Confira nove dicas de um especialista para uma Startup de Sucesso

Foi-se o tempo em que um empresário poderia se dar ao luxo de pensar em um produto, uma estratégia de vendas e divulgação, e, com calma, aperfeiçoar os pilares do seu negócio. As redes sociais, e a internet como um todo, colocaram fim nesses tempos e criaram um ambiente de negócios muito mais agressivo

Foi-se o tempo em que um empresário poderia se dar ao luxo de pensar em um produto, uma estratégia de vendas e divulgação, e, com calma, aperfeiçoar os pilares do seu negócio. As redes sociais, e a internet como um todo, colocaram fim nesses tempos e criaram um ambiente de negócios muito mais agressivo e que exige muito mais competência estratégica e conhecimento de um empreendedor. O importante é sair na frente dos seus competidores antes que eles abocanhem a sua parcela de mercado.

No entanto, tanta hostilidade não parece ser obstáculo para empreendedores de startups no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o número de empresas com esse perfil teve um aumento de 207% entre 2015 e 2019, saltando de 4.151 para 12.727. Entre essas, pelo menos 20 já são consideradas unicórnios, com valor de pelo menos 1 bilhão de dólares.

O cenário, que pode parecer delicado, é também muito promissor. Em agosto desse ano, o Brasil se viu frente a um recorde de aportes e investimentos que somam mais de 3,5 bilhões de reais. Com esse contexto em vista, Gustavo Oliveira, Doutor em Políticas Públicas, Docente e Coordenador na Faculdade Santa Marcelina, lista algumas dicas para quem se interessa em mergulhar nesse mar bravo de oportunidades.

Plano de negócio

O começo de um bom planejamento está focado na estruturação de um bom plano de negócios, que permite que a ideia inicial se torne escalável e com potencial de crescimento. “Em tese, o modelo de negócios é quem irá delinear as diretrizes para conhecimento de mercado, investimento e concorrência”, explica o docente.

O plano de negócio é uma ferramenta de gestão usada por empreendedores durante todo o ciclo de vida de uma empresa e de seu produto, com a premissa de alcançar os objetivos traçados por seus idealizadores. “Para o empreendedor, o plano de negócio é uma bússola, um elemento norteador, pois dentre outras características, detalha o negócio, o setor de atuação, oferta de produtos e serviços, potencial de mercado e geração de valor, capital a ser investido inicialmente, retorno operacional e estimativa de custeio e faturamento mensal, além de despesas fixas e correntes” afirma Gustavo. “Complementam este cenário, o modelo societário e composição do capital aportado no negócio”.

Investimentos

Para dar o pontapé inicial na startup, o empreendedor irá precisar de capital. Para conseguir esse investimento, além do aporte por meio de patrimônio próprio, o empresário poderá contar com fundos de investimento, crowdfundings, rodadas de investimentos (onde empresas entrantes apresentam seus projetos), projetos de pesquisa patrocinados, a incorporação em ambientes de aceleradoras e incubadoras, que constantemente atraem capital de investidores externos ao negócio, ou ainda o modelo mais clássico de investidores anjo, que assumem essas diversas funções listadas. “Existem também sites especializados que negociam a compra total ou parcial do produto antes mesmo de entrar em produção. Este tem sido, no período da pandemia, um dos meios mais procurados e que impulsionaram o setor nos últimos 18 meses”, completa.

Ambiente online ou físico?

É verdade que o ambiente online oferece uma entrada no mercado mais segura e com maior controle de riscos, mas isso não necessariamente pode ser traduzido em resultados melhores e mais produtivos. “O ambiente online requer conhecer de forma minuciosa o mercado, público, concorrência e canais de marketing para contato. Sem eficiência nos canais de marketing, o investimento na presença digital torna-se arriscada e com grande possibilidade de gerar um prejuízo alto inicialmente”, alerta o professor. No entanto, o mesmo vale para os investimentos nos espaços físicos, porque a forma de pensar, avaliar e comprar do consumidor mudou. “Isso é especialmente verdade em razão de vivermos num ambiente econômico instável e extremamente desfavorável aos microempreendedores e empresários de pequeno e médio porte”.

Marketing

E já que falamos em marketing, Gustavo Oliveira completa que a falta de investimento nesse setor pode tardar a chegada do sucesso do negócio, além de envolver muito mais riscos e perdas, não somente financeiras, mas também de tempo e estratégia. “Os profissionais de marketing são essenciais e podem apontar muitos e valiosos caminhos para conduzir o desenho de uma trajetória mais assertiva e com altas doses de criatividade. Há questões especificas que somente esses especialistas podem traduzir em resultados imediatos”.

