Fintechs e Impacto na Contabilidade

À medida que as fintechs continuam a revolucionar o cenário financeiro, seu impacto na contabilidade é inegável. A transformação digital impulsionada por essas inovadoras soluções tecnológicas está remodelando as práticas contábeis e oferecendo uma série de benefícios para empresas e profissionais contábeis.

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A ascensão das fintechs (empresas de tecnologia financeira) trouxe consigo uma transformação significativa em vários setores, e a contabilidade não é exceção. À medida que essas inovadoras soluções tecnológicas ganham terreno, seu impacto na contabilidade está redefinindo a maneira como as empresas gerenciam suas finanças e processos contábeis.

O Surgimento das Fintechs e Seu Alcance As fintechs revolucionaram a forma como as transações financeiras ocorrem. Desde pagamentos móveis e empréstimos online até investimentos automatizados, essas empresas estão oferecendo soluções ágeis e convenientes que muitas vezes superam as opções tradicionais. A sua influência se estende além das transações cotidianas, atingindo a maneira como as empresas registram, relatam e analisam suas atividades financeiras.   Transformação Digital na Contabilidade A transformação digital está remodelando profundamente a contabilidade, trazendo consigo uma revolução na maneira como as empresas lidam com suas finanças e registros contábeis. A integração de tecnologias inovadoras está acelerando processos, aumentando a precisão e proporcionando insights mais profundos para a tomada de decisões.   Automatização de Tarefas Rotineiras Uma das principais contribuições da transformação digital na contabilidade é a automatização de tarefas rotineiras e manuais. Softwares de contabilidade e plataformas online permitem a entrada automatizada de transações financeiras, a reconciliação de contas e a geração de relatórios. Isso não apenas economiza tempo, mas também reduz significativamente a ocorrência de erros humanos.   Acesso a Dados em Tempo Real A transformação digital proporcionou à contabilidade o acesso a dados em tempo real. Com sistemas integrados e conectados, as informações financeiras são atualizadas instantaneamente, permitindo que as empresas tomem decisões baseadas em dados precisos e atualizados. Isso é especialmente vital em um ambiente empresarial dinâmico e em constante mudança.   Análise Preditiva e Estratégica A contabilidade digital não se limita a simplesmente registrar transações. Ela oferece a capacidade de análise preditiva e estratégica por meio de ferramentas de análise de dados. Isso permite que as empresas identifiquem tendências, prevejam possíveis cenários futuros e planejem suas operações financeiras com base em insights acionáveis.   Maior Eficiência e Valor Agregado A transformação digital não apenas melhora a eficiência dos processos contábeis, mas também agrega valor ao negócio. Ao liberar os profissionais de contabilidade de tarefas manuais, eles podem se concentrar em análises mais complexas, consultoria financeira e fornecer orientações estratégicas para impulsionar o crescimento.   Novas Abordagens Contábeis Impulsionadas por Fintechs O surgimento das fintechs está gerando uma onda de inovação que está transformando as abordagens tradicionais da contabilidade. Essas startups financeiras estão introduzindo novos métodos e ferramentas que estão revolucionando a forma como as empresas lidam com seus processos contábeis.   Contabilidade em Tempo Real As fintechs estão promovendo a contabilidade em tempo real, permitindo que as empresas tenham uma visão precisa e atualizada de suas finanças a qualquer momento. Plataformas financeiras online oferecem painéis em tempo real que exibem transações, saldos e análises, proporcionando insights instantâneos para a tomada de decisões ágeis.   Automação Inteligente A automação desempenha um papel central nas novas abordagens contábeis impulsionadas por fintechs. Softwares e algoritmos inteligentes podem classificar automaticamente transações, reconciliar contas e até mesmo preparar relatórios financeiros. Isso não apenas economiza tempo, mas também aumenta a precisão dos registros.   