Cai a pressão dos custos sobre as micro e pequenas empresas, aponta pesquisa do Sebrae

Esse resultado é melhor do que o apresentado na pesquisa de abril (quando 38% estavam apreensivos com o aumento de despesas com energia, aluguel, combustível, matéria-prima, etc.) e 10 pontos percentuais abaixo do número identificado na pesquisa de agosto de 2022.

Pela primeira vez na série histórica, levantamento indica que o aumento das despesas com o negócio deixou de ser a maior preocupação dos empreendedores

As medidas do governo federal para controle da inflação e recuperação da economia estão gerando resultados positivos para as micro e pequenas empresas. Pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com o IBGE mostra que, pela primeira vez da série histórica, o aumento dos custos deixou de ser a maior preocupação desses empreendedores e aponta uma queda no percentual de empresários que relataram alta nas suas despesas nos últimos 30 dias. A pesquisa ainda mostra um recuo de 10 pontos percentuais quando comparado com o levantamento feito no último mês de abril.
“Percebemos uma gradativa e consistente melhora nas condições gerais da economia brasileira. O dono do pequeno negócio já sente isso nos seus custos diretos com energia, combustíveis, entre outras despesas da empresa”, comenta o presidente do Sebrae Décio Lima.
“Apesar disso, os empreendedores ainda estão represando o aumento dos seus gastos ao consumidor para não perder vendas. O nível de endividamento das famílias ainda está reprimindo o consumo, mas acreditamos que o programa “Desenrola”, do governo federal, deve reativar a disposição dos brasileiros de voltarem a comprar, reaquecendo a economia”, acrescenta Décio Lima. De acordo com a pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, 32% dos donos de micro e pequenas empresas apontaram o aumento dos custos como principal dificuldade enfrentada no mês passado, o mesmo percentual de empreendedores que indicaram a falta de clientes como maior preocupação. Esse resultado é melhor do que o apresentado na pesquisa de abril (quando 38% estavam apreensivos com o aumento de despesas com energia, aluguel, combustível, matéria-prima, etc.) e 10 pontos percentuais abaixo do número identificado na pesquisa de agosto de 2022. Ainda segundo o levantamento, cerca de 7 em cada 10 empresários haviam identificado um encarecimento dos custos em julho, bem abaixo dos quase 80% em abril deste ano. Apesar dessa constatação, a pesquisa mostra que os donos de pequenos negócios resistem à possiblidade de repassar esse aumento para os seus clientes. Mais da metade dos empreendedores (51%) mantiveram seus preços e apenas 8% passaram adiante, na integralidade, o aumento das despesas para seus clientes. Principais números da pesquisa
  • Quase 7 em cada 10 pequenos negócios relataram aumento dos custos nos últimos 30 dias.
  • O Resultado é 10 pontos percentuais abaixo do encontrado em Abril, quando cerca de 80% das MPE acusavam aumento de despesas.
  • Apenas 8% das micro e pequenas empresas conseguiram repassar integralmente esses aumentos para os clientes.
  • Para 32% dos empreendedores o aumento dos custos foi a principal dificuldade registrada em julho, contra 38% em abril.
  • O percentual é o mesmo de empresários que apontaram a falta de clientes como maior problema (32%).
por Sebrae

Sebrae defende um Pronampe permanente em benefício dos pequenos negócios

Na estreia da série “ASN Entrevista”, o presidente Carlos Melles fala sobre os grandes desafios para o empreendedorismo em 2021

A partir dessa semana, a Agência Sebrae de Notícias começa a publicar uma série de entrevistas com personalidades que influenciam o empreendedorismo no Brasil. A primeira entrevista é com o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Ex-deputado federal, ex-ministro e responsável por presidir a Comissão Especial da Microempresa, que aprovou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (2006) na Câmara dos Deputados, Melles tem uma trajetória de luta pelas causas voltadas ao agronegócio, ao cooperativismo e às micro e pequenas empresas.

Na entrevista de estreia dessa série, Melles, que preside o Sebrae há mais de dois anos, fala sobre os desafios dos pequenos negócios para 2021, sobre a geração de empregos, digitalização, importância do setor para a economia e sobre as ações do Sebrae como a luta pelo aumento da oferta de crédito para esse segmento que representa 99% das empresas brasileiras.

1 – Quais os maiores desafios previstos para as MPE em 2021?

Sem dúvida, um dos maiores problemas que os donos de pequenos negócios irão enfrentar nesse ano, continuará sendo o acesso ao crédito. Apesar da significativa melhora em 2020, quando o sucesso nos pedidos de empréstimos saltou de 11% (abril) para 34% (novembro), observamos que ainda há um contingente de 56% de empresários que têm seu pedido negado. Além disso, é importante lembrar que 48% dos empreendedores sequer chegaram a solicitar o crédito, seja por receio das altas taxas de juros, pela falta de garantias, entre outros motivos.

