3 passos para identificar ganhos ocultos na sua empresa

Dependendo do porte da empresa e do nível de maturidade dos seus processos, há possibilidade de identificar ganhos ocultos de até R$ 1 milhão por ano

Em tempos de economia estagnada um dos principais desafios dentro das empresas, em especial das áreas administrativas, é gerar valor para o negócio mantendo o controle de seus custos. Esse é um exercício que precisa ser realizado por boa parte das companhias brasileiras para que elas sigam competitivas no mercado em que atuam. Porém, em muitas ocasiões, mais do que minimizar gastos, o ponto de virada é identificar ganhos ocultos na operação, evitando desperdício desnecessário de recursos financeiros. Neste ponto, você sabe dizer se sua empresa está gastando mais dinheiro do que precisa em sua gestão?

Internamente, áreas como Contas a Pagar, Contas a Receber e Departamento Pessoal são responsáveis por processar boa parte das transações com forte impacto financeiro nas empresas e, por isso, merecem muita atenção por parte dos gestores. Para amenizar as despesas desnecessárias é fundamental um controle detalhado para conseguir identificar por onde a empresa pode estar perdendo o dinheiro. E, nesse processo, as causas podem ser diversas, como a falta de conhecimento das regras, possíveis erros no processamento de informações, cobranças indevidas, dados desatualizados ou controles ineficientes.

É muito comum encontrarmos perdas financeiras ligadas ao Departamento Pessoal, por exemplo, decorrentes de pagamentos indevidos ou falha na aplicação das leis trabalhistas e acordos sindicais. Posso exemplificar citando o caso real de uma empresa que registrava perdas de mais de R$ 100 mil anuais, por não perceber que estava realizando pagamentos desnecessários a colaboradores desligados ou que já não tinham mais direito a benefícios específicos. A companhia focava apenas no processamento das rotinas administrativas e não analisava os dados gerados. Dependendo do porte da empresa e do nível de maturidade dos seus processos, há possibilidade de identificar ganhos ocultos de até R$ 1 milhão por ano.

Fazer uma gestão mais eficiente das despesas administrativas significa um aumento potencial na geração de valor para as empresas. O alto volume de transações financeiras suportadas por processos manuais e sem os devidos controles, gera muito desperdício financeiro. Para identificar esses custos desnecessários é preciso fazer um trabalho profundo de consultoria, envolvendo todos os processos administrativos e financeiros, mas, em geral, há três passos que as empresas podem se atentar para encontrar os ganhos ocultos. São eles:

1. Crie uma rotina de gestão de valor

É preciso que a empresa estabeleça critérios de avaliação dos dados gerados pelos seus diferentes departamentos. Esse trabalho precisa de uma equipe preparada para identificar padrões de análises, encontrando os pontos que, frequentemente, geram custos desnecessários. O objetivo é corrigir as falhas recorrentes e evitar que se repitam. É fundamental que os dados gerados sejam transformados em informações relevantes para todas as áreas da companhia.

2. Reveja seus processos

Não basta fazer uma análise pontual para a redução de custos. É importante utilizar os inputs identificados para retroalimentar os processos, fazendo o acompanhamento sistemático dos dados para que estes custos não voltem a aumentar. Esta revisão deve focar em quatro pontos: identificar erros em processos, verificar possíveis riscos de fraudes, revisar políticas e normas da empresa e criar mecanismos de controle para medir a efetividade das ações tomadas.

3. Identifique oportunidades de automatização

Por mais que os processos estejam padronizados, algumas análises são muito difíceis de serem realizadas no dia-a-dia, já que o volume de dados trabalhados em algumas empresas é muito alto. Imagine, por exemplo, o esforço de conferir uma fatura de plano de saúde de uma empresa com 10 mil funcionários.

Nesses casos, vale a pena investir em tecnologias para realizar análises rotineiras. Entre elas, pode-se pensar em uma ferramenta de Analytics, que permite criar painéis de indicadores para ajudar a monitorar os custos envolvidos. Além disso, muitas empresas estão utilizando ferramentas de RPA (Robotic Process Automation), que utilizam softwares de robotização para automatizar atividades de análise e consolidação de dados. Esse recurso mostra-se bem eficaz nas rotinas operacionais, liberando os profissionais para serem mais consultivos ao negócio da companhia.

