A importância da inovação para os seus negócios

Se você é empreendedor talvez tenha pensado em pelo menos mais dez itens que considera essenciais para a sua empresa. Mas, afinal, por que inovar é tão importante? Um dos principais motivos é que inovação representa diferencial competitivo e agrega valor ao negócio.

Se você é empreendedor talvez tenha pensado em pelo menos mais dez itens que considera essenciais para a sua empresa.

Mas, afinal, por que inovar é tão importante? Um dos principais motivos é que inovação representa diferencial competitivo e agrega valor ao negócio.

Inventar não é inovar. Para ser chamado de inovador, o produto, serviço ou processo precisa chegar ao usuário.

A inovação pode ser baseada em competências existentes ou mesmo destruidora de competências.

A descoberta pode ficar nas anotações de um inventor, a inovação não, ela tem que ser utilizada.

Qual empresa não almeja conquistar um diferencial no mercado? Algo que a torne mais eficiente que as concorrentes? A inovação viabiliza essa conquista, ou seja, tem diferencial competitivo.

E isso, por si só, já demonstra o quanto inovar é importante.

Quanto mais inovadora a empresa for, e conseguir se apropriar dos ganhos dessa inovação, mais sustentável e duradoura é a vantagem competitiva, permitindo posicionamentos estratégicos mais favoráveis.

Mas será que a inovação está tão fora do alcance das empresas? A literatura diz que, para aproximadamente 80% dos projetos de inovação em uma empresa, o conhecimento já existe, seja dentro do próprio negócio ou disponível no mercado.

Assim, podemos afirmar que a inovação está dentro da empresa. A questão é organizar esse conhecimento de forma criativa. Somente no restante, ou seja, em 20% dos casos é necessário algum tipo de pesquisa para promover algo realmente novo.

Se sou criativo automaticamente vou ser inovador? Longe disso. Criatividade é a nossa capacidade de gerar novas ideias. Já inovação é a implementação prática de uma ideia, produto ou processo.

Portanto, a criatividade gera ideias e a inovação as transforma em algo para o mercado. Ser apenas criativo não basta. Para transformar criatividade em inovação, é necessário muita “transpiração”.

Para que inovação e criatividade passem das pessoas para a empresa é necessário que elas façam parte da estratégia e da cultura do negócio. Ou seja, apostar nas pessoas.

É importante que os processos organizacionais estejam afinados com a inovação, que haja políticas que favoreçam a incorporação da criatividade no seio organizacional.

Se uma empresa possui uma política extremamente punitiva, onde qualquer erro se torna uma advertência, suspensão ou demissão, dificilmente seus funcionários terão espaço para serem criativos.

Agora, em uma companhia onde os erros são, sempre que possível, tolerados e utilizados como forma de aprendizagem, há mais probabilidade de empregados criativos se arriscarem.

O segredo é como cada organização realiza esse ajuste fino e incorpora essas práticas em sua cultura.

A inovação está relacionada ao ambiente em que estamos inseridos. O ecossistema faz a diferença.

Em ecossistemas que reúnem universidades, empresas inovadoras, instituições científicas e tecnológicas, além de empresas demandantes de inovação, ocorre o que os economistas chamam de “economia de aglomeração”, e aí se dá o ‘milagre’.

Designed by @katemangostar / freepik
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O Vale do Silício provavelmente é o caso mais conhecido.

Cada ecossistema tem sua própria alma e favorece a criação de insights importantes.

O Biopark, localizado em Toledo, Oeste do Paraná (PR), é um bom exemplo de ecossistema saudável, que já nasce com a capacidade de induzir a atividade inovadora empresarial e provocar bem-estar para todos os stakeholders no entorno. É preciso inovar para superar os grandes desafios da humanidade.

A pandemia de Covid-19 colocou a ciência no “centro da sala”. Em toda nossa história, as pessoas nunca olharam tanto para a ciência como agora.

E foi por meio dela e da inovação, que pudemos voltar a ter esperança, dado o desenvolvimento em tempo recorde de vacinas com alto conteúdo inovador.

Inovar é importante para a empresa, para o país, para cada cidadão e para as futuras gerações.

Afinal, por que inovar? Porque vale a pena! Vale a pena para todos os indivíduos que no dia a dia se valem dos produtos e serviços inovadores.

Para as empresas, que podem obter maiores margens de lucratividade, e assim remunerar melhor seus acionistas, seus funcionários e gerar mais rendas para sua localidade.

Para o país é muito importante, porque é através da maior produção de conteúdo tecnológico e inovador que serão melhorados seus termos de troca com o exterior e, consequentemente, a renda e as condições de vida de sua população.

Enfim, no limite, inovar é necessário para o planeta e para a nossa própria sobrevivência como espécie. Inovação agora, inovação sempre!

Por: Pedro Palmeira é conselheiro do Biopark e consultor de empresas do segmento farmacêutico e de biotecnologia. Atuou como chefe de Departamento do BNDES.