O crédito é o oxigênio de que muitos pequenos negócios necessitam para aliviar a pressão no fluxo de caixa, resultado da queda do nível de faturamento.

Nesse sentido, o Sebrae vem trabalhando fortemente junto ao Congresso e ao governo federal, no sentido de criar mecanismos que assegurem melhores condições aos donos de micro e pequenas empresas.

O Pronampe foi a melhor política pública já criada no país para ampliar o acesso dos pequenos negócios ao crédito. Desde maio, mais de 440 mil empreendedores contaram com o apoio do fundo. Nesse período, foram concedidos empréstimos no valor total de R$ 37,5 bilhões em mais de 516 mil operações de crédito. Estamos aguardando, nesse momento, a aprovação pelos deputados do Projeto de Lei que torna o Programa uma política pública permanente.

2 – Como o Sebrae vai atuar neste novo ano para apoiar as micro e pequenas empresas que ainda sofrem os impactos da crise gerada pela pandemia? Existe alguma pauta específica que receberá atenção especial?

O Sebrae vai continuar apostando em algumas linhas de ação que foram fundamentais em 2020. A primeira é oferecer aos empresários e potenciais empreendedores, o maior volume de conteúdos possível de modo que eles possam se qualificar e aprimorar a gestão de seus negócios. Para isso, vamos continuar disponibilizando cursos, publicações, seminários e diversas alternativas de qualificação nas diferentes plataformas – inclusive no Whatsapp.

Outra linha de trabalho do Sebrae será em busca de ampliar o acesso dos empresários ao crédito. Nossa principal aposta é pela aprovação do PL que torna o Pronampe um programa perene.

Por fim, também estamos preocupados com a manutenção de algumas ações emergenciais lançadas pelo governo federal em 2020 e que ainda se mostram necessárias, como a extensão do auxílio emergencial e a flexibilização das regras trabalhistas, que contribuíram para preservar milhões de empregos.

3 – Alguns segmentos continuam amargando quedas de faturamento significativos. Sabemos que a retomada deve ser lenta e com características distintas entre os segmentos, há previsão de alguma ação específica para a recuperação dos setores mais atingidos pela pandemia?

O Sebrae já identificou, por meio de pesquisas, os setores que permanecem sendo os mais diretamente afetados pela pandemia: turismo, economia criativa, academias, educação, logística e transportes. São milhares de empresas que ainda apresentam um comprometimento no nível de faturamento acima da média. No caso do turismo e da economia criativa, as perdas ainda estão em um patamar superior a 60%, quando comparado ao período anterior à crise.

Atento às particularidades e necessidades específicas desses segmentos, o Sebrae vem dialogando com o governo federal e o Congresso no sentido de desenvolver um Pronampe (programa de acesso ao crédito) direcionado para essas categorias. Acreditamos que, com o mesmo aporte de recursos do ano passado como garantias, é possível oferecer R$ 200 bilhões em novos empréstimos.

4 – A luta pela transformação do Pronampe em um programa permanente foi uma das grandes ações do Sebrae em 2020, como o senhor comentou. Mas, o que mais pode ser feito para melhorar o acesso ao crédito aos donos de pequenos negócios?

O ano de 2020 foi importante para construção de soluções emergenciais em face da pandemia. Mas, para 2021, o Sebrae, juntamente com parceiros – o Ministério da Economia, o Congresso Nacional – com destaque para a Frente Parlamentar Mista da MPE, e o setor financeiro, teremos que lançar as bases para uma política permanente de crédito para as MPE. Esse esforço começa com a aprovação do Projeto de Lei que está em avaliação pelos deputados, no Congresso, que tornaria o Pronampe uma política pública permanente.

O Sebrae defende uma política completa de crédito para MEI, ME e EPP. O Pronampe teria que ter sublinhas e subsegmentos para que todos os públicos sejam atendidos segundo suas especificidades. Nós entendemos que as necessidades do MEI são diferentes daquelas relativas às microempresas, que por sua vez diferem das características das pequenas empresas.Essa ação terá que prever fontes de recursos, modalidades de garantias e encargos financeiros adequados para cada subsegmento, além de prever condições diferenciadas para capital de giro e investimentos.

5 – As vendas online deram um salto significativo em 2020 e obrigaram muitos pequenos negócios a se digitalizarem para se manterem no mercado. Como o senhor avalia o movimento de transformação digital dos pequenos negócios? As micro e pequenas empresas têm condições de, mesmo em um cenário de crise, acompanhar esse movimento?

De fato, a digitalização das empresas é uma das mudanças mais visíveis entre os pequenos negócios, durante a pandemia. Um levantamento feito pelo Sebrae, em novembro, mostrou que 7 em cada 10 empresas já comercializam pela internet. Isso representa uma evolução importante. Na pesquisa feita em junho, 59% dos negócios utilizavam os meios digitais para fazer negócio.