Crowdsourcing Contábil Algumas fintechs estão introduzindo o conceito de crowdsourcing contábil, onde contadores e especialistas financeiros independentes podem ser conectados a empresas que precisam de assistência. Isso permite que empresas acessem conhecimentos especializados sob demanda, reduzindo custos e fornecendo soluções ágeis para desafios contábeis.   Integração de Dados Financeiros Fintechs estão criando soluções que integram dados financeiros de várias fontes, como contas bancárias, cartões de crédito e sistemas de pagamento. Isso simplifica a coleta de informações e proporciona uma visão holística das finanças de uma empresa. A análise desses dados integrados permite que as empresas identifiquem oportunidades de economia e otimização.   Desafios e Oportunidades da Integração Fintech na Contabilidade A integração das fintechs na contabilidade traz consigo uma série de desafios e oportunidades que moldam a forma como as empresas gerenciam suas finanças e operações contábeis.   Desafios da Integração Fintech na Contabilidade Segurança de Dados: A troca de informações financeiras sensíveis requer medidas rigorosas de segurança. Os desafios incluem garantir a proteção de dados e prevenir ameaças cibernéticas, uma vez que as fintechs lidam com informações confidenciais. Conformidade Regulatória: As regulamentações financeiras e fiscais são complexas e variam em diferentes jurisdições. Garantir que as soluções fintech estejam em conformidade com as regulamentações locais é um desafio constante. Adaptação e Treinamento: A adoção de novas tecnologias pode exigir um período de adaptação para a equipe contábil. O treinamento adequado é necessário para garantir que as soluções fintech sejam utilizadas de maneira eficaz.   Oportunidades da Integração Fintech na Contabilidade Eficiência Aprimorada: A automação e integração de processos proporcionam uma contabilidade mais eficiente, reduzindo o tempo gasto em tarefas manuais e permitindo que os profissionais contábeis se concentrem em análises estratégicas. Acesso a Dados em Tempo Real: As soluções fintech fornecem acesso a dados financeiros atualizados em tempo real, permitindo uma tomada de decisões mais ágil e informada. Análises Avançadas: A integração de dados de fintechs possibilita análises mais avançadas, fornecendo insights valiosos para a gestão financeira e estratégica. Redução de Custos: A automação e eficiência resultantes da integração fintech podem levar a reduções significativas nos custos operacionais.   Conclusão À medida que as fintechs continuam a revolucionar o cenário financeiro, seu impacto na contabilidade é inegável. A transformação digital impulsionada por essas inovadoras soluções tecnológicas está remodelando as práticas contábeis e oferecendo uma série de benefícios para empresas e profissionais contábeis. A contabilidade está evoluindo de uma função puramente transacional para um papel estratégico. A automação de tarefas rotineiras e a disponibilidade de dados em tempo real estão capacitando os profissionais contábeis a se concentrarem em análises avançadas, planejamento financeiro e tomada de decisões informadas. As novas abordagens contábeis impulsionadas pelas fintechs estão permitindo uma visão mais holística das finanças das empresas. A integração de dados de várias fontes oferece insights valiosos para identificar tendências, oportunidades de economia e estratégias de crescimento. Apesar dos desafios de segurança de dados e conformidade regulatória, as oportunidades oferecidas pela integração fintech na contabilidade são significativas. A eficiência aprimorada, as análises avançadas e a redução de custos são apenas alguns dos benefícios tangíveis que as empresas podem colher. Em última análise, a colaboração entre fintechs e contabilidade está levando a uma gestão financeira mais ágil, precisa e estratégica. Aqueles que se adaptam a essa mudança estão bem posicionados para prosperar em um ambiente de negócios em constante mudança, impulsionando a inovação e o crescimento sustentável.

