Nova Política Industrial se desdobra na transformação digital dos pequenos negócios

O Sebrae está participando ativamente desse processo. A iniciativa abraça a indústria 4.0, fomentando o desenvolvimento de produtos digitais e a produção nacional de semicondutores.

Artigo do presidente do Sebrae Nacional traz mais informações sobre os esforços da instituição e do governo federal para impulsionar a competitividade das empresas

A Nova Política Industrial proposta pelo governo brasileiro, intitulada Nova Indústria Brasil, emerge de um profundo debate junto ao setor produtivo do país como instrumento para reverter o cenário da desindustrialização enfrentado nas últimas décadas. A iniciativa, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, representa uma oportunidade histórica para impulsionar a indústria nacional até 2033, priorizando a sustentabilidade e a inovação. Serão investidos R$ 300 bilhões, cabendo à política de neoindustrialização nortear o investimento.
Um dos pontos de destaque e que fazem desse plano algo inédito é a atenção direcionada às micro, pequenas e médias empresas, que, ao longo da história, estiveram à margem de boa parte das políticas públicas voltadas ao setor. O governo Lula reconhece o papel crucial dessas empresas no desenvolvimento socioeconômico do país, sendo responsáveis por uma proporção essencial dos empregos e agentes ágeis e inovadores na diversificação do setor industrial. Nova Política Industrial se desdobra na transformação digital dos pequenos negócios Por isso, o plano tem como meta engajar, no primeiro momento, 200 mil dessas empresas ao longo de quatro anos, aumentando sua produtividade em 20%. Essa abordagem fortalece a base produtiva, estimula a geração de riqueza, ao mesmo tempo em que cria empregos de qualidade. A transformação digital é um dos pilares da nova política, um caminho sem volta, que visa transformar digitalmente 90% das empresas industriais brasileiras. Serão R$ 2 bilhões de investimentos para transformação digital. O Sebrae está participando ativamente desse processo. A iniciativa abraça a indústria 4.0, fomentando o desenvolvimento de produtos digitais e a produção nacional de semicondutores. O governo busca não apenas modernizar a indústria, mas também triplicar a participação da produção nacional de novas tecnologias. A desburocratização é mais uma frente da Nova Indústria Brasil, com 41 projetos voltados para a melhoria do ambiente de negócios. Essa medida é essencial, principalmente para as MPE, que enfrentam grandes desafios para ampliar sua produtividade. Isso representa melhorar a gestão, implantar eficiência energética, tornar a empresa mais competitiva. As metas de transição para a bioeconomia e a redução das emissões de carbono estão integradas aos objetivos de ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e reduzir em 30% as emissões de carbono da indústria nacional. Além de atender as demandas globais por práticas mais sustentáveis, o compromisso com a sustentabilidade posiciona a indústria brasileira como força inovadora e responsável no cenário internacional. A iniciativa do governo é um passo estratégico na direção de elevar as micro e pequenas indústrias brasileiras ao papel de protagonistas que lhes pertence. Ao olhar com atenção diferenciada para as necessidades desse segmento, o país promove as bases para um futuro mais promissor e sustentável.
Com a implementação efetiva dessa política, será possível vislumbrar um horizonte em que os pequenos negócios não apenas sobrevivem, mas prosperam, potencializando ainda mais a retomada do crescimento do Brasil com distribuição de renda e oportunidades para todos.
Será apresentada hoje a Plataforma da Produtividade, ferramenta de acesso ao novo Brasil Mais Produtivo, programa voltado ao aumento de produtividade e de competitividade de micro, pequenas e médias empresas e que faz parte do projeto de neoindustrialização do governo federal. O lançamento marca a abertura das inscrições e o início de nova fase do B+P, que, a partir deste ano, terá foco na transformação tecnológica das empresas. A jornada de atendimento às empresas terá execução do Sebrae e do Senai, voltada à melhoria de gestão, inovação, mercado, manufatura enxuta, eficiência energética e transformação digital. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) se somam ao programa. por Sebrae

Catálogo reúne mais de 250 opções de linhas de créditos para pequenos negócios

A analista lembra que existem diversas situações em que solicitar crédito pode trazer grandes benefícios para as empresas, com retornos rápidos e eficazes. São elas: troca de dívidas com juros altos; ampliação do capital de giro; equilíbrio do fluxo de caixa; e expansão do negócio. “Esse dinheiro permitirá solucionar problemas pontuais e realizar investimentos estratégicos no negócio”, comentou.