 Essa é uma mudança irreversível. Uma evolução que veio para ficar. O consumidor vai – cada vez mais – optar pela comodidade da compra online e da entrega por delivery, e as empresas que não incorporarem essa evolução, correm o risco de serem descartadas no mercado.

O nosso esforço tem sido de orientar os pequenos negócios de todo o país e das mais diferentes atividades sobre esse processo, enfatizando que a inovação não é algo necessariamente caro e complexo. Muitos empreendedores, por exemplo, têm usado o Whatsapp (ferramenta acessível e de fácil operação) como instrumento de divulgação e negócios. A plataforma é a mais difundida entre os donos de pequenos negócios (usada por 70% deles).

6 – Como o Sebrae avalia a questão do fim do auxílio-emergencial? Como mitigar o impacto dessa medida sobre os microempreendedores individuais? E como o senhor avalia o resultado dessa medida sobre o poder de compra das famílias e sobre o nível de faturamento dos pequenos negócios?

O auxílio-emergencial foi uma das ações mais estratégicas adotadas pelo governo federal e que gerou maior repercussão para a economia. Apenas essa medida representou a injeção de um montante superior a R$ 230 bilhões, pagos a famílias em situação de vulnerabilidade e 5,2 milhões microempreendedores individuais. As pesquisas realizadas pelo Sebrae e FGV, desde o início da pandemia, mostram que – graças ao auxílio – as micro e pequenas empresas (MPE) conseguiram recuperar lentamente o nível de faturamento. Depois de amargarem uma perda de receita que chegou a 70% (em abril), esses negócios conseguiram reduzir o prejuízo e fecharam o mês de setembro com uma perda média de 36% (comparado ao período pré-pandemia). O auxílio emergencial teve papel crucial nesse resultado, contribuindo para manter o poder de compra das famílias e assegurando a sobrevivência dos setores de comércio e serviços (que concentram a maioria das MPE do país).

A redução do auxílio e sua posterior suspensão, nos causa enorme preocupação. Os mesmos levantamentos do Sebrae mostraram (em novembro) que 47% dos donos de pequenos negócios declararam ter muita dificuldade em manter suas empresas em operação. Esse dado confirma que a crise ainda não está superada e que precisamos continuar atentos às necessidades desse segmento.

Nesse contexto, uma alternativa para o governo seria concentrar os esforços, dando prioridade ao socorro dos segmentos com as quedas mais significativas de faturamento. Defendemos também a reedição de duas medidas provisórias (MP 927 e 936 – essa última, com alteração na estabilidade) e a criação de um Programa de Recuperação Pós Pandemia. Esse programa beneficiaria empresas que tivessem que demitir empregados e estivessem sujeitas à garantia do emprego da Lei nº 14.020/2020.

Por Agência Sebrae de Notícias

Pequenos negócios criaram quase o dobro de vagas a mais que as médias e grandes empresas

Mesmo na crise, micro e pequenas empresas comprovam capacidade maior de recuperação e geração de empregos

Entre julho e outubro desse ano, as micro e pequenas empresas criaram 714,3 mil postos de trabalho em todo o Brasil. Esse número é quase duas vezes maior que o total de empregos gerados pelas empresas de médio e grande porte que, no mesmo período, abriram 364,8 mil vagas. Os dados constam em levantamento feito pelo Sebrae, com informações do Novo Caged do Ministério da Economia, que compila o encerramento e a abertura de vagas em todos o país.

“Esses números comprovam a tese que há muito defendida pelo Sebrae. As pequenas empresas contratam mais na expansão. Por isso é tão importante que desenvolvamos políticas de fomento e crédito para esse segmento vital à economia do nosso país. Elas precisam disso para continuar desempenhando seu importante papel”, ressaltou o presidente do Sebrae, Carlos Melles

O estudo realizado pelo Sebrae constata, ainda, que entre os meses de março e junho, atipicamente, os pequenos negócios foram os que mais desempregaram na crise econômica provocada pela pandemia, com um saldo de cerca de um milhão de postos de trabalho encerrados, contra 606 mil nas médias e grandes. Apesar disso, a recuperação do setor foi igualmente mais rápida.

No acumulado deste ano, até outubro, as MPE registraram saldo negativo de geração de emprego de 26 mil, quase dez vezes menor que o saldo negativo apresentado pelas médias e grandes empresas, que está em -215,3 mil. O presidente do Sebrae ressalta que, entre julho e outubro, os pequenos negócios voltaram a puxar a geração de empregos no país. “Com o retorno gradual da atividade econômica, as micro e pequenas empresas voltaram a ser a  locomotiva da nossa economia, implementando um ritmo de contratação bem mais forte do que as de maior porte”, pontuou Carlos Melles.