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Pequenos Negócios se beneficiarão do Open Banking

Primeira fase de implementação desse sistema de integração de dados financeiros já está em execução

O início da implementação da primeira fase do Open Banking pelo Banco Central traz boas perspectivas para os pequenos negócios brasileiros. Esse sistema que irá integrar os dados financeiros permitirá o compartilhamento de informações dos clientes entre os bancos, desde que o consumidor aceite. Além de facilitar a vida dos empreendedores, que poderão consultar seus relacionamentos bancários em apenas um aplicativo, por exemplo, o sistema também favorecerá a busca por melhores preços e produtos que se adequem à realidade do consumidor.

A analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Cristina Vieira, explica que, entre outros benefícios, o Open Banking irá reduzir as taxas de serviços, aumentar a competitividade e a oferta de melhores produtos financeiros para as empresas. “Os empreendedores poderão escolher, com mais facilidade, com quem eles querem se relacionar tendo em vista as vantagens ofertadas. São inúmeras as possibilidades que o Open Banking irá gerar para as empresas”, ressalta. Ela destaca ainda que com esse novo sistema surgirão muitas fintechs oferecendo novos serviços financeiros para as empresas.

Além disso, de acordo com Cristina, as empresas poderão ter um maior controle de sua vida financeira. Uma oportunidade também para as fintechs, que poderão oferecer serviços e produtos financeiros, como por exemplo, app de controles financeiros integrado com a conta corrente, uma vez que o Open Banking irá estimular o surgimento de novos modelos de negócios. Ela ainda enfatiza que, atualmente, quase todos os negócios têm um custo adicional de empresas de serviços financeiros que são contratadas para fazer a sua gestão. “Com a integração dos sistemas, o próprio empreendedor poderá fazer isso com maior facilidade, pois já estará integrado com a conta corrente que a empresa movimenta”, comenta a analista.

Com a criação do Open Banking, os dados bancários dos consumidores, que são informações valiosas para os bancos, corretoras e fintechs, não pertencerão mais às instituições financeiras e sim aos clientes que poderão usá-los da forma que acharem melhor e, com a autorização deles, os dados poderão ser compartilhados entre as instituições financeiras. “O empreendedor não ficará preso apenas a uma instituição. Ele poderá escolher o que fazer com seu dinheiro”, destaca Cristina.

EmConta

Nesta primeira fase do Open Banking, o empreendedor atendido pelo Sebrae já pode utilizar o EmConta, um conector entre empreendedores e serviços financeiros criado pela Instituição para oferecer cada vez mais praticidade aos donos de pequenos negócios. A ferramenta facilita a comparação e viabiliza a pré-contratação de serviços financeiros de forma segura e ágil. Atualmente, a ferramenta oferece a possibilidade de comparar serviços de conta corrente para pessoas jurídicas, máquinas de cartão e serviços de contabilidade.

O EmConta foi lançado em março pelo Sebrae, pouco antes da pandemia. Desde então, tem se mostrado uma excelente solução para que empreendedores comparem preços, serviços e taxas para abertura de contas correntes, adesão a máquinas de cartão e serviços contábeis, sem sair de casa. O serviço já recebeu mais de 65 mil usuários, somando 34 mil simulações.

Por Agência Sebrae de Notícias

Senado muda programa de suporte a empregos para fortalecer Pronampe

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (15) o projeto de lei de conversão que abre crédito para que pequenas e médias empresas mantenham seus funcionários durante a pandemia de covid-19. Os senadores fizeram mudanças para reduzir pela metade o escopo do programa e fortalecer o Pronampe, linha de crédito para essas empresas com finalidades mais amplas. O texto volta para a análise da Câmara dos Deputados.

O projeto vem da Medida Provisória (MPV) 944/2020, publicada no início de abril. Ela criou o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), destinado a disponibilizar verbas para que micro e pequenas empresas possam pagar salários e saldar dívidas trabalhistas ou previdenciárias durante a pandemia.

No texto aprovado pelo Senado, o Pese poderá contar com até R$ 20 bilhões, metade do valor previsto originalmente. Em compensação, a União fica autorizada a remeter R$ 12 bilhões adicionais para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que também oferece crédito, mas não o vincula exclusivamente a salários ou dívidas — as empresas também podem fazer investimentos.

O relator da MP, senador Omar Aziz (PSD-AM), justificou o rearranjo dizendo que o Pronampe “decolou” como forma de apoio às micro e pequenas empresas, ao contrário do Pese, que não tem concedido alto volume de crédito desde a sua criação.

“Como o funding federal tem sido utilizado de maneira eficiente no âmbito do Pronampe, é plenamente aceitável realocar mais recursos para este programa”, escreveu o senador em seu relatório.

Segundo o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), as mudanças foram combinadas com a equipe econômica. Ele reconheceu que o Pese não cumpriu os seus objetivos

— O Pese não andou bem. Houve uma série de exigências que terminaram não criando atratividade. O relatório, ao retirar os recursos do Pese, está colocando mais dinheiro para a micro e pequena empresa.

