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Como gerenciar equipes que trabalham à distância?

O modelo de trabalho home office tem conquistado muitos adeptos não só na área de tecnologia, mas em diversos setores e empresas. A tecnologia derrubou algumas barreiras e tornou o trabalho remoto possível e acessível. Isso se explica graças aos inúmeros benefícios encontrados dentro desse modelo, que favorece não só os colaboradores, mas também as companhias. No entanto, pouco se fala sobre os desafios de gerenciar as equipes e medir os resultados dos times à distância.

Um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que 81% da população gostaria de trabalhar de casa. O estudo mostrou ainda que 71% das pessoas gostaria de ter mais flexibilidade em sua jornada. A pesquisa demonstra um aumento na qualidade de vida e na produtividade. Entre os que aderiram ao home office, 45% afirmam que passam menos tempo no trânsito, 52% convivem mais com a família, 49% estão menos estressados e 54% creem que passaram a ser profissionais mais produtivos.

Sabemos que dois aspectos ajudam a impulsionar esse modelo de trabalho. O primeiro deles é um movimento feito pelas empresas que enxergam no home office uma maneira de reduzirem a infraestrutura dos espaços físico, proporcionando uma redução nos gastos e otimização nos custos. O outro é uma demanda que parte do profissional que está em busca de maior qualidade de vida e flexibilidade na rotina de trabalho.

Do ponto de vista de gestão de equipes, a produtividade e o engajamento dos profissionais talvez seja a maior preocupação da liderança e o grande entrave para fazer o modelo deslanchar de vez. Existem inúmeras ferramentas que fazem a gestão de trabalho e de processos de forma completamente digitalizada, mas a grande barreira é a cultura de desconfiança. No Brasil, e em países da América Latina como um todo, temos muito a necessidade do contato físico com as outras pessoas. O microgerenciamento das tarefas é outro grande impasse. A liderança, muitas vezes, se perde na centralização e fortalece esse modelo de desconfiança imposto pelas relações de trabalho pré-moderna.

Acredito que o primeiro passo para gerenciar equipes à distância seja migrarmos do atual modelo baseado em horas de serviço para resultados entregues. Medir os resultados e as metas de acordo com as funções desempenhadas e os indicadores de performance. Dessa forma, não importa quantas horas o profissional se dedicou à tarefa, desde que ele entregue as metas estipuladas.

Nesse sentido, o departamento de recursos humanos tem duas missões, sendo a primeira delas fortalecer os valores e a missão das organizações. Fazer com que mesmo à distância seja possível engajar o profissional na cultura da organização. A segunda é desmistificar alguns conceitos de gestão e liderança que são fruto de anos de modelo formal de relação de trabalho. Nesse modelo, a liderança acontece por meio da influência e do convencimento. Os seja, os profissionais têm o líder como um grande exemplo e o seguem por considerarem um influenciador nas decisões de carreira e estilo de trabalho.

É importante dizer que nem todos os profissionais conseguem se adaptam a esse regime de trabalho. É preciso ter muita maturidade para gerenciar de maneira responsável o tempo, a automotivação e os resultados. Nós, seres humanos, somos seres de rotinas e hábitos, quanto mais repetimos uma ação, mais ela cristaliza em nossa memória. Para os profissionais que desejam adotar o trabalho home office, é indispensável saber que essa rotina precisa ser criada para que o trabalho remoto funcione.

Minha dica para os líderes e gestores é que mantenham uma gestão aberta e transparente. Para garantir que o trabalho esteja acontecendo e que os resultados virão, crie metas e indicadores tangíveis. Deixe claro o que espera de resultado e coloque-se a disposição para ajudá-los nesse percurso. Mantenha um canal de comunicação próximo com toda a equipe. Não é por que estão fisicamente distantes que o afastamento precisa atrapalhar o diálogo e a troca de informações. Avalie a necessidade de reuniões semanais com toda equipe e faça da tecnologia sua grande aliada. Hoje existem uma série de softwares e aplicativos que permitem o acompanhamento e gestão de tarefas. Essas ferramentas permitem ainda que as etapas do projeto sejam divididas entre membros de determinada equipe. Isso facilita e muito a atualização da execução de cada etapa de um projeto, além de gerar transparência e comunicação entre a equipe.

Trabalhar sem fronteiras é uma das possibilidades para o futuro do trabalho. A tecnologia está a nosso favor e, à medida que o mindset também se transformar e adotar novas possibilidade para as relações de trabalho, veremos os chamados nômades digitais se tornarem uma realidade em todas as profissões.

 

Autor(a): Diego Barbosa

Fonte: Contabilidade na TV

Link: http://www.contabilidadenatv.com.br/2018/10/como-gerenciar-equipes-que-trabalham-a-distancia/

Coworking ou home office, qual a melhor opção?