O levantamento ainda aponta dados por setor e regiões. Uma curiosidade identificada é que dois estados da região Norte se destacaram na geração de empregos. Roraima foi o que ocupou a primeira posição no ranking de outubro e no do acumulado do ano com 81,12 – considerando o “saldo por 1.000 empregados”. Pará ficou em segundo lugar, tendo gerado 63,21 vagas a cada mil empregados. São Paulo aparece na posição 24 no ranking, com um saldo negativo de 13,45. A Unidade da Federação com pior desempenho foi o Rio de Janeiro, com 41,96 negativos.

Quando analisados os setores da atividade econômica, no acumulado de janeiro a outubro deste ano, as micro e pequenas empresas da Construção Civil foram as que mais empregaram, registrando um saldo de 137,1 mil novas vagas; seguidas pela Agropecuária, com 29,7 mil postos. Já o Comércio e Serviços ainda acumulam neste ano saldos negativos de – respectivamente – 154,3 mil e 65,7 mil empregos.

Por Agência Sebrae de Notícias

Caixa adere à linha de financiamento de folha de MPE

Banco disponibilizou R$ 111 bi para PF e PJ, ampliou a pausa nos financiamentos para 90 dias e reduziu juros de créditos

As Micro e Pequenas Empresas (MPE) poderão buscar junto à CAIXA nova linha de crédito para colocar a sua folha de pagamento em dia. O financiamento poderá ser pago em 36 meses (carência de 6 meses e 30 parcelas), e taxa de juros de 3,75% a.a. Poderão aderir à modalidade as empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões.

“A CAIXA está ao lado das Micro e Pequenas Empresas. É nossa missão ajuda-las neste momento difícil, criando linhas de financiamento, diminuindo taxas de juros, oferecendo pausa nos empréstimos. Nossas medidas são dinâmicas e se necessário, a CAIXA lançará novas medidas. Faremos o que for possível para garantir a empregabilidade dos trabalhadores e as empresas vivas”, ponderou o presidente da CAIXA, Pedro Guinarães.

A medida faz parte do pacote de benefícios da CAIXA contra os efeitos do novo coronavírus (COVID-19). Na semana passada, foram anunciados R$ 111 bilhões em crédito para Pessoa Física e Jurídica, Hospitais Filantrópicos e setores Habitacional e Agrícola. A CAIXA também prorrogou a pausa dos financiamentos de 60 para 90 dias, reduziu Taxas de Juros, anunciou Financiamento a Estados e Municípios e suspensão do Recolhimento do FGTS. Deste montante, a CAIXA, que é parceira das Micro e Pequenas Empresas. aportou novos recursos para capital de giro (R$ 60 bilhões) e compra de carteiras (R$ 40 bilhões).

Nova linha de crédito MPEA linha de crédito emergencial faz parte das medidas anunciadas pelo Governo Federal contra os efeitos do novo coronavírus. Para contratar, basta a Micro e Pequena Empresa ter condições de crédito em dia e folha de pagamento com a CAIXA. Novos clientes que trouxerem a folha de pagamento para a Instituição também poderão utilizar a linha de crédito. Segundo as regras anunciadas pelo Banco Central, o financiamento da folha de pagamento das empresas será limitado a dois salários mínimos (até R$ 2.090,00) por empregado, permanecendo o restante, se houver, a cargo da empresa. Os recursos serão depositados diretamente na conta dos trabalhadores. A empresa que tomar o financiamento não poderá demitir, por dois meses, os empregados com salários financiados. Para solicitar a linha basta acessar o site www.caixa.gov.br/caixacomsuaempresa e realizar o pré-cadastro.

Pausa – Outra medida anunciada para as Micro e Pequenas Empresas é a possibilidade de pausa por até 90 dias ao cliente PJ que tiver o Giro CAIXA Fácil e Crédito Especial Empresa. A solicitação pode ser realizada por meio do portal da CAIXA.

Por Caixa Notícias

Proposta permite que empresas excluídas do Refis de 2000 voltem ao programa de quitação de dívidas tributárias

Para Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), PL 5.317/2019 “busca garantir o direito das empresas que pagam regularmente os parcelamentos”. Proposta está na Comissão de Finanças e Tributação (CFT)

Em discussão na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, o PL 5.317/2019 pode beneficiar empresas excluídas do programa de refinanciamento de dívidas tributárias realizado em 2000. O relator no colegiado, deputado Celso Maldaner (MDB-SC), apresentou na última quinta-feira (5) parecer favorável à aprovação da proposta. O texto já passou pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS).

Naquele ano, o valor das prestações do Refis foi calculado com base no faturamento bruto das firmas e não previa limite máximo de parcelas. Com o passar do tempo, a incidência dos juros sobre o montante total da dívida das empresas fez o débito crescer, inclusive em contratos de renegociação pagos em dia, ou seja, quando o empresário estava adimplente.

Isso porque a Receita Federal entendeu que o valor pago nas parcelas estipuladas pelo programa, à época, era insuficiente para quitar a dívida tributária total da empresa. Por conta desse entendimento, decidiu excluir os contratos do Refis de 2000.