Com essas ações focadas na identificação de possíveis vazamentos de recursos e redução de custos, as áreas administrativas deixam de atuar apenas como áreas operacionais, passando a ter um papel mais estratégico e proativo na análise de dados, trazendo insights que permitam otimizar ganhos – até então ocultos – que beneficia

Autor(a): Tarcisio Adamek

Fonte: Administradores

Link: http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/3-passos-para-identificar-ganhos-ocultos-na-sua-empresa/124968/

Se você pensa em investir, precisa ler essas dicas para não perder dinheiro

Você já deve ter ouvido a máxima de que a riqueza não depende de quanto você ganha, mas sim de como gasta o que ganha e do que faz com aquilo que sobra.

Investir bem o que você poupa do seu salário, definitivamente, vai te ajudar a chegar na sonhada independência financeira.

Antes de pensar em investir , no entanto, é preciso que você já tenha bons hábitos de planejamento financeiro. Para te ajudar, o especialista Leandro Trajano listou os quatro principais atitudes a serem tomadas. Confira:

1) Domine o orçamento

É fundamental amplo conhecimento de sua vida financeira, entendendo bem com o que você gasta e quanto gasta com cada item. Além disso, também é preciso ter a dimensão exata de quanto recebe na prática, incluindo benefícios que te dão a chance reduzir gastos com alimentação e plano de saúde, por exemplo. Com essa noção mais precisa, é possível fazer os ajustes necessários, procurando otimizar os gastos de forma mais inteligente, aumentando a poupança mensal e, assim, tendo assim mais dinheiro para investimentos.

2) Reduzir as despesas fixas e os supérfluos

Tenha uma atitude inteligente, pois não basta ter o domínio dos seus gastos se não fizer uma análise consciente e coerente, observando que as despesas fixas, recorrentes. Lembre-se: quanto mais enxuto for seu gasto fixo, mais sobra para investimentos e projetos maiores.

3) Conhecimento e segurança

Procure ler bastante, entender a diferença entre investimento direto num banco grande (e apenas nele) e conhecer outras opções, como corretoras. Pesquise sobre os investimentos que mais atraem você, que te despertam a curiosidade e siga firme. Os estudos e a busca por informações será essencial para que tenha segurança do melhor a fazer. A internet está repleta de conteúdo, há excelentes livros, podcasts, canais de Youtube e muitos outros conteúdoss que te ajudarão a entender melhor e naturalmente se sentir mais seguro.

4) Seja inteligente e coerente

Não adianta querer investir sem se preocupar em melhorar o planejamento financeiro , a rotina, os hábitos. Dessa forma você não potencializa um dos três fatores primordiais para que o investimento renda mais: o montante aplicado, que junto ao tempo do investimento e aos juros, potencializam o resultado. Seja inteligente, fique de olho na rentabilidade, no risco de cada investimento, identifique o seu perfil de investidor (conservador, moderado ou arrojado), fique muito atento ao prazo, carência, liquidez e mais ligado ainda aos períodos de resgate do seu investimento. É importante estar bem seguro dos custos de cada investimento pois eles impactarão no resultado final.

Fonte: IG – Economia

Link: http://economia.ig.com.br/2018-03-27/investir-dinheiro.html

6 lições que empreendedores podem aprender com atletas vencedores

Dar o pontapé inicial em uma empresa é um desafio tão grande quanto se tornar um grande jogador. Muitos tentam, mas só um será o Neymar.

Cuidar da carreira de um jogador é como levar uma startup ao seleto clube dos unicórnios.

Não é fácil.

Começar no Santos e chegar ao auge sendo disputado por dois dos maiores clubes da Europa e do mundo não é pra qualquer um. Abrir um negócio na garagem de casa e transformá-lo num estrondoso sucesso mundial como, a título de comparação, o Whatsapp, também não.