Coworking ou home officeCoworking ou home office: Não existe uma resposta exata para a questão apresentada, tudo dependerá de qual será a real necessidade do profissional e, principalmente, a capacidade de adequar sua produtividade a esses modelos

O atual mercado, que exige maior agilidade na tomada de decisões, possibilita novidades nos formatos de trabalhos que no passado eram inimagináveis. Dentre esses, um destaque é a possibilidade de não ter mais uma sede própria para empresa, rompendo as fronteiras físicas para empreender. Hoje existem alternativas como o home office ou o coworking.

Mas, até que ponto são interessantes esses modelos de trabalhos e qual é o mais vantajoso? Primeiramente acho importante elucidar o que seria home office e coworking.

Home office é a possibilidade de um profissional trabalhar da própria casa, sem se deslocar para o trabalho. Já coworking é um modelo de escritório compartilhado, onde se obtém um espaço profissional, mas com custos bastante reduzidos.

Contudo, antes de optar por uma dessas opções é preciso se aprofundar mais nos prós e contras de cada modelo:

 

Home office – economia que necessita de disciplina

Quando a pessoa pensa em um home office, a ideia é minimizar ao máximo os custos administrativos que ela possui, tais como aluguel de escritório, gastos com transportes e refeição. Com certeza isso é uma realidade, e outros benefícios como também podem ser somados, como eliminação do tempo de deslocamento aos trabalhos e a possibilidade de ficar mais à vontade para criar.

Porém, muitas vezes as pessoas ao optar por esse caminho esquecem um pequeno detalhe. É necessária muita organização e disciplina para optar pelo home office. A possibilidade de ficar mais relaxada pode fazer a pessoa produzir com melhor qualidade em alguns casos, mas, para outras esse pode resultar em perda de foco profissional. Principalmente, quando o espaço é compartilhado com familiares.

Outro ponto que deverá ser levado em conta é que não se elimina todos os custos de um escritório, pois, nessa conta deverão ser considerados gastos com materiais de escritórios, energia, telefone, dentre outros. E o ponto mais complicado nessa opção se torna a necessidade de receber um cliente para uma reunião de negócios, para a qual o espaço da residência deverá estar totalmente adaptado.

 

Coworking – pagando pouco pelo lugar adequado

A opção por um coworking trará um custo um pouco maior do que a do home office, contudo, muito menor do que o aluguel de qualquer escritório, existe também a dificuldade de ter que se deslocar para local de trabalho e de que muitas vezes o local não possui a estrutura ideal (principalmente os gratuitos).

Em contrapartida, as vantagens são muito grandes, pois, terá um espaço profissional para trabalhar, podendo ter um maior foco. Além disso, poderá optar por um espaço com localização estratégica para os negócios e que também estará apto para receber clientes para reuniões (opte por espaços que disponibilizem essa opção gratuita).

Ponto favorável é que pesquisando se poderá encontrar escritórios de coworking que possibilizam todo o suporte de um escritório incluso em um único valor, possibilitando até mesmo recepcionistas e atendentes com atendimento personalizado. Além de ter suporte técnico em caso de problemas técnicos.

Existe também o benefício da estrutura que possibilita o crescimento do negócio, pois, se precisar contratar terá só a necessidade de aumentar os espaços locados. Por fim, esses locais são ideais para realização do network, já que dividirá os profissionais com outros profissionais que podem abrir outras opções de negócios.

Enfim, não existe uma resposta exata para a questão apresentada, tudo dependerá de qual será a real necessidade do profissional e, principalmente, a capacidade de adequar sua produtividade a esses modelos. Sendo assim necessário grande planejamento.

 

Autor: Fernando Bottura

Fonte: Administradores

Como gerir funcionários que trabalham em esquema home office

Especialista em gestão e liderança, Renato Grinberg afirma que o melhor modelo de gestão deve combinar elementos à distância e presencial

Especialista em gestão e liderança, Renato Grinberg afirma que o melhor modelo de gestão deve combinar elementos à distância e presencial

Trânsito, estresse e o tempo de deslocamento em transportes públicos lotados são fatores que, cada vez mais, colaboram para que as empresas aumentem a busca por uma equipe que trabalhe em esquema home office.

Segundo o especialista em gestão e liderança, Renato Grinberg, contratar funcionários para trabalhar em home office pode trazer muitos benefícios para as empresas e esta é uma tendência que está crescendo no Brasil. Mas quais as estratégias de gestão para esse modelo de negócio?

Para o especialista, o melhor perfil de profissionais para trabalhar de casa são os chamados “knowledge workers”, profissionais que estão sempre em busca de novas informações e fontes de aprendizagem, e acompanham a evolução das tecnologias, da informação e do desenvolvimento de novos modelos de negócio, além de serem criativos e empreendedores.

“A gestão de funcionários nessa forma de trabalho necessita de algumas estratégias específicas, como por exemplo deixar claro as expectativas da empresa e tornar a comunicação mais efetiva entre gestores e subordinados. Além disso, a organização é essencial para garantir que todos os funcionários remotos ou não consigam atingir as metas no trabalho”, afirma.