Como consequência, as companhias entraram para lista de devedores e só poderão sair quando quitarem todos os débitos tributários em parcela única, paga à vista. Para que essas empresas não sejam prejudicadas, o PL 5.317/2019 inclui novamente essas empresas no programa de refinanciamento de dívidas tributárias federais. “O objetivo do projeto é restabelecer a segurança jurídica para as empresas que aderiram ao Refis de 2000, regularizando os débitos perante a União. Isso garante regularidade fiscal para o exercício de suas atividades”, defendeu o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), que relatou o texto na CDEICS.

O parlamentar lembra ainda que a nova legislação corrige um erro histórico, que prejudicou empresários no Brasil. “A proposta busca garantir o direito de centenas de empresas que pagam regularmente os parcelamentos mensais da dívida e são excluídas porque financiam menos do que o Fisco acha suficiente para reduzir os débitos”, ressaltou.

O texto, em trâmite há quatro anos no Congresso (PL 2281/2015), possibilitará que as empresas participantes do Refis de 2000, cujo valor da parcela seja inferior a um cento e oitenta avos (1/180) do montante total da dívida, possam voltar para o programa. “A norma prevê o parcelamento do total devido pelas empresas excluídas em, no máximo, 15 anos porque os Refis futuros, até por conta dessa má experiência nesse primeiro Refis de 2000, já têm prazo máximo”, explicou a especialista em Direito Tributário da Utumi Advogados, Camila Tapias. “Tem empresas até hoje que estão pagando no Refis de 2000, com prazo de parcelamento das dívidas indefinido”, completou.

Inadimplência

Dados do Serasa Experian mostram que o índice de endividamento das empresas brasileiras permaneceu estável nos sete primeiros meses de 2019. Em janeiro, cerca de 5,6 milhões de firmas tinham algum tipo de conta atrasada, como financiamentos, empréstimos ou tributos. No mês de julho, esse número avançou para 5,8 milhões. Desse total, as micro e pequenas empresas (MPE) correspondem por quase 95% (5,5 milhões) da inadimplência. O valor médio devido por cada empresa é próximo de R$ 17 mil.

Até julho, o estado de São Paulo liderava o ranking de MPEs inadimplentes no país, com 1,8 milhão, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais. Por conta desse cenário, Camila Tapias avalia que a proposta em discussão na Câmara assegura segurança jurídica ao empresariado.

“Esse projeto de lei protege a empresa. Se excluída do Refis, ela é obrigada a pagar todo esse valor à vista. A empresa, em verdade, vai continuar a ter o seu dinheiro em caixa e, assim, sem dúvida nenhuma, vai proteger também os empregados”, apontou.

MP 899/2019

Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória (MP 899/2019) para regularizar dívidas com o Fisco Federal. O Refis pretende beneficiar cerca de dois milhões de inadimplentes que devem, de acordo com o governo federal, cerca de R$ 1,4 trilhão. Os descontos podem variar entre 50% e 70% sobre o total da dívida, inclusive para micro e pequenas empresas.

O saldo devedor poderá ser dividido em 84 meses e até em 100 parcelas, no caso das MPEs. Além disso, a medida prevê tempo de carência para o início do pagamento do refinanciamento dos débitos tributários junto à União.

Para continuar em vigor, no entanto, a MP precisa ser apreciada em comissão mista do Congresso Nacional e votada nos plenários da Câmara e do Senado. O prazo de tramitação no Congresso é de 60 dias contados a partir da data de publicação da MP. Como foi publicada em 17 de outubro no Diário Oficial da União, a matéria caduca no dia 17 de dezembro. O tempo de vigência pode ser prorrogado por mais 60 dias, mas para isso é necessário que o Congresso instale a comissão mista, o que não ocorreu até o fechamento desta matéria.

Por Cristiano Carlos / Agência do Rádio Mais

Donos de pequenos negócios apontam melhoria do acesso ao crédito

Pesquisa realizada pelo Sebrae mostra que mais empresários buscaram empréstimos em 2019 e que houve melhora na avaliação do sistema financeiro

A melhora dos índices de confiança dos empresários brasileiros, identificada na Sondagem Conjuntural realizada pelo Sebrae, contribui para que os donos de pequenos negócios retomem o interesse em buscar financiamento para suas empresas junto ao sistema financeiro. Segundo o levantamento, após uma sequência de sucessivas quedas, houve – neste ano – um crescimento de 4 pontos percentuais na proporção de empresários que buscaram empréstimo ou financiamento novo (18%), em comparação com 2018 (14%). Em 2015, 24% dos donos de pequenos negócios ouvidos na pesquisa haviam buscado crédito nos bancos.

