Como os empreendedores de alto crescimento resolvem problemas complexos?

Existem dois tipos de pessoas no mundo. Aquelas que acreditam que a realidade já tem todas as respostas e aquelas que olham ao redor e se perguntam: o que nós ainda não enxergamos?

Peter Thiel, no livro De Zero a Um, nos provoca a seguir por esse segundo caminho, completamente desconhecido e pouco explorado. Sair em busca dos segredos que nos cercam.

Os segredos são o meio do caminho entre as convenções e os mistérios. Enquanto as convenções são as respostas que encontramos quando chegamos ao mundo — a gravidade, o mapa-múndi e a gramática, por exemplo — os mistérios são as perguntas que parecem impossíveis de serem respondidas pela humanidade — como a existência de vida em outros planetas.

Entre esses dois extremos, vive um outro tipo de pergunta. Essas são as questões difíceis de serem respondidas, mas não impossíveis. Exigem de nós enxergar uma verdade que poucos conseguem ver, pensar o que ninguém antes pensou e acreditar que somos capazes de realizar milagres. Milagres que se tornam reais quando criamos e recriamos tecnologia.

A tecnologia alarga o potencial humano e, por isso, cria o que parecia impossível.

Thiel comenta em seu livro que:

“Os Homens não decidem o que vão construir escolhendo as opções disponíveis em um catálogo cósmico; em vez disso, ao criar novas tecnologias, nós reescrevemos o mundo como ele é.”

Na prática, são poucos os que se dedicam inteiramente a descobrir algo inédito. São empreendedores de alto crescimento como Marcos Santos, da Aquarela, Christian De Cico, da Arquivei, Matthew Kligerman, da Escale, Kleber Bacili da Sensedia e Luís Novo, do Skore, acelerados no programa Radar Santander, em parceria com a Endeavor.

Diferente desses empreendedores, a maioria das pessoas vive como se não existissem mais segredos no mundo. Isso porque cada descoberta provoca o efeito contrário: quanto mais você revela novos segredos, menos acredita que existem outros a serem descobertos.

Então, o que nos leva a acreditar que o mundo já está pronto?

Peter Thiel acredita que essa crença nossa, enraizada ao longo do tempo, de que todas as respostas já foram encontradas começa muito antes: na aula de geografia da escola. O mapa-múndi que conhecemos não tem mais nenhum espaço em branco. Se nós tivéssemos nascido no século XVI, metade do planeta seria completamente desconhecido.

Hoje, todo o planeta está ao alcance de uma busca do Google Earth. Fica muito mais difícil descobrir algo, quando o planeta inteiro já foi escaneado pelos satélites.

Porém, mesmo com tantos mapas já desenhados, Uri Levine decidiu começar um do zero. Se uma rua fosse bloqueada, uma árvore caísse ou o trânsito na via principal estivesse intenso, esse mapa seria atualizado em tempo real. Assim nasceu o Waze.

Durante três anos, ele mapeou as ruas de Tel Aviv, usando o GPS no celular de alguns usuários para desbravar o território.

Se ele acreditasse que não era possível reinventar os mapas do jeito que conhecíamos, o Waze não existiria

Quando o primeiro mapa estava desenhado, foi questão de tempo para ganhar escala e torná-lo acessível ao mundo inteiro, chegando em 50 milhões de usuários em menos de 4 anos.

A verdade que poucos enxergam — e que talvez seja o segredo sobre os segredos — é que ainda existem milhares de fenômenos e negócios a serem descobertos, mas eles só se revelarão àqueles que, de verdade, se dedicarem a persegui-los.

Hoje, por exemplo, a Escale está provando que é possível criar uma nova cultura de relação entre Marketing e Vendas para funcionarem de forma integrada, unindo o on e o off para melhorar a conversão de vendas. Já a Arquivei mostra que existe um modo mais eficiente de armazenar e gerir Notas Fiscais e documentos.

Enquanto a Aquarela usa o que existe de mais inovador em inteligência artificial para criar projetos de alta complexidade em Data Analytics; o Skore abraça o desafio de organizar todo o conhecimento de uma empresa e a Sensedia está transformando as experiências digitais, influenciando o ecossistema mobile no Brasil — uma API de cada vez.

