7 ações que distraem gestores na hora de inovar

Inovar cada vez mais se torna uma ação necessária.

O mundo realmente está mudando e as empresas e gestores não podem ficar para trás. Porém, em meio a tantas iniciativas como Indústria 4.0, Big Data, Inteligência Artificial, startups e novas tecnologias, é muito fácil perder o foco do que realmente importa para o seu negócio.

O trabalho de um bom gestor é descobrir como alinhar a necessidade da empresa com esse novo mundo de constantes mudanças. Com tantas opções e tecnologias, a chance de fazer um investimento alto em algo que não necessariamente precisa ser melhorado pode aumentar consideravelmente.

É neste momento que a Teoria das Restrições (Theory of Constraints – TOC), introduzida pelo Dr. Goldratt, pode auxiliar os gestores a manterem o foco para atingir resultados decisivos. A TOC baseia-se em focar no ponto chave para o negócio, através de uma visão holística. Inovar não apenas porque é necessário para acompanhar as mudanças do mercado, mas sim inovar para realmente agregar valor ao negócio. Trata-se de abraçar iniciativas que geram o maior impacto positivo possível nas metas da empresa, entregando valor real para o mercado.

Tecnologia e inovação são necessárias, mas muitas vezes, não são suficientes para atingir um resultado realmente significativo.

Os gestores devem evitar os chamados “7 Sedutores”, ações que normalmente induzem as empresas a perder o foco na hora de resolver um problema. Representam táticas que rapidamente são utilizadas sem uma visão clara do problema real. Muitas vezes podem até ser necessárias em um certo ponto da inovação, porém possuem resultados limitados e marginais, se aplicados isoladamente. Podem dar a falsa impressão de que o problema foi resolvido a longo prazo.

Os “7 Sedutores” são apresentados no livro recém lançado, chamado “Stop Decorating the Fish”, de autoria de Kristen Cox, Diretora Executiva do Governo de Utah, e Yishai Ashlag, Senior Partner da Goldratt Consulting, eles são definidos por soluções direcionadas exclusivamente por:

1) Mais dinheiro

2) Mais tecnologia

3) Mais reorganização

4) Mais treinamento e comunicação

5) Mais dados

6) Mais responsabilização e atribuição de culpa

7) Mais planejamento estratégico

No varejo, uma situação comum em que pode haver influência de um ou mais dos “7 Sedutores” é o desafio na gestão de estoques, especificamente na definição da quantidade que deve ser comprada e mantida em cada loja para cada produto. Em geral, varejistas têm dificuldade em encontrar um modo que garanta estoque suficiente para satisfazer a demanda por itens que possuem alta venda, porém também que não tenha excesso de produtos que vendem pouco. Na tentativa de solucionar o problema, algumas empresas do setor investem muito dinheiro e atenção gerencial em Inteligência Artificial e Big Data para tentar aumentar a precisão das previsões de vendas, porém, mesmo com grandes investimentos em softwares e coleta de dados em tempo real, tentar otimizar as previsões não resolve – de fato – o problema de ruptura e estoque em excesso.

Nesse caso, não tente colocar certeza na incerteza. O seu best seller do ano passado pode ser o seu slow mover desse ano: não é possível definir com precisão como será a venda de amanhã. Em boa parte dos casos, a predição é um tiro no escuro. Ao invés de gastar tempo e dinheiro tentando otimizar as previsões sem ter sucesso, a melhor solução é estruturar uma operação que responda rapidamente à demanda real em cada ponto de consumo com ressuprimentos frequentes e lead times curtos. Investir em um sistema de execução em tempo real, através da Teoria das Restrições, traz mais resultados do que tentar melhorar o sistema de planejamento.

Os “7 Sedutores” frequentemente parecem prometer uma solução fácil e de imediato resultado, enquanto a causa raiz ainda não foi solucionada. Podem ajudar a possibilitar a solução, porém não são a solução. Insistir nessas ações individuais pode causar custos desnecessários, consumo de tempo e de atenção gerencial. Para garantir um impacto significativo é necessário buscar falhas que refletem no desempenho global do sistema, para não se distrair com melhorias apenas locais e momentâneas.