Ferramenta disponibilizada no portal da entidade contém financiamentos de 35 instituições financeiras e ajuda a identificar as opções mais adequadas para cada necessidade

O Sebrae reuniu, em um único lugar, mais de 250 opções de linhas de créditos de 35 instituições financeiras no mercado – públicas e privadas. A ferramenta Coletânea Sebrae de Linhas de Crédito tem o objetivo de apoiar na identificação das possibilidades mais adequadas à necessidade do pequeno negócio, além de projetar a capacidade de pagamento das parcelas, garantindo uma boa gestão do negócio. [caption id="attachment_111771" align="alignleft" width="696"] linhas de créditos para pequenos negócios (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)[/caption] Por meio do catálogo é possível analisar a variedade ampliada de opções de crédito, ter acesso a simuladores e calculadoras do Sebrae e garantir mais insumos que apoiam na tomada de decisão ao comparar as taxas, carências e outras informações referentes a cada linha de crédito. –
Fazer comparações de dados e ter informações referentes a cada linha de crédito é fundamental. Com essa prática, o empreendedor estará mais preparado para tomar decisões financeiras estratégicas, garantindo um futuro próspero para a sua empresa. Ellen Cristina Bonfim, analista de Capitalização e Serviços Financeiros.
A analista lembra que existem diversas situações em que solicitar crédito pode trazer grandes benefícios para as empresas, com retornos rápidos e eficazes. São elas: troca de dívidas com juros altos; ampliação do capital de giro; equilíbrio do fluxo de caixa; e expansão do negócio. “Esse dinheiro permitirá solucionar problemas pontuais e realizar investimentos estratégicos no negócio”, comentou. Cinco passos antes de solicitar crédito:
  1. Identifique a necessidade de crédito – É importante ter clareza do valor do financiamento e a finalidade do recurso pretendido. Você precisa comprar máquinas, equipamentos, matéria-prima ou fazer uma reforma? De acordo com a sua necessidade, há uma linha de crédito mais adequada.
  2. Pesquise as diversas linhas disponíveis – Identifique as linhas de crédito mais adequadas a faça um comparativo entre elas. Compare limites, carência, taxas de juros e outros custos. Acesse www.sebrae.com.br/linhasdecredito e busque a linha de crédito mais vantajosa.
  3. Verifique se você tem algum tipo de restrição cadastral – Para obter crédito, é importante que você não tenha nenhum tipo de restrição: impostos atrasados, débitos com uma instituição financeira ou até mesmo com contas de água, luz, telefone. Se tiver algum desses problemas, resolva primeiro, pois será bem difícil conseguir crédito nessas condições.
  4. Identifique quais garantias você pode oferecer – Verifique que tipo de garantia você tem e se é suficiente para o valor de que precisa. Veículos, imóveis, avalistas e até parte do financiamento de máquinas podem ser dados como garantia.
  5. Elabore sua proposta de crédito – Reúna as informações e os documentos dos passos 1, 2 e 3. Organize tudo e monte sua proposta. Dessa forma, você estará mais bem preparado para uma negociação com a finalidade de obter crédito.
por Sebrae

Sebrae vai apoiar a transformação digital e o aumento de produtividade de 50 mil pequenos negócios

A nova fase do programa, criado em 2016, vai destinar R$ 2,037 bilhões para o engajamento digital de 200 mil indústrias, com atendimento direto a 93,1 mil empresas nos próximos três anos. As instituições financiadoras BNDES, Finep e Embrapii agora se somam às parcerias já consolidadas com ABDI, Sebrae e SENAI – esses dois últimos como executores e com aporte de recursos próprios.

Programa Brasil Mais Produtivo, lançado nesta quinta-feira (16), vai investir cerca de R$ 2 bilhões para promover a transformação digital em micro, pequenas e médias empresas