SOBRE O BIOPARK

O Biopark é um parque tecnológico 100% privado, localizado em Toledo – Oeste do Paraná. Criado pelos empreendedores Carmen e Luiz Donaduzzi – que possuem mais de 40 anos de experiência em empreendedorismo e desenvolvimento de pessoas – tem o objetivo de transformar Toledo e Região em referência nas áreas de pesquisa, inovação e geração de negócios.

Estima-se que futuramente o empreendimento tenha uma população de 75 mil pessoas e gere mais de 30 mil postos de trabalho. Atualmente, o local possui quatro universidades, recebe uma nova empresa a cada 72 horas e tem mais de 100 negócios gerando aproximadamente 300 empregos diretos. Além disso, os investimentos no Biopark somam mais de R$ 300 milhões, entre eles, um Centro de Distribuição de Medicamentos da Prati-Donaduzzi, que já está com as obras avançadas.

fonte: Rede Jornal Contábil .

83% das empresas brasileiras vão precisar inovar para sobreviver no pós-pandemia

A pandemia deu um novo significado à inovação. Se antes, empresas viam a geração de ideias como um processo de estímulo à criatividade – e nada além disso –, hoje, ficou evidente o quanto aqueles que não estiverem preparados ou não se adaptarem aos novos tempos estarão fadados ao fim.

A prova disso é que uma pesquisa recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou que 83% das empresas brasileiras vão precisar inovar para sobreviver ou para crescer no pós-pandemia.

Ao mesmo tempo, também caiu por terra a ideia de que inovar é estar imerso em um ambiente de puffs confortáveis, gramado sintético e post-its coloridos.

Assim como diversas operações dentro de uma empresa, a inovação também requer processos, acompanhamento e métricas.

Como exemplo, temos a ISO 56.0002, que mostra a importância de unir gestão e inovação.

Durante 11 anos de estudo, especialistas de todo o mundo buscaram reunir as melhores práticas sobre o tema em seus países.

O resultado foi uma norma reconhecida internacionalmente com as melhores diretrizes para inovar.

Mas, se a inovação é vista como algo livre de regras e disruptivo por natureza, como esperar que processos e etapas facilitem seu desenvolvimento?

É justamente o que a ISO tenta nos ensinar há anos. As normas não devem ser vistas como mais um processo burocrático a qual as empresas estão submetidas, mas um sistema que possibilita processos mais ágeis, identificar e resolver problemas com mais facilidade, entre outros benefícios.

Ao implementar um Sistema de Gestão Integrado, que pode reunir diversas normas, inclusive a ISO de inovação, é possível enxergar o negócio por completo e verificar quais áreas poderiam funcionar de um jeito melhor.

Em outras palavras, as normas ajudam a compor um sistema que permitirá avaliar a saúde da empresa – e, assim, fazer check-ups sempre que necessário.

No caso da 56.002, a ISO foi ainda mais pertinente ao entender que inovar não é como preparar um bolo.

Não há receita ou modelo certo a seguir: o destino é fruto direto da trajetória que a empresa trilhar.

Só ela sabe como fazer isso, com base em sua cultura, valores e mercado em que está inserida.

Entretanto, como o principal objetivo da norma é fazer as empresas obterem lucro com a inovação em produtos e serviços, a ISO estabelece um funil de inovação com algumas etapas.

Tudo começa ao identificar e classificar uma ideia:se é uma melhoria ou inovação; e se for uma inovação, de qual tipo, como, por exemplo, criativa, radical, incremental, disruptiva ou tecnológica.

Depois, metodologias como o Design Thinking podem ajudar a desenvolver melhor o projeto e como ele pode ser um sucesso para minha empresa.

A terceira etapa envolve a validação de diversos setores, como financeiro e tecnológico. Ela funcionará como um termômetro de mercado, para sentir a aderência da ideia aos possíveis compradores.

Depois, é hora de finalmente executar a ideia. Nessa etapa de desenvolvimento, tiramos os insights do papel e damos vida a eles.

Para isso, podemos usar metodologias como o SCRUM para nos auxiliar. Em seguida, criamos o nosso MPV (Produto Minimamente Viável).

Veja que a ISO 56.002 não diz o que cada empresa deve fazer, mas orienta qual o caminho a ser percorrido para identificar se uma ideia realmente tem valor.

É o equilíbrio essencial para criar métricas que possibilitem acompanhar o sucesso de uma inovação sem engessá-la.

A PALAS é pioneira na ISO de inovação no Brasil e foi responsável pela implementação de três das quatro empresas certificadas em território nacional.

Nossa consultoria une o melhor das práticas de gestão e das metodologias de inovação, propiciando um processo único para cada empresa encontrar sua própria maneira de inovar.

Por Alexandre Pierro sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.

Fonte: Jornal Contábil .