 

Autor(a): Aureo VillagraFonte: Contabilidade na TVLink: http://www.contabilidadenatv.com.br/2018/08/7-acoes-que-distraem-gestores-na-hora-de-inovar/

7 ações que distraem gestores na hora de inovar

O trabalho de um bom gestor é descobrir como alinhar a necessidade da empresa com esse novo mundo de constantes mudanças

Inovar cada vez mais se torna uma ação necessária. O mundo realmente está mudando e as empresas e gestores não podem ficar para trás. Porém, em meio a tantas iniciativas como Indústria 4.0, Big Data, Inteligência Artificial, startups e novas tecnologias, é muito fácil perder o foco do que realmente importa para o seu negócio.

O trabalho de um bom gestor é descobrir como alinhar a necessidade da empresa com esse novo mundo de constantes mudanças.

Com tantas opções e tecnologias, a chance de fazer um investimento alto em algo que não necessariamente precisa ser melhorado pode aumentar consideravelmente.

É neste momento que a Teoria das Restrições (Theory of Constraints – TOC), introduzida pelo Dr. Goldratt, pode auxiliar os gestores a manterem o foco para atingir resultados decisivos. A TOC baseia-se em focar no ponto chave para o negócio, através de uma visão holística. Inovar não apenas porque é necessário para acompanhar as mudanças do mercado, mas sim inovar para realmente agregar valor ao negócio. Trata-se de abraçar iniciativas que geram o maior impacto positivo possível nas metas da empresa, entregando valor real para o mercado.

Tecnologia e inovação são necessárias, mas muitas vezes, não são suficientes para atingir um resultado realmente significativo.

Os gestores devem evitar os chamados “7 Sedutores”, ações que normalmente induzem as empresas a perder o foco na hora de resolver um problema. Representam táticas que rapidamente são utilizadas sem uma visão clara do problema real. Muitas vezes podem até ser necessárias em um certo ponto da inovação, porém possuem resultados limitados e marginais, se aplicados isoladamente. Podem dar a falsa impressão de que o problema foi resolvido a longo prazo.

Os “7 Sedutores” são apresentados no livro recém lançado, chamado “Stop Decorating the Fish”, de autoria de Kristen Cox, Diretora Executiva do Governo de Utah, e Yishai Ashlag, Senior Partner da Goldratt Consulting, eles são definidos por soluções direcionadas exclusivamente por:

1) Mais dinheiro

2) Mais tecnologia

3) Mais reorganização

4) Mais treinamento e comunicação

5) Mais dados

6) Mais responsabilização e atribuição de culpa

7) Mais planejamento estratégico

No varejo, uma situação comum em que pode haver influência de um ou mais dos “7 Sedutores” é o desafio na gestão de estoques, especificamente na definição da quantidade que deve ser comprada e mantida em cada loja para cada produto. Em geral, varejistas têm dificuldade em encontrar um modo que garanta estoque suficiente para satisfazer a demanda por itens que possuem alta venda, porém também que não tenha excesso de produtos que vendem pouco. Na tentativa de solucionar o problema, algumas empresas do setor investem muito dinheiro e atenção gerencial em Inteligência Artificial e Big Data para tentar aumentar a precisão das previsões de vendas, porém, mesmo com grandes investimentos em softwares e coleta de dados em tempo real, tentar otimizar as previsões não resolve – de fato – o problema de ruptura e estoque em excesso.

Nesse caso, não tente colocar certeza na incerteza. O seu best seller do ano passado pode ser o seu slow mover desse ano: não é possível definir com precisão como será a venda de amanhã. Em boa parte dos casos, a predição é um tiro no escuro. Ao invés de gastar tempo e dinheiro tentando otimizar as previsões sem ter sucesso, a melhor solução é estruturar uma operação que responda rapidamente à demanda real em cada ponto de consumo com ressuprimentos frequentes e lead times curtos. Investir em um sistema de execução em tempo real, através da Teoria das Restrições, traz mais resultados do que tentar melhorar o sistema de planejamento.

Os “7 Sedutores” frequentemente parecem prometer uma solução fácil e de imediato resultado, enquanto a causa raiz ainda não foi solucionada. Podem ajudar a possibilitar a solução, porém não são a solução. Insistir nessas ações individuais pode causar custos desnecessários, consumo de tempo e de atenção gerencial. Para garantir um impacto significativo é necessário buscar falhas que refletem no desempenho global do sistema, para não se distrair com melhorias apenas locais e momentâneas.