Cerca de 50 mil micro e pequenas empresas do setor da indústria serão acompanhadas pelo Sebrae para passarem por uma transformação digital e ampliarem sua produtividade. O compromisso foi anunciado nesta quinta-feira (16), em Brasília, pela diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, durante o lançamento do Programa Brasil Mais Produtivo, que no total vai promover consultoria e ofertar serviços para 93,1 mil empresas. No total, R$ 2 bilhões serão investidos pelo governo federal e entidades parceiras. transformação digital e o aumento de produtividade de 50 mil pequenos negócios O evento contou com a participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e dos ministros do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Conheça o programa: https://brasilmaisprodutivo.mdic.gov.br/ “Não é exagero afirmar que a recuperação da indústria brasileira passa – necessariamente – pela pequena empresa. Nós precisamos assegurar que essa expressiva participação numérica dos pequenos negócios se reflita também em uma participação proporcional na sua contribuição para o PIB do próprio setor e do país”, ressaltou Margarete Coelho, ao lembrar que as MPE representam 95% das empresas, respondem por aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e geraram mais de 70% dos empregos formais criados em 2023. A diretora do Sebrae apontou ainda que, em um contexto de economia globalizada, o desenvolvimento tecnológico dos pequenos tornou-se fundamental para sua sobrevivência e crescimento.
O Sebrae não quer apenas crescimento econômico. Nós desejamos e buscamos um desenvolvimento que se faça com inclusão socioeconômica, equidade, promoção do trabalho decente e melhoria da renda. E os pequenos negócios da indústria terão um papel de protagonismo nesse processo. Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional.
A nova fase do programa, criado em 2016, vai destinar R$ 2,037 bilhões para o engajamento digital de 200 mil indústrias, com atendimento direto a 93,1 mil empresas nos próximos três anos. As instituições financiadoras BNDES, Finep e Embrapii agora se somam às parcerias já consolidadas com ABDI, Sebrae e SENAI – esses dois últimos como executores e com aporte de recursos próprios. O Brasil Mais Produtivo oferecerá um ciclo completo de acesso ao conhecimento. As empresas atendidas vão entrar numa Jornada de Transformação Digital que passa por aperfeiçoamento da força de trabalho, requalificação, melhores práticas de gestão, digitalização, otimização de processos produtivos e aumento de eficiência energética, culminando com crédito a juros baixos ou recursos não-reembolsáveis para adoção de tecnologias ligadas à indústria 4.0 e às smart factories, ou fábricas inteligentes. “O Brasil, há 40 anos perde produtividade, mesmo com o aumento da escolaridade temos essa queda. Temos que agir na causa dos problemas para ter um crescimento forte, sustentável, que gere emprego e renda para a nossa população”, destacou o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Durante o evento de lançamento, ele ainda ressaltou uma série de medidas que tem contribuído para um melhor ambiente de negócios, como a queda de juros, o câmbio, as exportações, a desburocratização e a reforma tributária. Além disso, chamou atenção para a sustentabilidade. “Tudo isso deve promover um desenvolvimento inclusivo, com estabilidade e sustentabilidade. A neoindustrialização é inovadora e verde”, concluiu. Por sua vez, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, exaltou a inovação de reunir diversos parceiros nesta iniciativa. “A ideia de centralizar tudo, juntamente com as entidades que vão capacitá-los e as financiadoras será importante para ter os micro e pequenos negócios como aliados. Queremos ajudá-los e, para isso, precisamos identificá-los, organizá-los e financiá-los”, apontou. A ideia foi reforçada pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. “Essa é uma entrega impactante para a produtividade das MPEs. Muitas vezes os empreendedores não têm oportunidade de planejar como serem competitivos e melhorar sua produtividade e nós estamos dando este passo”, avaliou. Já a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, assinalou as ações que o MCTI executará no Programa Brasil Mais Produtivo e alertou sobre a importância de colocar o tema da transição energética na pauta. “O Brasil precisa continuar liderando esse caminho e para isso temos que ter esse esforço do governo e que se dê na produção da micro e pequena empresa”, disse. Jornada de Transformação Digital O Brasil Mais Produtivo existe desde 2016. De lá para cá, as instituições parceiras têm atuado separadamente em duas frentes: enquanto o Sebrae presta consultorias ao setor de Comércio e Serviços, o SENAI atende a indústria. Na nova configuração, as unidades do SENAI e do Sebrae atuarão de forma coordenada, identificando as metodologias que melhor se aplicam às empresas atendidas, com técnicas para promoção de manufatura enxuta e eficiência energética, adoção de melhores práticas de produtividade e digitalização da gestão do negócio. Nas etapas de apoio à transformação digital propriamente dita, o primeiro passo será a elaboração de diagnóstico da maturidade para adoção de tecnologias industriais inteligentes, seguido de elaboração de projeto customizado, solução de financiamento e acompanhamento da implantação. Modalidades do programa O novo Brasil Mais Produtivo terá quatro modalidades de atendimento até 2027, a saber: Plataforma de produtividade
  • Até 200 mil micro, pequenas e médias empresas terão acesso a cursos, materiais e ferramentas sobre produtividade e transformação digital.
Diagnóstico e melhoria de gestão
  • Até 50 mil micro e pequenas empresas receberão orientação e acompanhamento contínuo de Agentes Locais de Inovação (ALI) e outros instrumentos do Sebrae para aumento da produtividade, além de projetos setoriais do Sebrae que também serão oferecidos.
Otimização de processos industriais – consultoria mais educação profissional
  • Até 30 mil micro e pequenas empresas serão atendidas por consultoria emLean Manufacturingou Eficiência Energética e aperfeiçoamento profissional do SENAI.
  • Até 3 mil médias indústrias serão atendidas por consultoria em Lean Manufacturing ou Eficiência Energética e aperfeiçoamento profissional do SENAI.
Transformação Digital
  • 360 empresas apoiadas com desenvolvimento de tecnologias 4.0.
  • 8,4 mil MPMEs serão beneficiadas com soluções desenvolvidas por empresas provedoras de tecnologias 4.0, via chamadasSmart Factory, além da possibilidade de contratação de pós-graduação em Smart Factory do SENAI com desconto.
  • Até 1,2 mil médias empresas serão contempladas com um plano completo de transformação digital, da elaboração do projeto de investimento ao acompanhamento.
por Sebrae