Aprender com os erros

Os erros são uma ferramenta importante de aprendizado, de vontade de acertar e depositar mais energia e engajamento no projeto, desde que sejam corrigidos e replanejados rapidamente. No entanto, o especialista aponta que tudo em exagero pode ser prejudicial e que o melhor é aprender com os erros dos outros. “A segurança está na observação de outros empreendedores, numa escuta atenta e qualificada, nos exemplos exitosos, mas todo erro gera um aprendizado, não somente no sentido de não fracassar novamente, mas de gerar uma oportunidade de melhoria”, explica.

Começar pelos nichos

A opção de criar um produto voltado às grandes massas ou aos nichos de mercado vai depender da estrutura que o empresário tem disponível e do investimento inicial do negócio. Porém, o professor Gustavo indica começar com uma parcela menor de mercado como uma estratégia de negócio. “É sempre preferível prototipar, isto é, testar em ambientes com menor número de pessoas, com maior controle das variáveis externas, porque nesses nichos será possível enxergar se é possível gerar valor ao mercado e ainda definir fluxos e processos indispensáveis para alavancar a startup”.

O time certo

Para o sucesso de uma startup, é muito importante que o empresário tenha como aliado um time que entenda os processos e características desse tipo de empresa para que não haja desentendimento que possa atrapalhar o desenvolvimento do negócio. “O time é formado por profissionais que tenham comportamentos não convencionais, baseados em inexistência de hierarquia delimitada, com perfil de senso crítico, autoconhecimento e, acima de tudo, empatia e rede de contatos. São profissionais de iniciativa de mudança e resolutividade, com exímio senso de urgência”, explica o docente.

O cliente certo

Para ter uma estratégia de vendas afinada, a empresa deve saber quem são seus clientes. Para isso, existem algumas boas práticas que podem ajudar, como o desenvolvimento da persona do negócio e estar em contato constante com os potenciais compradores. “É necessário ter um diálogo constante com os clientes, ou seja, participar de eventos, debates, rodas de conversa, dentre outras ações de inserção, além de conhecer as dores, pontos fracos e necessidades deles”, afirma Gustavo.

Em uma fase inicial, um período de testes de produtos, com escuta ativa, pode ser uma ferramenta de avaliação dos clientes quanto à geração de melhorias e crescimento. “Neste início, mais que volume e velocidade, contam o crescimento escalável, com adesão aos propósitos da marca, as ideias e endosso de simpatizantes e consumidores satisfeitos, ainda que em fase embrionária”, completa.

Valor

O professor Gustavo Oliveira conclui ressaltando a importância do valor que a marca deseja transmitir e aquele que vai ser percebido pelo cliente. “Há muitas marcas que pregam e usam um apelo popular, de afinidade com o coletivo e com a comunidade, mas, num primeiro contato, os valores não se sobressaem. A marca deve expressar paixão e verdade, traduzidos numa relação de proximidade e transparência com o cliente”, alerta o professor.

O diferencial competitivo da marca está na forma como ela representa a expressão de satisfação do cliente, elevando sua condição a um patamar de exclusividade e pertença. “Marcas que não estão dispostas a se tornar flexíveis e compreender o cliente, em suas necessidades mais genuínas, e apenas lutam por preço como forma de garantir sua fidelização, estão fadadas ao fracasso e esquecimento. Há um valor dentre os mais percebidos que é a verdade contida na informação”.

“Um legado histórico de resultados longínquos não converte nem garante adesão a uma realidade contemporânea, longe de um diálogo aberto, franco e dedicado às causas das pessoas, do coletivo e movidas por um sentimento consistente de conquista das pessoas pela emoção e por sua contribuição no processo de construção da marca”, finaliza.

Faculdade Santa Marcelina é uma instituição mantida pela Associação Santa Marcelina – ASM, fundada em 1º de janeiro de 1915 como entidade filantrópica.

Fonte: Rede Jornal Contábil .

Como começar a empreender em 2021?

O Brasil tem mais de 12.700 startups, segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) de fevereiro de 2020. Levando em conta esse crescimento no interesse em empreender mais a cada ano, Beatriz Montiani, diretora de Inovação da Visa e responsável pelo Programa de Aceleração, separou dicas essenciais para quem deseja começar uma startup em 2021.