O levantamento do Sebrae revelou redução no percentual de empresários que apresentam algum tipo de aversão à tomada de empréstimos (não confia na política econômica, tem medo de não conseguir pagar ou não gosta de empréstimos). Em 2018, esses motivos representavam 32% das justificativas dos empresários que não buscaram crédito. Em 2019, esse volume caiu para 23%. Ainda de acordo com as empresas ouvidas pelo Sebrae, 63% dos empresários que buscaram obter um empréstimo novo, tiveram sucesso na tentativa. O levantamento também apontou aumento da proporção de empreendedores que afirmaram não ter encontrado dificuldade na obtenção do empréstimo em 2019 (31%), contra 29% em 2018, e 18% em 2017.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a melhora desses indicadores confirma a confiança dos donos de micro e pequenas empresas na recuperação da economia brasileira e na melhoria do ambiente de negócios, que tem sido objeto de esforços constantes do governo federal e do Sebrae. “Com a retomada do crescimento, as pequenas empresas, que foram as principais responsáveis pela manutenção do emprego no país ao longo da crise, se sentem mais seguras para buscar crédito e investir na ampliação de seus negócios. Além disso, não podemos nos esquecer que o brasileiro agora está mais livre para empreender, com a chegada da Lei da Liberdade Econômica. As novas regras deixam o ambiente menos burocrático e sem amarras, comenta Melles.

De acordo com o estudo do Sebrae, houve em 2019 melhora na avaliação do sistema bancário por parte dos donos de micro e pequenas empresas. A soma da avaliação “ruim” e “muito ruim” passou de 61% (2018) para 56% (2019). Quando questionados sobre o que poderia ser feito para facilitar a aquisição de novos empréstimos/financiamentos, a resposta mais apontada pelos empreendedores foi: “reduzir as altas taxas de juros pagas pelos tomadores”. O Capital de giro (52%), seguido da compra de máquinas/equipamentos ou reforma/ampliação do negócio (ambas com 35%) foram as principais finalidades dos empréstimos obtidos por donos de micro e pequenas empresas em 2019. O valor médio solicitado foi de R$ 32.780,00. Já o valor médio concedido foi de R$ 29.537,00.

Números da Pesquisa do Sebrae sobre Financiamento • 18% das MPEs tentaram obter um empréstimo ou financiamento novo nos últimos 6 meses. • A Empresa de Pequeno Porte foi o segmento que mais tentou empréstimo novo 25%, seguido de Microempresa (22%) e Microempreendedor Individual (11%). • 50% não tentou obter empréstimo porque não precisou. • 23% não tentou empréstimo por receio (não gosta de empréstimo 12%; não conseguiria pagar 6%; não confia na política econômica 5%). • A aversão à tomada de empréstimo novo é maior entre os MEI (26%) e no ensino fundamental (29%). • 63% dos que tentaram obter um empréstimo novo tiveram sucesso. • 31% dos entrevistados disseram não ter encontrado dificuldade para obter empréstimo. • O “capital de giro” é a finalidade mais demandada (52%), seguida de compra de máquinas e equipamentos (35%) e reforma/ampliação do negócio (35%).

Valor solicitado (média) • MPE – 32.780 • MEI – 17.869 • ME – 37.405 • EPP – 48.270

Valor concedido (média) • MPE – R$ 29.537 • MEI – R$ 12.316 – 69% do solicitado • ME – R$ 32.716 – 87% do solicitado • EPP – R$ 46.545 – 96% do solicitado

Por Agência Sebrae de Notícias

Geração de empregos pelos pequenos negócios revela melhor agosto em cinco anos

Levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados do Caged, apontam que das 121 mil vagas abertas no mercado de trabalho, mais de 95 mil foram nas micro e pequenas empresas

De cada 10 empregos gerados no país em agosto deste ano, oito foram nos pequenos negócios. Esse é o dado revelado em análise feita pelo Sebrae, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. De acordo com o levantamento, as micro e pequenas empresas (MPE) criaram 95.587 vagas de trabalho formais celetistas no país, no mês passado, enquanto as médias e grandes corporações geraram um quarto desse saldo. Incorporando ao total de contratações feitas pela administração pública, o número de novos postos de trabalho foi de 121.387, com os pequenos negócios respondendo por quase 80% desse total, o melhor saldo do mês de agosto dos últimos cinco anos. “Os pequenos negócios, que hoje representam 99% das empresas do país, mostram que o segmento é o futuro do Brasil, já que estão gerando empregos e renda a todo mês, como demonstra os últimos levantamentos do Ministério da Economia. Empreender está na alma do brasileiro”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

No acumulado de janeiro a agosto, os pequenos negócios geraram 541,7 mil empregos, saldo 15 vezes maior que o registrado pelas médias e grandes empresas, tendo superado, ainda, em 6% o registrado pelos pequenos negócios no mesmo período do ano passado. Já o saldo de vagas nas corporações de maior porte foi de 35,1 mil contratações com carteira assinada, nesse mesmo período. O resultado é 58% menor do que elas haviam registrado em 2018. O volume de postos de trabalho gerados pelas MPE no mês passado superou em 117% o saldo de julho e em 14,5% o resultado do mesmo mês em 2018.

