por mês só será afetado se parte significativa desse valor vier de rendimentos isentos, como dividendos.

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Fonte: Agência Brasil

Governo vai liberar saldo do FGTS a quem optou por saque-aniversário

Os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e foram demitidos sem justa causa poderão sacar os recursos depositados pela empresa antes da dispensa. Na sexta-feira (28), o governo federal publicará medida provisória liberando os recursos, confirmou o Ministério do Trabalho e Emprego.

Os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e foram demitidos sem justa causa poderão sacar os recursos depositados pela empresa antes da dispensa. Na sexta-feira (28), o governo federal publicará medida provisória liberando os recursos, confirmou o Ministério do Trabalho e Emprego.

Governo vai liberar saldo do FGTS a quem optou por saque-aniversárioA medida beneficiará 12,1 milhões de trabalhadores dispensados desde janeiro de 2020 até a data da publicação da MP e injetará R$ 12 bilhões na economia. Segundo o Ministério do Trabalho, os valores serão creditados na conta cadastrada no FGTS em duas etapas.

Na primeira etapa, será depositado valor até o limite de R$ 3 mil da parcela depositada pelo empregador anterior. Se o valor for superior, o saldo restante será liberado numa segunda etapa, 110 dias após a publicação da MP.

A liberação ocorrerá apenas nessas duas fases.

Depois desse prazo, os trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário e forem demitidos não poderão acessar o saldo, que permanecerá retido.

Nesta terça-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniria com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e as centrais sindicais para comunicar a medida. No entanto, o encontro foi adiado por problemas de agenda, informou o Palácio do Planalto. Durante a tarde, Lula se reuniu com Nísia Trindade, quando comunicou-a da saída do cargo de ministra da Saúde.

Saque-aniversário

Criada em 2019 e em vigor desde 2020, a modalidade do saque-aniversário permite a retirada de parte do saldo de qualquer conta ativa ou inativa do fundo a cada ano, no mês de aniversário.

Em troca, o trabalhador não poderá sacar o valor depositado pela empresa em caso de demissão sem justa causa, apenas a multa rescisória.

O período de saques começa no primeiro dia útil do mês de aniversário do trabalhador. Os valores ficam disponíveis até o último dia útil do segundo mês subsequente.

Caso o dinheiro não seja retirado no prazo, volta para as contas do FGTS em nome do trabalhador.

 

Fonte: Agência Brasil

Receita Federal institui piloto do programa Receita Sintonia para estimular conformidade tributária

A Receita Federal do Brasil (RFB) publicou nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, a Portaria RFB nº 511/2025, que institui o piloto do Programa Receita Sintonia. A medida visa estimular o cumprimento das obrigações tributárias e aduaneiras das empresas por meio da concessão de benefícios a contribuintes com as mais altas notas de conformidade tributária.

A Receita Federal do Brasil (RFB) publicou nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, a Portaria RFB nº 511/2025, que institui o piloto do Programa Receita Sintonia. A medida visa estimular o cumprimento das obrigações tributárias e aduaneiras das empresas por meio da concessão de benefícios a contribuintes com as mais altas notas de conformidade tributária.

Receita Federal institui piloto do programa Receita Sintonia para estimular conformidade tributáriaEntre os principais benefícios está a possibilidade de ingresso no Procedimento de Consensualidade Fiscal, conhecido como Receita de Consenso. Este procedimento incentiva a prevenção e solução de controvérsias tributárias e aduaneiras, destinando-se às pessoas jurídicas com a mais alta classificação nos Programas de Estímulo à Conformidade.

Acesse a Portaria RFB nº 511/2025, publicada no Diário Oficial da União do dia 24 de fevereiro.

O contribuinte ainda terá como benefício a prioridade na análise de pedidos de restituição e ressarcimento, atendimento prioritário, após análise das prioridades estabelecidas em lei. A classificação será divulgada gradualmente ao longo do ano, a partir deste mês de fevereiro.

O programa Receita Sintonia abrange pessoas jurídicas ativas tributadas pelo lucro real, presumido ou arbitrado, assim como entidades sem fins lucrativos imunes ou isentas do IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Empresas com menos de seis meses de registro, órgãos públicos e organizações internacionais não estão incluídas no piloto.

O Receita Sintonia está alinhado às melhores práticas internacionais de conformidade tributária, seguindo diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O programa reforça o compromisso do Brasil com a modernização da administração tributária e a transparência fiscal, promovendo um ambiente de negócios mais previsível e confiável.

 

Fonte: Receita Federal