Resolva uma dor (de fato) do mercado

Não basta ter uma sacada incrível, é preciso saber se existe mercado para essa ideia.

É preciso pensar se o negócio resolverá alguma dor que nenhuma outra solução ainda conseguiu resolver de forma efetiva e se o mercado é grande o suficiente para escalar a solução.

Mapeie seus concorrentes

Antes de colocar sua ideia em prática faça uma pesquisa de mercado para mapear os seus possíveis concorrentes diretos e indiretos.

Muitas ideias podem parecer inovadoras e únicas no ponto de vista de quem as cria, mas quando pesquisadas a fundo é possível notar que já existe um produto que resolve essa dor no mercado com a mesma proposta há anos.

Isso não quer dizer que, ao encontrar um modelo de negócio parecido, você deve jogar sua ideia fora, afinal grandes empresas têm grandes concorrentes.

Se a sua ideia se propõe a resolver o mesmo problema de uma forma mais efetiva isso já é um diferencial.

Valide a sua ideia/solução com os usuários

Ter uma ideia incrível para solucionar uma necessidade trazendo uma experiência melhor,  ganho de tempo ou ainda mais eficiência é ótimo, mas é essencial validar com o consumidor/usuário final antes de investir tempo e dinheiro no desenvolvimento de uma plataforma ou aplicativo mais completo, por exemplo.

Assim, mais vale um MVP (sigla em inglês para “Produto Mínimo Viável”) validado com o usuário, recebendo feedbacks e insights, do que construir e lançar uma solução no mercado já pronta, sem ter informações relevantes e se de fato há apelo para os consumidores.

Crie um plano de negócio

Com a ideia identificada, mapeamento de possíveis soluções concorrentes e o entendimento das necessidade dos usuários finais, é a hora de criar o plano de negócio e colocar “no papel” a sua solução, permitindo que se enxergue de forma mais clara os objetivos: para que a solução veio? Qual é o mercado-alvo (quais são os desejos e anseios desse consumidor)? Qual é o tamanho deste mercado? O quão atrativo ele é? Há barreiras de entrada? Quais seriam os canais de distribuição? Qual é o perfil do time, forte o bastante, para entregar a solução? Quais passos devem ser dados para que os objetivos sejam alcançados (roadmap)? Concorrentes, metas, indicadores financeiros (dentre eles, o Custo de Aquisição de Clientes – CAC) e estratégia de marketing/distribuição devem constar no seu plano.

Ter um bom pitch de vendas ou mesmo um bom material para buscar investidores é crucial.

Designed by @pressfoto / freepik
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Dedique um bom tempo a este material, seja caprichoso, organizado e tenha uma linha de raciocínio clara.

A primeira impressão é a que fica. Então, mãos à obra!

Tenha um time qualificado e complementar

Para garantir o sucesso da sua startup é preciso cercar-se de profissionais qualificados e com habilidades e conhecimentos complementares aos seus que garantam que o negócio tenha sucesso.

Afinal, é o time que faz o negócio funcionar.

Além disso, a distribuição de equity para ter sócios tende a ser fundamental para gerar mais valor para seu negócio, principalmente quando o empreendedor avalia suas limitações com experiências empresariais, conhecimentos técnicos e aspectos financeiros do negócio.

Todos devem estar no mesmo barco com o mesmo objetivo.

Busque parcerias e divulgue o negócio

Nessa etapa você já deve ter bem claro quem devem ser seus possíveis parceiros e qual é o melhor canal de distribuição.

Então, vá atrás deles e apresente o seu negócio, mostrando o quanto a sua solução é essencial e por que eles deveriam fechar negócio com você.

Em paralelo, invista na divulgação em redes sociais, sites, publicidade e tudo que possa fomentar a sua startup no mercado e atrair tanto clientes quanto investidores.

Além de todos esses pontos importantes citados divididos com quase 70 startups durante os quatro anos do Programa de Aceleração Visa, Beatriz Montiani complementa: “é necessário muito trabalho, vontade de fazer a diferença e muita resiliência. Nem sempre as coisas acontecem da forma planejada, conforme o roadmap definido. Por isso, nunca deixe de ter flexibilidade para mudar de rota, buscar novos parceiros, testar e (re)testar sempre que preciso”.

Sobre o Programa de Aceleração Visa

O Programa de Aceleração Visa é uma iniciativa da Visa no Brasil, empresa líder em pagamentos digitais no mundo, que tem como objetivo fomentar o ecossistema de startups no País e promover o empreendedorismo, a inovação, o talento e a tecnologia.