Serviços Os pequenos negócios da área de Serviços continuam liderando a geração de empregos no país, tendo sido responsáveis por 48,1 mil novos postos de trabalho, em agosto deste ano. Isso corresponde à metade de todas as vagas criadas por esse nicho de empresas no oitavo mês de 2019. Destacaram-se nesse setor, as micro e pequenas empresas que atuam no ramo imobiliário (na comercialização e administração de imóveis), com a criação de 17,8 mil novas vagas, e as empresas do ramo de ensino, com mais 9,8 mil empregos. As MPE desse setor também estão à frente das contratações com carteira assinada realizadas no acumulado de 2019, com 325 mil pessoas empregadas, seguidas pela Construção civil, com mais de 90 mil. Isso sinaliza, também, uma retomada do crescimento econômico, uma vez que o setor da construção está diretamente relacionado a investimentos em infraestrutura.

As micro e pequenas empresas de São Paulo lideraram a geração de empregos em agosto, com a criação de mais de 30 mil postos de trabalho, sendo seguidas pelas MPE do Rio de Janeiro, que responderam pela geração de 10 mil vagas no país. Com isso, a região Sudeste se destacou no mês passado, com a contratação de 45,5 mil trabalhadores, seguida pela região Nordeste, que gerou mais de 16,8 mil empregos.

Por Sebrae

Pequenos negócios têm até o dia 15 de julho para retornar ao Simples Nacional

A data limite foi estabelecida pela Receita Federal por meio de Resolução e vale para as empresas de pequeno porte excluídas do Simples em 1º de janeiro de 2018

As micro e pequenas empresas (MPE) excluídas do Simples Nacional terão até o dia 15 de julho deste ano para requerer o retorno ao sistema. Na quarta-feira (3), o Comitê Gestor do Simples Nacional (SGSN) editou Resolução que permite esta ação. Os pequenos negócios podem retornar ao Simples Nacional desde que tenham sido excluídos do sistema em 1º de janeiro de 2018, tenham aderido ao Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional (Pert-SN), instituído pela Lei Complementar nº 126, de 6 de abril de 2018 e não tenham incorrido nas vedações previstas na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 

“O Simples Nacional tem impacto direto na sobrevivência da micro e pequena empresa. Estudos realizados pelo Sebrae mostram que, se o modelo de tributação acabasse, 67% das empresas optantes fechariam as portas, seriam empurradas para a informalidade ou reduziriam suas atividades. Por isso, esta Resolução é tão importante, representa uma oportunidade para as micro e pequenas empresas”, defende o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

A opção de retornar ao Simples Nacional poderá ser feita até o dia 15 de julho, perante a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, por meio de um formulário. No requerimento deve constar a assinatura do contribuinte ou por seu representante legal, e instruído com o documento de constituição da pessoa jurídica ou equiparada, com as respectivas alterações que permitam identificar os responsáveis por sua gestão.

Conforme a Secretaria-Executiva do Comitê Gestor do Simples Nacional o contribuinte deve estar ciente de que, em caso de prestação de informação falsa, ele poderá ser excluído retroativamente do Simples Nacional, além de estar sujeito às demais penalidades previstas na legislação. Outro aspecto importante é que, uma vez deferida a opção extraordinária, as MPE ficarão sujeitas às obrigações tributárias principais e acessórias decorrentes, desde 1º de janeiro de 2018.

Simples Nacional O Simples é um regime tributário facilitado e simplificado para os pequenos negócios. Criado em 2006 pela Lei Complementar nº 123, o Simples abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e reúne, em um único documento de arrecadação (DAS) os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP).

Por Agência Sebrae

Em quatro meses, pequenos negócios criaram quase 300 mil novos empregos

Levantamento feito pelo Sebrae, com base no Caged, aponta que em abril as micro e pequenas empresas foram responsáveis pela criação de 93,7 mil vagas no mercado de trabalho

Os pequenos negócios voltaram a responder pela geração de novos empregos. Segundo levantamento feito pelo Sebrae, baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, em abril deste ano, as MPE concentraram a criação de 93,7 mil postos de trabalho formais. O saldo foi quase três vezes maior que o gerado pelas média e grandes empresas e representou 72,3% do total de empregos gerados no país neste mês, que foi de 129,6 mil.

No acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, os pequenos negócios abriram quase 300 mil novos postos de trabalho. As médias e grandes corporações criaram apenas 20,3 mil novas vagas. Entretanto, o saldo de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas nos primeiros quatro meses deste ano ainda está 14,4% abaixo do saldo gerado por eles no mesmo período do ano passado.