 

Autor(a): Aureo Villagra

Fonte: Administradores

Link: http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/7-acoes-que-distraem-gestores-na-hora-de-inovar/126033/

Quer inovar? Não foque no problema, e sim no resultado esperado

“Nossas melhores ideias surgem geralmente quando damos um passo para fora do problema”, afirma escritor

A entrevista abaixo foi publicada na edição 43 da Revista Administradores.

A pior maneira de enfrentar uma situação difícil é apelar para o trabalho duro. É o que defende o escritor David Niven, autor de Click: como resolver problemas insuperáveis. Apesar de ser, de início, contrária às lições deixadas por nossos pais e professores, a ideia tem respaldo científico: “o que as pesquisas mostram, na verdade, é que colocar todo seu esforço em algo não é a melhor forma de resolver um problema, porque terminamos fazendo mais da coisa errada”, defende o autor.

Sua proposta: ao invés de olhar para o problema, coloque o foco nos resultados que você está buscando. O livro é recheado de histórias que mostram que esse método pode dar certo. O exemplo mais antológico é referente a um problema que Steven Spielberg teve durante as filmagens de Tubarão – o que, inclusive, garantiu o título da versão em inglês do livro, It’s not about the shark.

Em vez de depositar todos os esforços para consertar um tubarão eletrônico defeituoso – e um orçamento estourado –, Spielberg viu que poderia explorar apenas uma parte do aparelho nas cenas e levar as pessoas a imaginarem a presença do tubarão real. Venceu quatro nomeações no Oscar de 1976, incluindo de melhor montagem e melhor filme.

Segundo Niven, o problema não pode definir a situação. Se isso acontecer, a tendência é que as pessoas gastem energia e tempo tentando amenizar o cenário de maneira infrutífera. A lição serve tanto para pessoas quanto empresas: as vendas estão abaixo da meta? Não grite com a equipe de vendas. “O objetivo deve ser maior do que o próprio problema. Isso significa perguntar ‘se fôssemos a melhor empresa da área, o que estaríamos fazendo agora?'”, propõe.

David Niven não corresponde ao estilo escritor-guru, apesar de vender milhões de títulos que soam como autoajuda. Seu trabalho se assemelha mais ao de um jornalista. No início da carreira, percebeu que boa parte do conhecimento científico produzido, que poderia mudar a vida das pessoas, ficava restrito às prateleiras das bibliotecas. Com técnicas de storytelling, breves estudos de caso e muita pesquisa, Niven desenterra parte desse mistério. Leia a entrevista exclusiva concedida à Revista Administradores.

Revista Administradores — No Brasil, ainda é comum a ideia de que quanto mais trabalho, maior a produtividade. Esse paradigma ainda faz sentido nas organizações modernas?

David Niven — Somos todos ensinados a valorizar o trabalho duro. Nossos pais, nossos professores, tudo parece nos dizer que quando estamos enfrentando um grande desafio, trabalhar mais duro é a resposta mais respeitável, mais sensata. O que as pesquisas mostram, na verdade, é que colocar todo seu esforço em algo não é a melhor forma de resolver um problema porque terminamos fazendo mais da coisa errada. Nossas melhores ideias surgem geralmente quando damos um passo para fora do problema. As melhores ideias de um vencedor do Prêmio Nobel sobre quem escrevo não surgiram no laboratório, elas surgiram quando ele foi ao cinema e deixou sua mente se distrair um pouco.

“Focar no problema é um hábito improdutivo”, você afirma no livro Click: como resolver problemas insuperáveis. No que as pessoas devem focar, então, diante de um problema?

Em vez do problema, as pessoas devem focar no resultado que estão buscando. A primeira história no livro é sobre a produção do filme Tubarão. Quando o tubarão mecânico quebrou, o pensamento baseado em problemas significaria que Steven Spielberg colocaria todas as suas energias em consertar um tubarão altamente não confiável. Em vez disso, ele focou no resultado que ele realmente queria, que era fazer um excelente filme, então ele percebeu que ele poderia fazer o filme sem mostrar muito o tubarão ao fazer com que as pessoas imaginassem o tubarão. Isso transformou o filme num sucesso de todos os tempos, e no fim ele terminou sendo muito sortudo por ter tido o ‘problema’ do tubarão quebrado, mas só porque ele não deixou isso definir a situação.