Pequenos negócios respondem por 71% dos empregos criados até setembro

Na avaliação do presidente do Sebrae, Décio Lima, esses números positivos refletem a retomada da prosperidade do país.

Agosto e setembro são os meses com melhores resultados

Micro e pequenas empresas responderam por 1,1 milhão (ou 71%) do total de 1,5 milhão de novos empregos formais gerados entre janeiro e setembro de 2023 no Brasil. Os meses de agosto e setembro foram os que apresentaram saldo mais positivo, registrando respectivamente 219.330 e 211.764 novas contratações com carteira assinada. Os números constam do relatório divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados ajustados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o Sebrae, das mais de 211 mil vagas geradas no mês de setembro, 147.173 foram em micro e pequenas empresas (69,5% do total). Das cerca de 219 mil vagas celetistas geradas em agosto, 160.899 foram pequenos negócios – o que corresponde a 73,17% do total de postos criados no mês. Empresas de médio e grande portes geraram, no acumulado do ano, 307,9 mil novas vagas – número que corresponde a 19,2% dos cerca de 1,5 milhão novos empregos gerados entre janeiro e setembro de 2023. Na avaliação do presidente do Sebrae, Décio Lima, esses números positivos refletem a retomada da prosperidade do país. “A geração de empregos garante que o Brasil se torne novamente o país da empregabilidade, permitindo que o brasileiro volte a consumir e gerar renda”, disse ele ao ressaltar que a economia do país “se fortalece” com um PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país) em expansão, com o superávit da balança comercial, e com a inflação controlada. “O empreendedorismo é um dos caminhos para o país resgatar a dignidade e a inclusão social”, complementa Décio Lima.

Destaques

Segundo o Sebrae, o setor de serviços foi o que mais contribuiu, em setembro, para a criação de postos de trabalho. “Considerando o universo das micro e pequenas empresas, foram 68,4 mil vagas preenchidas. Em segundo lugar aparece o comércio com 37,3 mil vagas, seguido pela construção com 19,8 mil empregos gerados.” “No acumulado de 2023, o cenário continua o mesmo com as micro e pequenas empresas liderando em termos de criação de vagas, com destaque nos setores de serviços (590,6 mil), construção (218 mil) e comércio (162 mil)”, detalha o levantamento. Entre as empresas de médio e grande porte, o destaque em setembro ficou com os setores de serviços (26,5 mil), indústria da transformação (24,4 mil) e comércio (6 mil). No acumulado do ano, o destaque ficou com serviços (177,6 mil), indústria da transformação (90 mil) e construção (26 mil).

Atividades

De acordo com a Classificação Nacional por Atividades Econômicas (CNAE), as atividades que mais geraram empregos formais em setembro – entre micro e pequenas empresas – foram as de restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (11 mil empregos gerados); e de construção de edifícios (6,6 mil empregos). Entre as empresas de médio e grande porte, as atividades que mais se destacaram foram as de fabricação de açúcar em bruto (16,7 mil empregos gerados), locação de mão de obra temporária (5,3 mil) e limpeza em prédios e em domicílios (2,9 mil). por Agência Brasil

“Os pequenos negócios são geradores intensos de emprego e de inovação para o Brasil”, diz ministra da Gestão

Os pequenos negócios são geradores intensos de emprego e de inovação para o Brasil. São extremamente importantes. Temos diversas atividades que começam a partir de pequenos negócios e são capazes de promover grandes inovações.