Além de acelerar as startups, a Visa tem o papel de auxiliá-las em sua atuação junto ao mercado e gerar conexões e negócios.

O programa acontece desde 2017 e está na sua quarta edição.

Já passaram por ele 69 startups e, segundo levantamentos da Visa, até o momento 38% das startups fecharam negócios pelo Programa.

Fonte: Rede Jornal Contábil.

Aprovada urgência para projeto de incentivo a empresas startups

A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar 146/19, que prevê uma série de incentivos ao setor de startups, como um regime tributário simplificado e linhas de crédito específicas. As startups são pequenas empresas focadas no desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores. Em seguida, a sessão desta terça-feira (8) foi encerrada.

Com a aprovação da urgência, o projeto poderá entrar na pauta das próximas sessões do Plenário.   Fonte: Agência Câmara

Startups criam soluções para PMEs prejudicadas pela pandemia

Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, muitas empresas de pequeno e médio porte estão passando por uma das maiores crises dos últimos anos.

Uma vez que a principal recomendação para evitar a contaminação é o isolamento social, estabelecimentos tiveram de abaixar as portas por tempo indeterminado e escritórios passaram a rever projetos, adaptar um novo modelo de trabalho e infraestrutura, além de definir prioridades.

Durante este período, a solidariedade e criatividade ganharam força e para ajudar os negócios que estão sendo impactados, tanto na burocracia financeira, quanto na gestão de um novo modelo de negócio, algumas soluções foram criadas por empresas de tecnologia com iniciativas para diversos setores.

hiBike

hiBike, plataforma de mobilidade que registra o uso da bicicleta e transforma em pontos que são trocados por descontos e vantagens exclusivas em estabelecimentos comerciais parceiros, e que agora também funciona como carteira digital, criou ações que visam fomentar a conscientização, promover atitudes positivas e oferecer impulso de vendas online para as empresas que estão enfrentando dificuldades durante a pandemia.

A campanha “Fica em casa e…”, além de incentivar, pelo app e redes sociais,os usuários a ficarem  em casa e sair apenas quando realmente for preciso, a hiBike também pivotou e se tornou uma carteira digital para pagamentos presenciais, que uma vez com a pandemia, ficaram impossibilitados em operar de portas abertas.

Os parceiros criam promoções exclusivas para ciclistas que são inseridas no sistema. Os usuários compram online, e as empresas acompanham todo o processo também via app.

Qualquer empresa que estiver interessada em oferecer produtos ou serviços, pode entrar em contato pelos canais de comunicação da hiBike.

Vai.Car

A Vai.Car, principal plataforma de compartilhamento de carros no Brasil, anunciou a parceria com o Supermercado Now.

Os usuários passam a ter mais uma opção de renda por meio dos serviços de delivery de mercadorias, além das corridas, já que a recomendação é evitar ao máximo sair de casa no período de quarentena, fazer as compras de supermercado com entrega em domicílio passou a ser uma alternativa para garantir o suprimento de itens básicos.

Para JP Galvão, fundador da Vai.Car, com o aumento da demanda desses serviços de entregas nos supermercados, os motoristas que adotarem esse trabalho como uma nova fonte de renda, poderão garantir uma receita em média de R$1.000,00 por semana.

“Enquanto as corridas dos motoristas de aplicativos diminuíram, a Vai está atenta às  oportunidades, pois a  necessidades  de compras online subiram e essa parceria tem o intuito de oferecer para os nossos motoristas de aplicativo, que  representam 60% dos negócios, mais uma opção de renda e a chance de se destacarem no mercado”, destaca o executivo.

Linker

O Linker, seguindo a tendência dos Small Business Bankings, é uma solução financeira 100% focada no empreendedor.

Ao contrário dos bancos tradicionais, que dificultam a rotina financeira com as diversas burocracias, o Linker coloca o empreendedor como protagonista e trás uma grande revolução para o mercado de contas de pessoa jurídica (PJ).

Com cadastro simples, sem burocracias, atendimento que funciona e tarifas justas e transparentes, a fintech, em poucos meses de atividade, conquistou milhares de clientes.

O empreendedor encontra no Linker um parceiro financeiro para o seu negócio e pode contar com cartão corporativo, cobranças, transferências, pagamentos de contas e impostos e muitas outras soluções, tudo 100% digital, sem taxa de adesão e sem mensalidade, contando com acesso por aplicativo ou internet banking.