Neymar começou no time da Vila Belmiro em 2009. O Whatsapp fez sua estreia nos celulares no mesmo ano. Em 2011, o Barcelona arrematou o passe do craque por, segundo o clube, 17,1 milhões de euros (as investigações depois sobre a transação elevaram o suposto valor para 57 milhões de euros). Em 2014, o Facebook comprou o aplicativo de mensagens por 19 bilhões de dólares. No ano passado, o Paris Saint-Germain pagou a multa de 222 milhões de euros para transferir o ponta-esquerda de Barcelona para capital francesa.

As cifras milionárias, no caso de Neymar, e bilionárias, na aquisição do Whatsapp, têm em comum a dura realidade empreendedora para conquistá-las. Para se tornar um artilheiro e um dos jogadores mais admirados do planeta é preciso acordar cedo, vestir a camisa, treinar muito, ser obstinado, ter paixão pelo que faz, tomar muita rasteira, se levantar, acreditar, correr atrás do objetivo, contar com o apoio do time e da torcida, jamais desperdiçar as melhores jogadas e nunca, em hipótese alguma, desistir.

Alguma diferença aí com sua rotina, caro empreendedor?

De olho nos dois mundos, vem ganhando força nos últimos anos a oportunidade de unir a experiência dentro das 4 linhas com o ecossistema empreendedor transformando jogadores em investidores. A ideia é aproximar o aprendizado da vida esportiva ao campo dos negócios.

E a jogada vem dando certo.

Com um tempo médio de carreira de 10 a 15 anos, um astro do futebol acumula um patrimônio invejável, mas o final da história de muitos é conhecido – como se aposentam muito cedo e não fazem uma boa administração das boladas que recebem, terminam por queimar todo dinheiro sem pensar no amanhã. Pedro Boesel, sócio da XP Investimentos e piloto de Stock Car, indica que por volta de 50% deles entram em falência três anos depois de encerrar a carreira; 80% após cinco anos.

Construir uma nova vida empreendedora como mentor e anjo de startups vem se mostrando um caminho atrativo para muitos atletas que sabem o valor não só do capital, mas do prestígio que podem emprestar para ajudar a acelerar novos negócios.

Quando são revelados, os jogadores são apoiados por empresários (nem sempre do ramo do futebol) que investem e os orientam para construir suas carreiras até chegar a um grande clube. Depois que penduram as chuteiras, investir em startups é uma forma de fechar o ciclo, ajudando novos empreendedores com o capital acumulado com, literalmente, muito suor.

Assim como alguém apoiou seu talento lá atrás para que pudesse se tornar um grande atleta, seja comprando chuteiras, pagando o transporte ou ajudando a família, após encerrar a jornada esportiva chega a hora de devolver ao mercado parte do que conquistaram nos gramados, criando novos negócios, impulsionando a economia e gerando empregos. Antes investidos, agora são investidores.

O basquete americano está repleto de ex-jogadores fazendo cestas de três pontos em empresas nascentes de tecnologia. Kevin Durant, ídolo do Golden State Warriors e terceiro maior salário anual da NBA (R$ 190 milhões, incluindo patrocínios), tem um portfólio nada modesto de investimentos em startups digitais que incluem empresas como a Postmates e a Acorns.

Durant e Andre Iguodala, outra estrela milionária do Golden, construíram um estreito relacionamento com VCs, principalmente com Andreessen Horowitz, que os apresentou várias startups. Iguodala já armou jogadas com empresas como a Trumid, Thrive Global, Walker & Company e The Player’s Tribune.

A lista de investidores bons de cesta segue e é grande – LeBron James, Stephen Curry, Magic Johnson, Shaquille O’Neal; todos estes e muitos outros estão destinando parte da fortuna para comprar ações de empresas de tecnologia e participações em startups. Em outros esportes, a tenista Serena Williams, o jogador David Beckham e vários outros atletas engrossam o time de atletas-anjos.