Esther Dweck assinou, nessa quinta-feira (5), parceria com o Sebrae para a promoção das compras públicas dos pequenos negócios e para apoiá-los na transformação digital

O Sebrae e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos firmaram um acordo, nessa quinta-feira (5), para promover a melhoria da gestão pública, a partir da aproximação com o empreendedorismo brasileiro, facilitando processos de inovação pública, compras governamentais e transformação digital das instituições. O objetivo é proporcionar um melhor ambiente de negócios para o setor em todo país.
Após a cerimônia que celebrou o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, realizada na sede do Sebrae, em Brasília, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, conversou com a Agência Sebrae de Notícias (ASN) e destacou a importância do setor para o país e ressaltou a necessidade de trazer os pequenos negócios para as compras governamentais. Além disso, ela detalhou como se dará a parceria.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante a cerimônia em homenagem ao Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, em 5 de outubro, no Sebrae. Crédito: Erivelton Viana.
Os pequenos negócios são geradores intensos de emprego e de inovação para o Brasil. São extremamente importantes.  Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Qual o papel dos pequenos negócios para o crescimento do Brasil? Os pequenos negócios são geradores intensos de emprego e de inovação para o Brasil. São extremamente importantes. Temos diversas atividades que começam a partir de pequenos negócios e são capazes de promover grandes inovações. Para nós é um setor econômico fundamental. Aliás, o presidente Lula sempre nos direciona a apoiar o setor. Como o Ministério do Gestão e Inovação em Serviços Públicos pode impulsionar esse segmento? Um instrumento importante do nosso Ministério são as compras públicas. O presidente Lula, inclusive, propôs uma alteração em um acordo internacional de compras públicas, porque é uma iniciativa com capacidade de fomento para a produção local e para as micro e pequenas empresas. Além disso, os pequenos negócios também devem se adaptar ao processo de transformação digital. Por isso, para nós, essa parceria com o Sebrae é muito importante. Como a parceria com o Sebrae ocorrerá na prática? Esse acordo assinado é bastante amplo e terá impacto sobre as compras públicas e sobre a nossa estratégia nacional de governo digital. No caso das compras públicas, a iniciativa vai também beneficiar a área de inovação, terá o fomento à nova lei de licitações para os pequenos municípios para que eles possam utilizar este instrumento de compra dos pequenos negócios. Já na estratégia de governo digital, vamos atuar juntos não somente na formulação, mas no apoio aos municípios na sua implementação, de forma que possa repercutir nos pequenos negócios. por Sebrae

Desenrola Brasil vai beneficiar pequenos negócios

Também nesta segunda-feira (2), durante sessão solene em Homenagem ao Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, os participantes discutiram sobre a possibilidade de criação de uma ação semelhante ao programa para promover a redução da inadimplência entre os donos de pequenos negócios. Além disso, a reforma tributária e a redução da taxa básica de juros (Selic) como forma de fortalecer o setor

Projeto de Lei aprovado nesta segunda-feira (2) pelo Senado segue para sanção presidencial

O presidente do Sebrae, Décio Lima, comemorou a aprovação pelo Senado Federal, nesta segunda-feira (2), do Projeto de Lei que cria o Programa Desenrola Brasil. O programa está em vigor desde julho, quando uma Medida Provisória foi editada pela Presidência da República. O texto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o Sebrae, a medida vai beneficiar diretamente as micro e pequenas empresas com a recomposição do poder de compra das famílias e com a possibilidade dos empreendedores negociarem suas dívidas. O projeto aprovado limita os juros do pagamento do rotativo do cartão de crédito, entre outras medidas consideradas essenciais para o aquecimento da economia e para impulsionar o consumo das famílias. Os bancos terão 90 dias, a partir da sanção, para apresentar uma proposta de redução. Se nenhuma solução for encontrada, as instituições bancárias não poderão cobrar mais do que o valor original da dívida. Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o Desenrola Brasil vai permitir que os donos de pequenos negócios encontrem mais descontos para quitar suas dívidas, além de usufruir dos benefícios alocados pelo programa com a garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO), oriundo do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
O programa possibilita que a economia permaneça aquecida porque os clientes poderão voltar às compras com o nome limpo e favorece também o dono do pequeno negócio com a regularização das dívidas e a possibilidade de ter um maior capital de giro para fazer a empresa crescer. A aprovação no Senado garante a continuidade do Programa, e a celeridade da votação mostrou que é uma medida considerada pela maioria como positiva. Décio Lima, presidente do Sebrae.
Discussão na Câmara Também nesta segunda-feira (2), durante sessão solene em Homenagem ao Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, os participantes discutiram sobre a possibilidade de criação de uma ação semelhante ao programa para promover a redução da inadimplência entre os donos de pequenos negócios. Além disso, a reforma tributária e a redução da taxa básica de juros (Selic) como forma de fortalecer o setor.   por Sebrae

Cooperativas já respondem por 3 em cada 10 novas operações de crédito para pequenos negócios

Conta corrente (ou empresa) muito nova foi o segundo item mais citado (23%) pelos pequenos negócios entre as razões para a negativa de empréstimos. Já a recusa de empréstimo devido à inadimplência da empresa cresceu de 4% (em 2020) para 9% em 2023.