Grupo Nexxera

O Grupo Nexxera, em parceria com grandes empresas de todo o Brasil, lançou o movimento #PAGUESEUFORNECEDOR, que visa conscientizar empresários sobre o papel que cada uma deles exerce no ecossistema que convivem.

Hoje em dia, mais de 85% da cadeia de fornecedores das médias e grandes corporações é sustentada pelas micros e pequenas empresas, que acabam respondendo por mais de 75% dos empregos gerados no Brasil.

O impacto que a pandemia do novo coronavírus pode gerar nas micro e pequenas empresas ainda vem sendo avaliado por economistas, mas todos têm uma única certeza: as perdas serão enormes, e há quem compare com a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929.

Além de aumentar o desemprego, irá ainda afetar a arrecadação de estados e municípios, causando danos em toda a sociedade.

IOUU

A IOUU, fintech de peer-to-peer ou P2P lending que propõe alternativas financeiras para empresas que necessitam de crédito, vem ajudando as PMEs desde que a chegada do coronavírus no Brasil deu sinais de que iria afetar o mercado financeiro.

A empresa reduziu as taxas para 1% até 3,6% e implantou uma carência de três meses para o início do pagamento do empréstimo. Além disso, também está disponível a operações bullet, onde o empreendedor só começa a pagar ao final do prazo acordado.

Também pensando em auxiliar os pequenos negócios a empresa lançou a Campanha Conta Comigo que visa ajudar as micro, pequenas e médias empresas a passar pela crise captando investimentos na própria base de clientes.

A fintech oferecerá uma consultoria de 360º, elaborando script, editando vídeos e dando insumos para os empresários fazerem a divulgação da solicitação do crédito para os seus clientes.

Fonte: Jornal Contábil .

Negócios: Empreendedorismo e Startups

Não é de se surpreender que os melhores investidores são também grandes empreendedores. A razão para isso é a grande visão de negócios adquirida ao longo de anos de experiência e execução à frente de suas próprias empresas. Pensando nisso, é muito importante consumir diversos tipos de artigos, e não somente sobre finanças, mercado de capitais e investimento. Por essa razão, é importante a reflexão sobre pouco sobre empreendedorismo, startups e o mundo de venture capital (capital de risco), investimentos que vem crescendo a grandes taxas ao longo dos últimos anos.

Charlie Munger, por exemplo, busca ler sobre tudo, desde história até biologia. Como o conhecimento é cumulativo e Munger possui uma grande capacidade de processá-lo, consegue, eventualmente, utilizar grande parte dos conceitos aprendidos em suas leituras nas suas análises das mais variadas empresas dos mais variados setores.

Pesquisadores da Harvard Business School, intrigados sobre o porquê tantas startups vão à falência, decidiram realizar um estudo sistemático sobre o processo de criar e desenvolver uma nova empresa.

Para se ter uma noção, somente 1% das empresas que buscam financiamento de venture capital conseguem obtê-lo. E, desses 1%, menos de 25% conseguem ser avaliadas posteriormente, em outra rodada de financiamento, com um valuation maior que o anterior.

A razão para isso é que startups são investimentos arriscados. Criar e desenvolver uma empresa possui dezenas de riscos e desafios como:

-- Risco técnico: será que a tecnologia é viável e funcionará?

-- Risco de mercado: qual é o mercado-alvo? Existem clientes suficientes?

-- Risco operacional: é possível construir o produto com o dinheiro arrecadado?

-- Risco da distribuição e precificação: qual é o canal de distribuição adequado para entregar o produto ao consumidor e a estratégia de precificação que irá gerar mais valor?

-- Risco do time: os empreendedores são capazes de executar o modelo de negócio?

Os pesquisadores de Harvard descobriram que é possível minimizar esses riscos se os empreendedores adotarem os seguintes princípios:

  1. Startups com mentores full-time, que não faziam parte do time inicial, já vivenciaram na prática como é empreender e trabalhar em grandes empresas. E aumentavam sua chance de sucesso consideravelmente, de 25% para 80%;

2. Startups que nunca modificaram seu modelo de negócio possuem mais chance de falir. As empresas de sucesso ouvem seus clientes e “pivotavam” (mudavam) seu modelo de negócio para atender essas demandas rapidamente;

3. Esperavam o modelo de negócio da empresa estar validado para contratar o CEO. Caso contrário, ele usará um ao qual estava acostumado em suas experiências passadas;

4. Investiam seu capital nas melhores oportunidades de investimento. Isso é primordial para as próprias rodadas de financiamento;

5. Seus clientes precisam querer o produto/serviço das mesmas, e não apenas precisar dele. Elas achavam uma dor que os clientes queiram pagar para ser resolvida imediatamente e resolviam-na;

6. Apenas pessoas fantásticas criam um negócio fantástico. É impossível competir contra os grandes players da indústria com um time medíocre.