Omar também aceitou emenda do senador Esperidião Amin (PP-SC) que elimina o faturamento anual mínimo exigido para participação no Pese e reduz o faturamento anual máximo, de R$ 50 milhões para R$ 10 milhões. Além disso, beneficiários com receita anual inferior a R$ 360 mil terão linhas de crédito menores (até 40% do faturamento), mas poderão destinar livremente os recursos captados.

Fintechs

Outras mudanças do relator foram a inclusão de organizações religiosas entre as entidades que podem ser beneficiadas pelo Pese e permissão para que o programa seja operado também através de cooperativas de crédito e fintechs.

Por fim, Omar acrescentou previsão para que, a partir de outubro, a União possa pedir devolução de até 50% da verba destinada ao Pese que não tenha sido repassada. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), gestor do programa, terá até 30 dias para atender o pedido.

Rearranjo

O Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese) é lastreado em repasse da União para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que corresponde a 85% da linha de crédito. Outros 15% devem ser aportados pelos bancos privados que operam o programa. Todos os financiamentos concedidos devem seguir essa proporção de fontes de recursos.

O texto do Senado reduz de R$ 34 bilhões para R$ 17 bilhões o aporte da União. O compromisso dos bancos privados passa de R$ 6 bilhões para R$ 2,55 bilhões.

Dos R$ 17 bilhões retirados do Pese, R$ 12 bilhões serão acrescidos à participação da União no Pronampe. Os R$ 5 bilhões restantes, segundo o senador Fernando Bezerra Coelho, serão garantidos pela MP 975/2020, que oferta crédito às micro e pequenas empresas através de uma modalidade que permite o uso das vendas feitas com máquinas de cartão como garantia.

Funcionamento

No Pese, empresários, sociedades empresárias ou cooperativas (exceto as de crédito), sociedades simples, organizações da sociedade civil, empregadores rurais (pessoas físicas e jurídicas) e organizações religiosas poderão acessar as linhas de crédito até 31 de outubro. A principal regra é o uso do dinheiro exclusivamente para pagar salários e dívidas trabalhistas ou previdenciárias.

Se o empregador mantiver o pagamento da folha de salários no banco com o qual negociar o empréstimo, o pagamento aos funcionários deverá ser feito diretamente pelo banco. De qualquer modo, o pagamento somente poderá ser feito com depósito na conta titular do trabalhador.

As empresas ficam proibidas de demitir funcionários, na proporção em que participarem do programa. Por exemplo: se a linha de crédito acessada cobrir 100% da folha, então ninguém poderá ser demitido, sem justa causa, até 60 dias após o recebimento da última parcela. Se a linha de crédito cobrir 75% da folha, então 1/4 dos trabalhadores poderá ser demitido, e assim sucessivamente.

Os pedidos de empréstimo podem ser feitos no valor de até 2 salários mínimos (R$ 2.090) por empregado. Sob nenhuma hipótese o contratante poderá se valer dos recursos para finalidade diferente do pagamento de salários ou verbas trabalhistas. Se for constatada esta prática, o vencimento da dívida será antecipado.

Verbas trabalhistas

O empregador poderá usar os recursos para quitar verbas trabalhistas decorrentes de condenações transitadas em julgado na Justiça do Trabalho, e referentes a execuções que tenham começado desde o início da calamidade pública do coronavírus (20 de março), ou que venham a ocorrer até 18 meses após o fim da vigência do estado de calamidade.

Como o decreto que institui a calamidade pública por causa da covid-19 tem vigência até 31 de dezembro de 2020, estariam abrangidos os processos iniciados até junho de 2022. Poderão ser financiados também débitos resultantes de acordos homologados, inclusive extrajudiciais, no mesmo período.

Poderão ser financiadas ainda verbas rescisórias pagas ou pendentes, decorrentes de demissões sem justa causa ocorridas entre 20 de março e a data de publicação da futura lei, inclusive os débitos relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), contanto que haja a recontratação do empregado demitido.

O texto considera o acesso a este tipo de linha de crédito uma confissão de dívida irrevogável, limitando o valor a R$ 15 mil para o total de dívidas e a R$ 15 mil por contrato de trabalho, no caso do FGTS, quando comprovada a recontratação pelo mesmo empregador. A recontratação também deverá perdurar por 60 dias, sob pena do vencimento antecipado da dívida.