Juntas, Sicredi e Sicoob superam o Banco do Brasil em aprovações de novo empréstimo nos últimos seis meses, revela pesquisa do Sebrae

As cooperativas de crédito estão se tornando atores cada vez mais relevantes para a concessão de empréstimos às micro e pequenas empresas (MPE) e microempreendedores (MEI). A 10ª edição da pesquisa “O Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil”, realizada pelo Sebrae no último mês de junho, indica que, juntas, duas das principais operadoras (Sicredi e Sicoob) já representam quase 3 em cada 10 operações novas de crédito aprovadas no país nos últimos seis meses. O Banco do Brasil segue sendo a instituição com maior número de pedidos aprovados (22%). O levantamento também sugere uma taxa de sucesso significativo nos pedidos feitos junto às cooperativas, já que elas aparecem com 18% das solicitações feitas por empresários de pequeno porte, no último semestre, enquanto a Caixa liderou entre as instituições mais buscadas (25%), seguida pelo Bradesco (19%) e Banco do Brasil (17%). Já entre o total de solicitações aprovadas, as cooperativas representam perto de 29% (veja mais dados abaixo). Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a pesquisa mostra que as cooperativas podem crescer ainda mais a sua participação no volume de crédito concedido aos pequenos negócios.
Passada a pandemia, quando governo federal e sistema financeiro tomaram medidas emergenciais para aumentar a oferta de crédito, os bancos voltaram a adotar uma postura mais conservadora com as MPE. Nesse contexto, as cooperativas são uma excelente alternativa para os empreendedores, apresentando taxas menores, menos exigências e burocracia Décio Lima, presidente do Sebrae.
“Juntas, Sicredi e Sicoob superaram o Banco do Brasil em número de operações de crédito aprovadas nos últimos seis meses, com base na amostra pesquisada”, acrescenta o presidente do Sebrae. Crédito recusado A pesquisa do Sebrae revela que falta clareza quanto aos critérios adotados pelos bancos para recusar empréstimos às MPE – 33% das empresas que tiveram o crédito negado não souberam explicar a razão ou não tiveram os motivos apresentados pelas instituições bancárias. Essa proporção havia registrado uma queda expressiva em 2022, quando 19% dos empreendedores não sabiam explicar o motivo para terem o crédito recusado. Conta corrente (ou empresa) muito nova foi o segundo item mais citado (23%) pelos pequenos negócios entre as razões para a negativa de empréstimos. Já a recusa de empréstimo devido à inadimplência da empresa cresceu de 4% (em 2020) para 9% em 2023. Veja abaixo mais detalhes sobre a pesquisa do Sebrae que ouviu empreendedores de todo o país Banco em que conseguiu o empréstimo novo (últimos 6 meses):
  • Banco do Brasil – 22%
  • Sicredi – 17%
  • CAIXA – 15%
  • Sicoob – 12%
Banco em que solicitou crédito novo (últimos 6 meses):
  • Caixa Econômica – 25%
  • Bradesco – 19%
  • Banco do Brasil – 17%
  • Santander – 15%
  • Sicredi – 11%
  • Itaú – 10%
  • Banco do Povo – 7%
  • Sicoob – 7%
por Sebrae

Ignorados pelos bancos, 4 em cada 10 pequenos negócios usam o cartão de crédito para financiar a empresa

O presidente do Sebrae ainda destaca que o alto uso do cartão de crédito pelos empreendedores prova como seria danoso o fim do parcelamento sem juros para esse segmento. “Entendemos que taxar o parcelamento no cartão de crédito pode impedir o funcionamento de empresas e o consumo de famílias. Os pequenos negócios podem ser os mais prejudicados com a taxação, além de ameaçar o poder de compra do brasileiro”, enfatiza.

Modalidade com juros estratosféricos é utilizada atualmente por cerca de 40% do segmento, ante 7% que apontam empréstimos nos bancos privados e 4% nos públicos como formas de financiamento