Cada vez mais, startups estão se listando na bolsa de valores, como a B3. Décadas atrás, era praticamente uma regra de bolso: somente realizava um IPO as empresas que geravam caixa. Hoje em dia, sabemos que não é bem assim, e vemos empresas como a Uber , Lyft, Beyond Meat, Netflix , e diversas outras, sendo negociadas nas bolsas americanas.

A internet mudou muito o mundo dos negócios pois derrubou diversas vantagens competitivas, tidas como sustentáveis e estruturais anteriormente, e aumentou a escalabilidade das empresas significativamente.

É importante cada vez mais em conta a porcentagem da receita das empresas que são provenientes do canal online. A internet foi a grande tendência dos últimos vinte anos e tem tudo para continuar sendo durante as próximas décadas.

Fonte: Jornal Contábil .

Representantes do mercado financeiro elogiam regras mais simples para startups

Poit: maior benefício para startups é criar ambiente saudável. O assunto é discutido em uma comissão especial da Câmara que está ouvindo todos os setores envolvidos – Foto: Cleia Viana

Representantes do mercado ouvidos pela comissão especial da Câmara que analisa proposta de marco legal para as startups no Brasil (PLP 146/19) elogiaram a simplificação das normas para essas empresas.

Em audiência pública nesta quinta-feira (5), o gerente de desenvolvimento de normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Claudio Gonçalves Maes, elogiou, por exemplo, a dispensa de publicação dos atos societários pelas startups. Segundo ele, uma empresa pode gastar, em média, R$ 750 mil anualmente com essa exigência. Na opinião do técnico, se fossem submetidas a essa obrigação, as startups ficariam inviáveis.

Outro ponto elogiado pelo representante da CVM é a previsão de que os investidores não tenham personalidade jurídica, algo que acarreta responsabilidades civis maiores, o que desestimularia o investimento em startups. “A minha área é responsável por desenvolvimento de mercado, e, sem dúvida, se nós não tivermos inovação no Brasil, muito dificilmente teremos um mercado competitivo desenvolvido no futuro.”

As startups, recebem, em grande parte, recursos oriundos de private equity, um tipo de fundo de investimento em que o investidor aplica em outra empresa, em vez de comprar ações. Outro tipo de fundo que também aplica em startups é o de venture capital, de capital de risco.

O coordenador do Comitê de Regulamentação da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, Luiz Eugenio Figueiredo, afirma que a indústria de private equity e venture capital alcança R$ 170 bilhões, nos quais 40 bilhões estão disponíveis para investimento. Já foram feitos, segundo ele, 2.000 investimentos em cerca de 700 empresas.

“O private equity tem investido ao ano no Brasil por volta de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões. No ano passado, foram investidos R$ 20 bilhões em pequenas e médias empresas”, destacou.

Ele lamenta, entretanto, que o montante represente somente 0,1% do PIB, enquanto em outros países a participação chega a 1%. “O que significa que ainda tem muito para crescer no Brasil esse tipo de investimento, que nada mais é do que investimento em empresas, na economia real, na geração de renda, crescimento econômico e emprego”, completou. Luiz Eugenio defendeu ainda tributação diferenciada do ganho de capital, com regressividade conforme o prazo de investimento.

O sócio da NBF Advogados Tomas Neiva citou pesquisa do Datafolha que aponta que, entre as principais dificuldades do empreendedor no Brasil, estão problemas jurídicos e de ambiente regulatório. “Para uma startup, isso é ainda mais crítico”, disse. Neiva também é favorável a criação de incentivos para startups.

Tributação O representante da CVM, Claudio Maes, é contra isenções ou benefícios fiscais, que, segundo ele, criam distorções no mercado, por atrair investidores que dão foco ao benefício em prejuízo do genuíno interesse no investimento. A mesma opinião tem o relator da proposta de um novo marco legal para as startups, deputado Vinicius Poit (Novo-SP).

“Subsídios e benefícios podem até parecer uma boa intenção, mas tem consequências não muito boas, distorções na economia. O maior benefício que a gente pode dar para as startups é um ambiente saudável”, ponderou.