Se você, empreendedor(a), deseja seguir esse caminho, comece por uma pergunta simples: que companhia de muito valor ninguém ainda está construindo?

Toda resposta que você encontrar vai te levar a descobrir um novo segredo: algo que é importante, mas desconhecido para a maioria das pessoas. Difícil, mas possível de ser realizado. E o que você vai descobrir em seguida é extraordinário: se existem muitos segredos no mundo, provavelmente ainda existem muitas empresas inovadoras esperando por um empreendedor para trazê-las ao mundo.

Sim, existem dois tipos de pessoas no mundo. Qual delas você quer ser?

 

Fonte: Endeavor

Link: https://endeavor.org.br/desenvolvimento-pessoal/como-os-empreendedores-de-alto-crescimento-resolvem-problemas-complexos/

O que os empreendedores devem saber sobre o e-Social

O e-Social, regulamentado pelo Decreto nº 8373/2014, veio para ajudar as empresas

As empresas têm hoje diversas obrigações fiscais a serem cumpridas e que devem ser comunicadas aos órgãos públicos como INSS, Receita Federal, Ministério do Trabalho, Caixa Econômica Federal. Cada declaração é elaborada em sistemas, e em momentos, diferentes.

O E-Social, regulamentado pelo Decreto nº 8373/2014, veio para ajudar as empresas, uma vez que sintetiza num só sistema de envio eletrônico todas as informações que os órgãos precisam receber e que estarão interligadas entre si.

Para ajudar nesta missão, separei uma lista sintetizada das obrigações fiscais a serem incorporadas pelo E-Social: GFIP-Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social; CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados para controlar as admissões e demissões de empregados sob o regime da CLT; RAIS-Relação Anual de Informações Sociais; LRE- Livro de Registro de Empregados; CAT-Comunicação de Acidente de Trabalho; CD- Comunicação de Dispensa; CTPS–Carteira de Trabalho e Previdência Social; PPP-Perfil Profissiográfico Previdenciário; DIRF-Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte; DCTF-Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais; QHT– Quadro de Horário de Trabalho; MANAD–Manual Normativo de Arquivos Digitais; Folha de pagamento; GRF–Guia de Recolhimento do FGTS e GPS– Guia da Previdência Social.

A criação do E-social vai facilitar a vida das empresas e a do Governo no processo de fiscalização. Dessa forma, o passivo fiscal de cada funcionário ou tomador de serviço poderá ser acessada facilmente através de um único banco de dados.

Já para o cidadão, é a certeza de que não haverá erros com seus dados, garantindo seus direitos previdenciários e trabalhistas, simplificando processos como os de aposentadoria, seguro acidente do trabalho e saque do FGTS, agilizando a checagem de informações.

O início da aplicação do novo sistema começou no dia 1 de janeiro para as empresas que faturaram acima de R$ 78 milhões no ano de 2016. Para os demais, a obrigatoriedade inicia a partir do dia 1 de julho.

Você que é empresário, fique atendo. Qualquer dúvida consulte o seu contador. Vale lembrar que a maioria dos sistemas informatizados já foram preparados para integração, portanto, quando você faz a sua folha de pagamento, já terá quase que 100% das informações necessárias que o governo precisa saber.

O governo desburocratizou e facilitou a gestão para as empresas, para o cidadão e para ele mesmo.

 

Autor(a): Carlos José Berzoti

Fonte: Administradores

Link: http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/o-que-os-empreendedores-devem-saber-sobre-o-e-social/124448/

6 lições que empreendedores podem aprender com atletas vencedores

Dar o pontapé inicial em uma empresa é um desafio tão grande quanto se tornar um grande jogador. Muitos tentam, mas só um será o Neymar.

Cuidar da carreira de um jogador é como levar uma startup ao seleto clube dos unicórnios.

Não é fácil.

Começar no Santos e chegar ao auge sendo disputado por dois dos maiores clubes da Europa e do mundo não é pra qualquer um. Abrir um negócio na garagem de casa e transformá-lo num estrondoso sucesso mundial como, a título de comparação, o Whatsapp, também não.