Por aqui, atletas brasileiros também já começaram a despertar para oportunidades de investimento em startups. O pentacampeão Edmílson anunciou no final do ano passado o Campeão, Programa Inteligente. A startup conecta consumidores com empresas parceiras do programa de fidelização. Ao invés de acumular pontos, os consumidores recebem de volta parte do valor da compra (cashback). O atacante Alexandre Pato investiu no Soccer-1, aplicativo que ensina os princípios básicos do futebol para treinar crianças e adolescentes.

Empreendedores têm muito a aprender com os atletas. A plataforma de crowdfunding ReadyFundGo listou seis ensinamentos do mundo esportivo que são inspiradores para quem não quer sair de campo derrotado.

Faço minha contribuição com a visão de quem tem dois sócios ex-jogadores profissionais de grandes clubes – Alex Dias, que jogou em times como São Paulo, Cruzeiro, Vasco, Fluminense, Saint-Ettiene e Paris Saint-Germain, e Roberto Gomes, que atuou, entre outros times, no Atlético Paranaense, Atlético Mineiro, Goiás e Atlético Goainiense -, somada com minha experiência como um ex-integrante da Tropa de Elite do Exército Brasileiro que também trouxe muito aprendizado da vida militar ao mundo dos negócios (leia meu outro artigo – 10 Táticas Militares para Vencer a Guerra Empreendedora).

1. Mantenha o foco

Para chegar no ataque e marcar gol é preciso saber como alcançar seu objetivo. Com um time pequeno e um caixa magrinho, é fundamental planejar e não cair na tentação de tentar resolver tudo ao mesmo tempo ou se concentrar apenas no desenvolvimento do produto. Cuide do físico e da mente, controle as emoções, esteja pronto para as jogadas do adversário e nunca esqueça que o gol é sua meta. Foque.

2. Escolha o que não fazer mais do que o que deve fazer

É essencial identificar quais os talentos e potencialidades seus e do seu time. Saber dizer não é tão importante quanto saber dizer sim. Estabeleça prioridades e deixe claro aos atletas qual o papel de cada um para a jogada ensaiada dar certo. Lembre-se que em um novo negócio menos pode significar mais.

3. Confiança, autoconfiança e resiliência

Esta é sine qua non. Se você não acredita no seu projeto, não crê em si mesmo e joga a toalha antes mesmo de entrar no octógono é melhor desistir da luta empreendedora. Ela é dura, não tenha dúvida. E somente os mais fortes, persistentes, confiantes e resistentes conquistarão a medalha de ouro. Só chega em primeiro quem tem fé cega no seu taco.

4. Otimize e gerencie sua energia

Para ser um atleta de ponta é preciso ter muita disciplina. Ter uma vida saudável e regrada, praticar exercícios, dormir bem, beber água, ter uma boa alimentação e saber a hora de tirar um tempo para respirar são uma receita da qual um empreendedor também não deve abrir mão. Sua vida no escritório não pode ser uma esgotante maratona. Lembre-se sempre que você, o técnico, e seus executivos, os atletas, são os principais ativos do negócio. Sem vocês não tem time, não tem jogo.

5. Curiosidade, aprendizado constante e autorreflexão

Em um mundo em frenética e constante transformação, vence o empreendedor que lidera tendências e não o que copia modelos inovadores. Estude muito. Sempre. Mantenha você e seus atletas conectados com a bola que está rolando dentro e fora de campo. Estude o time adversário. Faça benchmarking. Aprenda a jogar em várias posições e esteja sempre pronto para mudar a si mesmo ou algum dos seus atletas de função. Implante uma cultura de autorreflexão para que todas compartilhem suas experiências, positivas ou negativas, e aprendam com seus erros.

6. Falhar é parte da jornada de sucesso

Tão importante quanto ser curioso e um eterno aprendiz é estar pronto, preparado para errar. Um atleta só consegue subir a barra depois de tentar um salto mais alto. É assim também na arena dos negócios. Tentar sempre. Desistir jamais. Vergonhoso é ter medo de arriscar e perder o jogo por WO.

E então? Pronto pra entrar em campo e suar a camisa?

Autor(a): Lima Santos

Fonte: Exame.com

Link: https://exame.abril.com.br/pme/6-licoes-que-empreendedores-podem-aprender-com-atletas-vencedores/