Cronograma A comissão especial das startups prossegue com audiências públicas nos próximos dois meses. Na semana que vem, serão debatidas as relações trabalhistas nessas empresas. Também estão previstas visitas técnicas a empreendedores nas capitais, como Maceió, São Paulo Recife, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Vinicius Poit planeja entregar seu parecer até 13 de maio. Ele também espera que o governo encaminhe proposta sobre o tema para trabalhar num texto único.

Fonte: Agência Câmara

Proposta estabelece medidas para estimular a criação de startups

O Projeto de Lei Complementar PLP 146/19 estabelece medidas de estímulo à criação de startups – empresas focadas no desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores de base tecnológica com potencial de rápido crescimento de forma repetível e escalável. A proposta, do deputado JHC (PSB-AL) e outros 20 parlamentares de 11 partidos, tramita na Câmara dos Deputados. “O projeto aprimora o ambiente […]

O Projeto de Lei Complementar PLP 146/19 estabelece medidas de estímulo à criação de startups – empresas focadas no desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores de base tecnológica com potencial de rápido crescimento de forma repetível e escalável.

A proposta, do deputado JHC (PSB-AL) e outros 20 parlamentares de 11 partidos, tramita na Câmara dos Deputados.

“O projeto aprimora o ambiente para o fortalecimento dessa modalidade de negócios, de modo que não haverá aumento de despesa da União diante dos ganhos arrecadatórios”, disse JHC.

Inova Simples A proposta cria o Inova Simples, regime especial simplificado, com rito sumário para abertura e fechamento de startups, de forma automática no site da Rede Nacional para Simplificação do Registro da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim).

O texto também dispensa essas empresas de taxas e demais custos para abertura, inscrição, registro e demais obrigações cartoriais.

Um dos benefícios é enquadrar as startups como sociedade anônima simplificada (SAS), nos mesmos moldes das micro (até R$ 360 mil em receita bruta anual) e pequeno (de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões) empresas. A companhia sob regime da SAS pode ser aberta ou fechada e constituída por pessoa física ou jurídica.

O texto altera a Estatuto da Micro e Pequena Empresa para permitir que as startups possam ser enquadradas nesse regime especial.

Crédito e isenções Bancos públicos, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) manterão linhas de crédito específicas e taxas diferenciadas para as startups, assim como fazem atualmente para micro e pequeno empresas.

Outro benefício da proposta é permitir a dedução de imposto de renda para quem patrocinar ou doar recursos para startups, nos limites de 6% para pessoas físicas e 1% para jurídicas.

Segregação patrimonial Segundo o projeto, a desconsideração da personalidade jurídica não se aplicará para startups. Nesse procedimento o juiz determina que os bens dos sócios, ou dos administradores, responderão pelas dívidas da empresa.

Para JHC, é importante segregar o patrimônio entre investidores e sociedade. Se a regra não é cumprida, explica, o investidor vai preferir aplicar o recurso em bancos e não nas startups. “Com isso, perde o investidor, que poderia ter lucros maiores, e compromete o País, por não gerar mais inovação, riqueza, empregos e arrecadação de tributos”, avalia o deputado.

O limite de perda, na opinião de JHC, deve ser o valor investido, para o investidor não desistir.

Contrato de trabalho Pela proposta, a startup poderá celebrar contrato de trabalho por prazo determinado de até quatro anos, improrrogáveis. Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho estabelece limite de dois anos para esse tipo de contrato.

O texto também dobra de 90 para 180 dias o prazo para contrato de experiência no caso de startup.

A carência de 18 meses para um ex-empregado poder voltar a prestar serviço à empresa onde trabalhou, como estabelece a Lei do Trabalho Temporário, não se aplica a startups, de acordo com a proposta.

Segundo o projeto, as startups terão preferência em licitações e contratos. Hoje a Lei de Licitações já prevê alguns itens de desempate em licitações, como produtos produzidos no País ou prestados por empresas brasileiras.

Fundo de Investimento em Participação O texto permite ainda usar os fundos de investimento em participações (FIPs) para financiar startups. Esse tipo de fundo, criado pela Lei 11.478/07, busca viabilizar ou acelerar o desenvolvimento de empresas mediante o envolvimento de um gestor profissional no negócio.

Para isso, são adquiridas participações que permitam atuar no processo decisório das companhias investidas e na definição de sua política estratégica e na sua gestão.

Os recursos a serem aplicados na startup pelo FIP poderão vir dos fundos constitucionais de financiamento das regiões Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO). O texto estabelece ainda que pelo menos 10% dos recursos dos fundos constitucionais deverão ir para empresas que atuem nas regiões beneficiadas.