Neymar começou no time da Vila Belmiro em 2009. O Whatsapp fez sua estreia nos celulares no mesmo ano. Em 2011, o Barcelona arrematou o passe do craque por, segundo o clube, 17,1 milhões de euros (as investigações depois sobre a transação elevaram o suposto valor para 57 milhões de euros). Em 2014, o Facebook comprou o aplicativo de mensagens por 19 bilhões de dólares. No ano passado, o Paris Saint-Germain pagou a multa de 222 milhões de euros para transferir o ponta-esquerda de Barcelona para capital francesa.

As cifras milionárias, no caso de Neymar, e bilionárias, na aquisição do Whatsapp, têm em comum a dura realidade empreendedora para conquistá-las. Para se tornar um artilheiro e um dos jogadores mais admirados do planeta é preciso acordar cedo, vestir a camisa, treinar muito, ser obstinado, ter paixão pelo que faz, tomar muita rasteira, se levantar, acreditar, correr atrás do objetivo, contar com o apoio do time e da torcida, jamais desperdiçar as melhores jogadas e nunca, em hipótese alguma, desistir.

Alguma diferença aí com sua rotina, caro empreendedor?

De olho nos dois mundos, vem ganhando força nos últimos anos a oportunidade de unir a experiência dentro das 4 linhas com o ecossistema empreendedor transformando jogadores em investidores. A ideia é aproximar o aprendizado da vida esportiva ao campo dos negócios.

E a jogada vem dando certo.

Com um tempo médio de carreira de 10 a 15 anos, um astro do futebol acumula um patrimônio invejável, mas o final da história de muitos é conhecido – como se aposentam muito cedo e não fazem uma boa administração das boladas que recebem, terminam por queimar todo dinheiro sem pensar no amanhã. Pedro Boesel, sócio da XP Investimentos e piloto de Stock Car, indica que por volta de 50% deles entram em falência três anos depois de encerrar a carreira; 80% após cinco anos.

Construir uma nova vida empreendedora como mentor e anjo de startups vem se mostrando um caminho atrativo para muitos atletas que sabem o valor não só do capital, mas do prestígio que podem emprestar para ajudar a acelerar novos negócios.

Quando são revelados, os jogadores são apoiados por empresários (nem sempre do ramo do futebol) que investem e os orientam para construir suas carreiras até chegar a um grande clube. Depois que penduram as chuteiras, investir em startups é uma forma de fechar o ciclo, ajudando novos empreendedores com o capital acumulado com, literalmente, muito suor.

Assim como alguém apoiou seu talento lá atrás para que pudesse se tornar um grande atleta, seja comprando chuteiras, pagando o transporte ou ajudando a família, após encerrar a jornada esportiva chega a hora de devolver ao mercado parte do que conquistaram nos gramados, criando novos negócios, impulsionando a economia e gerando empregos. Antes investidos, agora são investidores.

O basquete americano está repleto de ex-jogadores fazendo cestas de três pontos em empresas nascentes de tecnologia. Kevin Durant, ídolo do Golden State Warriors e terceiro maior salário anual da NBA (R$ 190 milhões, incluindo patrocínios), tem um portfólio nada modesto de investimentos em startups digitais que incluem empresas como a Postmates e a Acorns.

Durant e Andre Iguodala, outra estrela milionária do Golden, construíram um estreito relacionamento com VCs, principalmente com Andreessen Horowitz, que os apresentou várias startups. Iguodala já armou jogadas com empresas como a Trumid, Thrive Global, Walker & Company e The Player’s Tribune.

A lista de investidores bons de cesta segue e é grande – LeBron James, Stephen Curry, Magic Johnson, Shaquille O’Neal; todos estes e muitos outros estão destinando parte da fortuna para comprar ações de empresas de tecnologia e participações em startups. Em outros esportes, a tenista Serena Williams, o jogador David Beckham e vários outros atletas engrossam o time de atletas-anjos.