“A recuperação do emprego passa pela retomada da economia, que depende diretamente da retomada da confiança de investidores, da aprovação das reformas no Congresso Nacional”, analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles. “Os números mostram que o empreendedorismo está no sangue do povo brasileiro. Foram os pequenos negócios os grandes responsáveis pelo grande número de abertura de vagas no mercado de trabalho. E isso mesmo em tempos difíceis economicamente”.

O levantamento do Sebrae apontou ainda que nos primeiros quatro meses do ano, as MPE do setor de Serviços capitanearam a geração de empregos, com um saldo de 193 mil novos postos de trabalho, 69% do total de empregos gerados no período de 2019. As MPE que atuam no Comércio, porém, ainda continuam a registrar saldos negativos de vagas de trabalho no acumulado de 2019, o que significa que mais demitiram do que contrataram. Mesmo assim, geraram 10,6 mil postos em abril deste ano.

Em todos os setores, as MPE registraram saldos positivos de empregos gerados no mês de abril/2019, mas foram os pequenos negócios do setor de Serviços que puxaram a geração de empregos, criando mais de 55 mil postos de trabalho, 3,6 vezes mais do que as MPE da Construção Civil, segundo setor em que as micro e pequenas empresas mais empregaram nesse mês. Pelo levantamento, as médias e grandes empresas tiveram uma queda de 1.057 postos de trabalho neste segmento, enquanto os pequenos negócios abriram 15,1 mil vagas.

As micro e pequenas empresas do estado de São Paulo lideraram a geração de empregos no país em abril deste ano, respondendo pela criação de 29,3 mil postos de trabalho e foram acompanhadas pelas MPE de Minas Gerais, com 14,7 mil empregos. Com isso, as MPE da região Sudeste foram as que mais geraram postos de trabalho neste mês no país (+52,9 mil empregos), seguidas pelos pequenos negócios da região Nordeste, que responderam pela geração de 17,8 mil empregos. Praticamente todos os estados do país tiveram saldo positivo, com exceção ao Rio Grande do Sul.

Por Agência Sebrae de Notícias

Pequenos negócios geraram 72% dos empregos do país em fevereiro

O resultado do mês, de preenchimento de 125,2 mil postos de trabalho, é o melhor dos últimos quatro anos, segundo levantamento do Sebrae O saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios em fevereiro representou 72,3% do total de vagas abertas no país, revela o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). É o maior saldo […]

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O resultado do mês, de preenchimento de 125,2 mil postos de trabalho, é o melhor dos últimos quatro anos, segundo levantamento do Sebrae

O saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios em fevereiro representou 72,3% do total de vagas abertas no país, revela o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). É o maior saldo registrado para este mês nos últimos quatro anos. Segundo levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), baseado nos dados do Caged, foram preenchidos 125, 2 mil postos de trabalho, resultado quase três vezes e meia maior que o saldo apresentado pelas médias e grandes empresas (MGE), que somaram 36,5 mil.

“Esses empreendedores são o negócio do futuro. Os pequenos negócios geram emprego, dão resultado e transformam a realidade nas comunidades onde estão inseridos e no país como um todo, com renda e oportunidade”, afirma o presidente do Sebrae, João Henrique de Almeida Sousa. Segundo o Caged, no total foram gerados 173.139 empregos formais celetistas em fevereiro, computando-se também o saldo das empresas da Administração Pública.

As micro e pequenas empresas já acumulam no primeiro bimestre deste ano um saldo de 189,5 mil vagas, 14% acima do mesmo período do ano passado e quase 17 vezes mais que o saldo acumulado pelas médias e grandes corporações nos primeiros dois meses deste ano. Os pequenos negócios do setor de Serviços foram os que mais empregaram em fevereiro, com 75,8 mil postos de trabalho. Destacaram-se nessa área os empreendimentos do segmento de Ensino, contratando 27 mil novos profissionais, e as do ramo imobiliário, criando 18,5 mil novos empregos.

Considerando o primeiro bimestre, os pequenos negócios do setor de Serviços também foram os que mais contrataram, preenchendo mais de 117,4 mil vagas. Em segundo lugar, destacaram-se as MPE da Indústria de Transformação, com a criação de 53,2 mil postos de trabalho. Já as empresas que atuam no Comércio registraram um saldo negativo de 27,9 mil de empregos, contra 31,9 mil demissões feitas pelas médias e grandes corporações. Isso significa que que nesta área houve mais desligamentos do que admissões.

São Paulo foi o estado brasileiro em que as micro e pequenas empresas mais geraram empregos em fevereiro, com 41,3 mil empregos, respondendo por 33% do total de postos de trabalho gerados pelas MPE no país nesse mês. Em seguida, aparecem Minas Gerais (16,4 mil), Santa Catarina (10,8 mil) e Rio Grande do Sul (10,1 mil). Em função disso, as regiões que se destacaram na criação de novas vagas em fevereiro deste ano foram a Sudeste (66,1 mil) e a Sul (31 mil).

Por Agência Sebrae de Notícias