Para Grinberg, também é primordial desenvolver um alto grau de confiança entre os líderes e funcionários para garantir o sucesso neste processo. “Os gestores precisam aprender novas maneiras de fazer a gestão remota. Mas é sempre importante ter algum tipo de contato presencial de tempos em tempos”, explica.

Entre as diferentes formas de realizar esse modelo de gestão estão treinamentos, presenciais ou não, que a empresa pode oferecer, certificações e até propor que os funcionários compartilhem os seus conhecimentos e experiências uns com os outros. “O melhor modelo de gestão combina elementos de home office e presencial, que podem aumentar a economia e a produtividade das empresas, uma vez que diminuindo a carga horária presencial dos funcionários, as empresas podem ocupar espaços menores e mais baratos”, finaliza Grinberg.

Sobre Renato Grinberg

Renato Grinberg é especialista em liderança e gestão de empresas, tendo passagem por grandes multinacionais nos EUA como a Sony Pictures e Warner Bros. Atualmente é diretor da BTS (consultoria global presente em 35 países) que trabalha com grandes empresas e start-ups de alto potencial. Grinberg é também autor de diversos livros, incluindo os best-sellers de carreira e negócios “A estratégia do olho de tigre” e “A excelência do Olho de Tigre” (editora Gente).

 

Fonte: Contabilidade na TV

Link: http://www.contabilidadenatv.com.br/2018/08/como-gerir-funcionarios-que-trabalham-em-esquema-home-office/

O home office sob a ótica da nova legislação trabalhista

Ao empregado em regime de teletrabalho, a lei cuidou de garantir os mesmos direitos que os demais empregados, quanto a férias + 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS + 40%, licenças e outros

Os avanços tecnológicos vivenciados nos últimos tempos trouxeram reflexos também para as relações de trabalho, com o nascimento de novos formatos organizacionais de trabalho, surgindo a necessidade de regulamentação do teletrabalho, conhecido também como home office.

A Consolidação das Leis do Trabalho em seu artigo 6º, alterado pela Lei 12.551/2011, tratou de equiparar o trabalho executado no domicílio do empregado com o trabalho executado no estabelecimento do empregador, desde que presentes os pressupostos da relação de emprego, evidenciando a necessidade de regulamentar o regime de teletrabalho.

A Lei nº 13.467/2017, que tratou da Reforma Trabalhista, definiu o teletrabalho como sendo:

“A prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, como a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constitua como trabalho externo”.

Há que se destacar ainda que, de acordo com as alterações trazidas pela reforma trabalhista, é importante que se observe todos os requisitos legais para que a contratação na modalidade de teletrabalho produza os seus efeitos legais, nesse sentido, trazemos alguns destaques:

– A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente no contrato de trabalho, com especificação das atividades que serão realizadas;

– É de responsabilidade do empregador a aquisição, fornecimento e manutenção dos equipamentos tecnológicos e infraestrutura necessária à prestação do trabalho remoto, bem como pelo custeio das despesas necessárias à prestação dos serviços;

– Caberá ainda ao empregador, de forma expressa e ostensiva, instruir o empregado sobre as regras de ergonomia, saúde e segurança do trabalho, a fim de prevenir doenças e acidente de trabalho, e, ao empregado, comprometer-se em seguir as instruções dadas pelo empregador.

As horas extraordinárias na modalidade de teletrabalho serão indevidas, desde que o empregador se abstenha de efetuar qualquer tipo de controle da jornada, sob pena de ser tornarem devidas ao empregado remuneração pelas eventuais horas extras laboradas. Serão equiparados na jornada aqueles feitos por controle de login e logout, telefonemas ou vídeos conferências constantes, controle do tempo de conexão e outros.

Deste modo, o empregado terá ampla liberdade para determinar o horário de início e término da sua jornada e, em contrapartida, o empregador poderá mensurar a produtividade através de metas e resultados, independentemente do horário em que a tarefa foi executada.

Dispõe ainda a CLT que o comparecimento do empregado no estabelecimento do empregador, se indispensável para a realização de atividades específicas (treinamentos, reuniões, retirada e entrega de documentos), por si só não tem o condão de descaracterizar a prestação de serviços em regime de teletrabalho.

Importante mencionar também que a contratação pela modalidade em teletrabalho não é imutável, sendo possível a mudança do regime presencial para o teletrabalho e vice-versa. Na primeira hipótese, é obrigatório o mútuo acordo entre as partes. Já a alteração do regime de teletrabalho para o presencial poderá ocorrer apenas por determinação do empregador, hipótese em que deverá ser observado o prazo de 15 dias, para que o empregado possa se adaptar à transição.

Ao empregado em regime de teletrabalho, a lei cuidou de garantir os mesmos direitos que os demais empregados, quanto a férias + 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS + 40%, licenças e outros.

 

Autor(a): Regina Nakamura Murta

Fonte: Administradores

Link: http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/o-home-office-sob-a-otica-da-nova-legislacao-trabalhista/124837/