No livro, quase todos os exemplos de celebridades que você cita buscavam soluções criativas, baseadas no pensamento, e não soluções quantitativas (como o número de caixas que alguém consegue empilhar em um dia). Mas ainda existem demandas quantitativas. O esforço e trabalho duro ainda têm um papel significativo nas empresas atualmente, ou são apenas uma forma de distração?

Existem histórias sobre pessoas que produzem filmes e músicas e outros campos criativos, mas também existem histórias de soldados e bombeiros e pessoas com trabalhos comuns. O livro trata sobre abordar cada desafio de forma diferente, então ele se adequa, não importa qual seja seu trabalho, não importa como sua vida familiar seja. Para a pessoa empilhando caixas, o livro fala que melhorar sua fábrica vai exigir que você não concentre toda a sua atenção onde as coisas dão errado, mas pensar sobre como as coisas funcionando perfeitamente podem ser. E você provavelmente não irá descobrir isso no meio do serviço, porque é mais provável que sua ideia ocorra no chuveiro, andando pela rua ou enquanto está assistindo um filme.

A ideia de que apenas o esforço e o trabalho duro dão resultados vem da era industrial, e só agora está sendo questionada? Ou seja, há um quadro histórico envolvido na maneira como as pessoas e organizações encaram seus problemas?

Ainda agimos como os humanos primitivos. Eles buscavam problemas porque caso contrário não sobreviveriam. Ainda fazemos isso apesar de que não seremos mais comidos por um tigre-dentes-de-sabre. Precisamos evoluir as técnicas de sobrevivência primitivas antigas e começar a focar em técnicas avançadas prósperas. Em outras palavras, não passe o dia inteiro buscando o que há de errado e pensando no que está errado. Você não tornará nada melhor dessa forma.

Podemos dizer que a resolução de um problema consiste, em parte, na representação correta desse problema? Muitas vezes uma equipe inteira é colocada para resolver um problema do tipo “as vendas precisam aumentar”, mas ninguém atua nos fatores que impedem o crescimento das vendas (como um péssimo atendimento ou más condições de trabalho dos vendedores). O que você acha?

Há um grande mau entendimento sobre o que causa o que aqui. Declarar que “as vendas precisam aumentar” não irá inspirar uma nova técnica de vendas excelente. Dizer que precisamos de um atendimento melhor não irá revolucionar a empresa. O objetivo deve ser maior do que o próprio problema. Isso significa perguntar “se fôssemos a melhor empresa da área, o que estaríamos fazendo agora?”. Esse é o tipo de pergunta que pode mudar tudo porque ela convida o progresso revolucionário e não foca a atenção nas limitações da empresa. Nos EUA existe uma rede de supermercados (Trader Joe’s) conhecida por suas lojas pequenas. O pensamento baseado em problema lhe diria que essas histórias nunca teriam tanto sucesso porque as lojas são muito pequenas. Mas o Trader Joe’s focou no que eles poderiam oferecer que iria fazer com que os consumidores amassem suas lojas mais do que todas as concorrentes, e eles perceberam que pequenas lojas poderiam ser um recurso em vez de um empecilho porque os consumidores gostavam de poder fazer as compras mais rapidamente.

O início de seu trabalho como escritor começou com a constatação de que existia um abismo entre as pessoas e as informações de que elas necessitavam. Você diria que encarou esse problema com um olhar diferente para encontrar uma solução?

Todos os meus livros – desde o meu primeiro Os 100 segredos das pessoas felizes – tiveram como premissa coletar informações científicas e torná-las facilmente disponíveis e úteis para as pessoas. Um dos grandes prazeres de escrever tem sido escutar dos leitores – no Brasil e no mundo todo – que eles encontraram algo em um dos meus livros que os ajudou em suas vidas e profissões. Esse livro é baseado numa pesquisa sobre como confrontamos problemas e de onde as soluções surgem, mas como todos os meus livros, também é repleto de histórias de pessoas reais e maneiras de realmente utilizar essas informações em sua vida. Neste exato momento eu estou vasculhando alguns estudos recentes sobre a felicidade e pensando em voltar ao tema em que comecei.

 

Autor(a): Eber Freitas

Fonte: Administradores

Link: http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/quer-inovar-nao-foque-no-problema-e-sim-no-resultado-esperado/124743/