Por aqui, atletas brasileiros também já começaram a despertar para oportunidades de investimento em startups. O pentacampeão Edmílson anunciou no final do ano passado o Campeão, Programa Inteligente. A startup conecta consumidores com empresas parceiras do programa de fidelização. Ao invés de acumular pontos, os consumidores recebem de volta parte do valor da compra (cashback). O atacante Alexandre Pato investiu no Soccer-1, aplicativo que ensina os princípios básicos do futebol para treinar crianças e adolescentes.

Empreendedores têm muito a aprender com os atletas. A plataforma de crowdfunding ReadyFundGo listou seis ensinamentos do mundo esportivo que são inspiradores para quem não quer sair de campo derrotado.

Faço minha contribuição com a visão de quem tem dois sócios ex-jogadores profissionais de grandes clubes – Alex Dias, que jogou em times como São Paulo, Cruzeiro, Vasco, Fluminense, Saint-Ettiene e Paris Saint-Germain, e Roberto Gomes, que atuou, entre outros times, no Atlético Paranaense, Atlético Mineiro, Goiás e Atlético Goainiense -, somada com minha experiência como um ex-integrante da Tropa de Elite do Exército Brasileiro que também trouxe muito aprendizado da vida militar ao mundo dos negócios (leia meu outro artigo – 10 Táticas Militares para Vencer a Guerra Empreendedora).

1. Mantenha o foco

Para chegar no ataque e marcar gol é preciso saber como alcançar seu objetivo. Com um time pequeno e um caixa magrinho, é fundamental planejar e não cair na tentação de tentar resolver tudo ao mesmo tempo ou se concentrar apenas no desenvolvimento do produto. Cuide do físico e da mente, controle as emoções, esteja pronto para as jogadas do adversário e nunca esqueça que o gol é sua meta. Foque.

2. Escolha o que não fazer mais do que o que deve fazer

É essencial identificar quais os talentos e potencialidades seus e do seu time. Saber dizer não é tão importante quanto saber dizer sim. Estabeleça prioridades e deixe claro aos atletas qual o papel de cada um para a jogada ensaiada dar certo. Lembre-se que em um novo negócio menos pode significar mais.

3. Confiança, autoconfiança e resiliência

Esta é sine qua non. Se você não acredita no seu projeto, não crê em si mesmo e joga a toalha antes mesmo de entrar no octógono é melhor desistir da luta empreendedora. Ela é dura, não tenha dúvida. E somente os mais fortes, persistentes, confiantes e resistentes conquistarão a medalha de ouro. Só chega em primeiro quem tem fé cega no seu taco.

4. Otimize e gerencie sua energia

Para ser um atleta de ponta é preciso ter muita disciplina. Ter uma vida saudável e regrada, praticar exercícios, dormir bem, beber água, ter uma boa alimentação e saber a hora de tirar um tempo para respirar são uma receita da qual um empreendedor também não deve abrir mão. Sua vida no escritório não pode ser uma esgotante maratona. Lembre-se sempre que você, o técnico, e seus executivos, os atletas, são os principais ativos do negócio. Sem vocês não tem time, não tem jogo.

5. Curiosidade, aprendizado constante e autorreflexão

Em um mundo em frenética e constante transformação, vence o empreendedor que lidera tendências e não o que copia modelos inovadores. Estude muito. Sempre. Mantenha você e seus atletas conectados com a bola que está rolando dentro e fora de campo. Estude o time adversário. Faça benchmarking. Aprenda a jogar em várias posições e esteja sempre pronto para mudar a si mesmo ou algum dos seus atletas de função. Implante uma cultura de autorreflexão para que todas compartilhem suas experiências, positivas ou negativas, e aprendam com seus erros.

6. Falhar é parte da jornada de sucesso

Tão importante quanto ser curioso e um eterno aprendiz é estar pronto, preparado para errar. Um atleta só consegue subir a barra depois de tentar um salto mais alto. É assim também na arena dos negócios. Tentar sempre. Desistir jamais. Vergonhoso é ter medo de arriscar e perder o jogo por WO.

E então? Pronto pra entrar em campo e suar a camisa?

Autor(a): Lima Santos

Fonte: Exame.com

Link: https://exame.abril.com.br/pme/6-licoes-que-empreendedores-podem-aprender-com-atletas-vencedores/