Conhecido pelos juros elevados, o cartão de crédito é usado por 39% dos donos de pequenos negócios como modalidade de financiamento. O índice contrasta com a proporção de empresários que apontam os empréstimos em bancos privados (7%) ou públicos (4%). Os dados são da 10ª edição da pesquisa “Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil”, realizada pelo Sebrae. As informações sinalizam a dificuldade de acesso a crédito junto ao sistema financeiro, levando os empreendedores a optar pelo cartão de crédito como principal modalidade de financiamento usada. Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os dados comprovam que os pequenos negócios continuam sofrendo com uma antiga e crônica dificuldade de acesso a empréstimos junto aos atores do sistema financeiro.
O volume de burocracia, a exigência de garantias e as altas taxas de juros funcionam como barreira que dificulta a vida das micro e pequenas empresas. Por essas razões, os empreendedores acabam buscando financiamento fora dos bancos e optando pelo cartão de crédito ou a negociação de prazo com os fornecedores. O acesso a crédito no Brasil é ainda um dos grandes entraves que impedem o desenvolvimento econômico e social do país de forma mais vigorosa e sustentável, tanto para as empresas quanto para as famílias. Décio Lima, presidente do Sebrae.
O presidente do Sebrae ainda destaca que o alto uso do cartão de crédito pelos empreendedores prova como seria danoso o fim do parcelamento sem juros para esse segmento. “Entendemos que taxar o parcelamento no cartão de crédito pode impedir o funcionamento de empresas e o consumo de famílias. Os pequenos negócios podem ser os mais prejudicados com a taxação, além de ameaçar o poder de compra do brasileiro”, enfatiza. Após o cartão de crédito, a segunda modalidade de financiamento mais usadas pelos empresários de pequeno porte são pagamento de fornecedores a prazo (20%). Depois vêm cheque especial (7%), dinheiro de amigos e parentes (7%), chegando a empréstimo em bancos privados (7%) e empréstimo em bancos oficiais (4%). A série histórica da pesquisa (iniciada em 2013) mostra uma queda significativa na modalidade de pagamento de fornecedores a prazo, que já foi a principal fonte de financiamento (67% dos empresários em 2015). Para o presidente do Sebrae, esse comportamento se deve ao enxugamento da maioria das fontes e ao aumento da participação dos microempreendedores individuais (MEI) no universo dos pequenos negócios no país. Outro meio de financiamento que caiu significativamente foi o cheque pré-datado, que era citado por 46% dos empresários em 2015 e, na pesquisa deste ano, foi lembrado por apenas 4% dos entrevistados, a menor marca da série histórica. Tipos de Financiamento buscados atualmente
  • 39% Cartão de crédito (empresarial ou pessoal)
  • 20% Faz pagamento de fornecedores a prazo
  • 7% Cheque especial
  • 7% Dinheiro de amigos e parentes
  • 7% Empréstimos em bancos privados
  • 4% Empréstimos em bancos oficiais
Como foi feita a pesquisa? A pesquisa “O Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil 2023” coletou 6.237 entrevistas por telefone no período de 1 a 30 de junho de 2023. Foram ouvidos microempreendedores individuais (MEI) e donos de micro e pequenas empresas dos setores de Comércio, Serviços e Indústria. A amostra é representativa do Brasil. por Sebrae

Pequenos negócios regularizaram mais de R$ 3 bilhões em dívidas ativas com União neste ano

A analista de Políticas Públicas do Sebrae Nacional Lillian Callafange explica que a inadimplência fiscal dos pequenos negócios é uma pauta prioritária porque a regularização impacta diretamente na sobrevivência da empresa, além de trazer significativas melhorias no ambiente de negócios.

Parceria firmada entre Sebrae e PGFN promove a saúde tributária dos empreendimentos, com vistas à melhoria do ambiente de negócios

Os pequenos negócios optantes do Simples Nacional regularizaram em torno de R$ 3,2 bilhões em dívidas ativas com a União até agosto deste ano. Esse montante é resultado de transações tributárias, uma espécie de acordo para negociação de débitos fiscais junto à Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O edital 3/2023, que possibilitou esses acordos, ainda está com prazo para adesão até 29 de setembro. Os dados foram obtidos pelo Sebrae junto à PGFN.
[caption id="attachment_161786" align="alignleft" width="840"]Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil[/caption] Por meio de um convênio, Sebrae e PGFN têm somado esforços para reduzir a inadimplência fiscal das micro e pequenas empresas (MPE), incluindo os microempreendedores individuais (MEI). Estima-se que no primeiro trimestre deste ano 4,5 milhões de pequenos negócios estavam inscritos em dívida ativa da União, dentre eles 1,9 mil MEI. A parceria entre as duas instituições inclui desde o intercâmbio de dados para formulação de estratégias resolutivas e campanhas para regularização, até melhorias em sistemas digitais que possibilitam a adesão aos programas para negociação de dívidas tributárias. A analista de Políticas Públicas do Sebrae Nacional Lillian Callafange explica que a inadimplência fiscal dos pequenos negócios é uma pauta prioritária porque a regularização impacta diretamente na sobrevivência da empresa, além de trazer significativas melhorias no ambiente de negócios.
Estar com o CNPJ regular, por exemplo, é condição para que a empresa ingresse e permaneça enquadrada no Simples Nacional, regime facilitado que reúne oito impostos em uma guia única e que, em alguns casos, representa redução na carga tributária.
Ela acrescenta que as empresas com os impostos em dia têm acesso à Certidão Negativa de Débitos (CND) e podem participar de compras públicas, contando também com maior facilidade em acessar crédito e evitar execuções fiscais. Recomendação “É importante que o contribuinte acompanhe sua situação fiscal, consultando periodicamente, os canais oficiais de comunicação dos órgãos fazendários com a sua empresa, como o Domicílio Tributário Eletrônico (DTE-SN), que fica no Portal do Simples Nacional, e a caixa postal disponível no ambiente do Portal e-CAC. Quem tem dificuldade nesse acesso ou acompanhamento, pode recorrer a um profissional capacitado para isso, como o contador”, afirma Callafange. Editais abertos O instrumento de transação tributária foi criado no final de 2019, de acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), permitindo a negociação de débitos tributários e não tributários oriundos da dívida ativa da União e Receita Federal com condições diferenciadas. Desde então, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publica editais que permitem a adesão das empresas para regularização de débitos com benefícios, como descontos e redução da dívida, por exemplo. O último edital (PGDAU nº3/2023), lançado no final de maio deste ano, encontra-se com cinco modalidades de negociações abertas com condições que variam a depender do tipo de porte da empresa, bem como valor da dívida ativa, entre outros critérios. Confira mais detalhes aqui. Os empresários interessados podem realizar todo o processo pela internet, por meio do portal Regularize da PGFN. As adesões podem ser feitas até o dia 29 de setembro.   por Sebrae