Atualmente, a Lei dos Fundos Constitucionais não define que os recursos podem ser aplicados em empresas.

Só internet A proposta permite às startups e empresas em geral publicarem apenas na internet os documentos exigidos pela Lei das S/A, como convocação de assembleias, avisos aos acionistas, relatórios da administração e demonstrações financeiras. A exigência fica restrita às sociedades de grande porte, com ativo superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual acima de R$ 300 milhões. Mesmo estas empresas poderão ter o benefício, a pedido do Executivo.

Os documentos serão disponibilizados no site da companhia, e nos endereços da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da bolsa de valores onde as ações são negociadas, estes dois últimos sem cobrança de nenhum valor. As publicações deverão ter certificação digital de autenticidade.

A lei exige que os documentos de empresas constituídas como sociedades anônimas sejam divulgados na imprensa oficial e em jornal de grande circulação, o que acarreta um custo para as companhias.

Tramitação A proposta será analisada por uma comissão especial e depois, seguirá para o Plenário.

Fonte: Agência Câmara

Como as startups estão transformando as empresas tradicionais?

O novo consumidor demanda um conjunto de agilidade, mobilidade e conveniência, que não pode passar despercebido e deve ser cada vez mais incorporado pelos negócios

Que as startups são modelos de negócios escaláveis tentando inovar com o desenvolvimento de soluções em um cenário de incertezas não é novidade. A reflexão da vez é que, esses empreendedores disruptivos vem transformando não só o nicho em que atuam, mas também todo um setor de mercado anteriormente tradicional e dotado de velhas práticas.

Com o avanço da tecnologia, a chegada da geração millennials ao mercado de trabalho e a mudança na forma como as pessoas consomem os mais diferentes tipos de produtos, as corporações tradicionais tiveram que se adaptar para continuarem competitivas. O novo consumidor demanda um conjunto de agilidade, mobilidade e conveniência, que não pode passar despercebido e deve ser cada vez mais incorporado pelos negócios.

No entanto, implementar mudanças e transformar o legado de uma instituição tradicional não é tarefa das mais simples, por isso um movimento que passou a acontecer foi as grandes empresas buscarem as novatas, que já nasceram com essa veia de inovação e tecnologia, para adotar novas soluções e aprimorar seus processos. Prova disso é que, hoje, já existe uma ampla gama de startups que atuam exclusivamente no segmento B2B, oferecendo recursos para modernizar setores até então mais enraizados.

Uma pesquisa feito pela GE Global Innovation Barometer com executivos seniores de 23 países demonstra essa transformação: 81% reconheceram o crescimento da cultura de startups e concordaram que essa é uma forma de estabelecer sistemas inovadores dentro das organizações. Outro estudo, realizado pelo Harvard Business Review, apontou que 43% das empresas pesquisadas, de diversos setores, estão conseguindo resultados positivos em seus negócios com investimentos em transformação digital.

Uma das principais aplicações tecnológicas que vem sendo inserida nos negócios das grandes companhias é a Inteligência Artificial (IA), tecnologia que se expandiu e fortaleceu em paralelo ao movimento de crescimento das startups no mercado. O objetivo é aprimorar a relação entre empresas e clientes.

Cada vez mais conectado e atento as mudanças ocorridas no comportamento do consumidor, o setor tradicional de seguros é um dos que está apostando nas soluções digitais para atender as novas demandas e se manter competitivo. No caso da Inteligência Artificial, a ideia é levar mais qualidade, segurança e agilidade para os processos, inovando em um ambiente complexo de sistemas, nos quais as seguradoras estão inseridas.

A IA é capaz de substituir esforços repetitivos e manuais, que consomem tempo e recursos deixando de agregar valor ao negócio, por processos automatizados, o que aprimora os serviços das seguradoras de diferentes formas. Entre as vantagens estão um processo mais rápido, melhor experiência do usuário, redução de custos, maior competitividade no mercado e estímulo à inovação.

Visto que o cenário é de transformações, o que percebemos é que não só as startups têm muito a aprender com a experiência das já bem-sucedidas e consolidadas organizações, como as empresas tradicionais também estão cada vez mais engajadas em se inspirar na dinâmica de inovação dessas pequenas disruptivas.

Autor(a): Henrique Mazieiro

Fonte: Administradores

Link: http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/como-as-startups-estao-transformando-as-empresas-tradicionais/127303/