Taxar parcelamento prejudicará pequenos negócios

Além do Sebrae, as seguintes entidades assinam o “Manifesto pelo direito de continuar fazendo compras parceladas sem juros”: Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, Proteste, Euroconsumers Brasil, União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco).

Sebrae e entidades ligadas ao Comércio e Serviços assinaram Manifesto para impedir fim do parcelamento no cartão de crédito

Alvo de discussões nos últimos dias, o Parcelamento Sem Juros (PSJ) é considerado indispensável para a economia: em 2022, movimentou mais de R$ 1 trilhão, o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A modalidade permite aos consumidores adquirirem um produto ou serviço em condições que se encaixam em seu orçamento e, para o empreendedor, funciona como uma linha de crédito para capital de giro mais barata. A ampla defesa pelo PSJ de compras no cartão de crédito foi feita pelo Sebrae e outras oito entidades ligadas ao Comércio e Serviços, e ganhou o país por meio de manifesto divulgado nesta quarta-feira (23).
O documento é uma resposta à possibilidade de limitar essa forma de pagamento, sugerida recentemente pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Segundo as entidades, o Parcelamento Sem Juros não pode ser associado a uma ideia de irresponsabilidade financeira. Pelo contrário, registra o grupo: “restringir o PSJ é restringir a competição e privar a população, o varejo e a economia como um todo de uma ferramenta essencial”. Para o Sebrae, o alto valor cobrado nos juros do rotativo pode prejudicar o funcionamento das empresas e impedir o consumo das famílias. E os pequenos negócios seriam os mais prejudicados com a taxação. O presidente do Sebrae, Décio Lima, lembra que o acesso a crédito no Brasil ainda é um grande entrave que impede o desenvolvimento econômico e social de forma mais vigorosa e sustentável, tanto para as empresas quanto para as famílias. “Precisamos dar garantia para que as micro e pequenas empresas tenham longevidade e segurança. O parcelamento com taxação é inimaginável frente às naturais dificuldades econômicos enfrentadas pelo setor na voracidade própria do mercado. Os pequenos precisam ser protegidos para continuar tracionando a economia brasileira”, argumenta Lima.
É preciso corrigir o problema dos juros, mas, ao mesmo tempo, não criar outros.
Além do Sebrae, as seguintes entidades assinam o “Manifesto pelo direito de continuar fazendo compras parceladas sem juros”: Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, Proteste, Euroconsumers Brasil, União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco). Repercussão do manifesto A iniciativa repercutiu na imprensa e nas redes sociais ao longo desta quarta-feira (25). Não seria para menos dado o impacto de coibir esse tipo de parcelamento. De acordo com estudo da LCA Consultores, caso a restrição realmente avance, geraria um aumento no custo de crédito de 35% e uma retração de até 27% no volume do crédito. O varejo perderia R$ 190 bilhões em vendas, gerando um efeito dominó sobre os outros setores da economia. “É inadmissível que o Parcelamento Sem Juros – grande aliado dos consumidores, varejistas e empreendedores – seja extinto, taxado ou alterado. A livre concorrência deve prevalecer”, acrescenta o manifesto. por Sebrae