Juros

A taxa de juros que deve ser praticada será de 3,75% ao ano, com prazo para pagar de 36 meses e carência, já incluída neste prazo, de 6 meses para começar a pagar.

Para conceder os empréstimos, os bancos poderão seguir suas próprias políticas de concessão, podendo consultar sistemas de proteção ao crédito e registros de inadimplência referentes aos 6 meses anteriores. Os riscos de inadimplência e perdas financeiras serão suportados na mesma proporção da participação (85% de recursos públicos, e 15% de recursos privados).

Incentivo ao turismo

Foi incluído pelo relator da MP na Câmara, deputado Zé Vitor (PL-MG), um artigo permitindo que o Fundo Geral do Turismo (Fungetur) libere dinheiro para agentes financeiros credenciados concederem empréstimos com pagamento de taxa efetiva de juros de 1% ao ano ao Fundo. Esta política específica também visa tentar manter empregos neste setor, um dos mais afetados pela pandemia. Estes recursos também só poderão ser usados na manutenção ou eventual geração de empregos.

O Pronampe permite aos bancos que concedem empréstimos com recursos do Fungetur, contarem com a garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO), podendo chegar a até 100% em cada operação.

Por Agência Senado

Serviços financeiros estão adotando novos tipos de transações e aplicativos

A transformação digital anda de mãos dadas com os aplicativos e não é mais apenas uma frase de marketing atraente apenas. Para 74% das organizações, os aplicativos são essenciais para os negócios – sem aplicativos, elas não podem operar.

O dado é do levantamento State of Application Services 2020, que entrevistou 488 profissionais de finanças no mercado mundial, incluindo o Brasil.

Para oferecer produtos customizados e eficazes para seus clientes, as empresas de serviços financeiros estão adotando novos tipos de transações e aplicativos, enquanto modernizam sua infraestrutura.

Inclusive para acompanhar o galopante crescimento que as fintechs vêm tendo.

As experiências personalizadas do usuário, serviços de valor agregado e ecossistemas em expansão prometem oportunidades interessantes para o crescimento da receita em todo o ecossistema.

Para competir em superescala, o segmento está tratando cada aplicativo como um ativo crítico para os negócios, escolhendo a melhor nuvem para cada um, de acordo com 41%.

Somente no ano passado, a importância das plataformas em nuvem nesse segmento subiu onze pontos atingindo 49%, indicando a crescente demanda em relação à nuvem.

Segundo a pesquisa, 26% disseram que os aplicativos suportam seus negócios e fornecem vantagem competitiva. Ninguém respondeu que não precisa de aplicativos para operar.

Apesar do Brasil ainda ter um número enorme de desbancarizados, todos os levantamentos vêm mostrando que as operações mobile são predominantes.

Muitas fintechs, de crédito por exemplo, usam apenas o recurso do app para prover seus serviços financeiros, visando essa fatia sem acesso aos bancos.

E a segurança, como fica?

As estratégias de múltiplas nuvens precisam incorporar a segurança de maneira eficiente e eficaz para criar confiança.

Três em cada quatro entrevistados disseram que é importante implantar e aplicar as mesmas políticas de segurança locais e na nuvem.

A nuvem oferece uma velocidade sem precedentes na implantação de aplicativos para organizações que correm em direção à transformação digital, e três em cada quatro dizem que o principal fator desses esforços de transformação é aumentar a velocidade de lançamentos de novos produtos ou serviços.

Quando o alvo é o time de líderes seniores em serviços financeiros, é revelador que a análise de ameaças em tempo real salta para o segundo lugar no ranking.

Totalmente diferente do resultado global, onde os líderes seniores colocam a análise de ameaças em tempo real em sexto lugar.

Gateways API e o Open Banking

O fator determinante para a adoção no mercado é um pouco diferente entre as regiões. Cerca de 47% estão planejando implementar Open Banking.

Os gateways de API têm um papel importante devido ao aumento da eficiência operacional para aplicativos internos.

Na região EMEA, é visto como um mecanismo para dar ao consumidor mais controle sobre seus dados.

Nos EUA, é uma maneira de os bancos maiores e mais estabelecidos oferecerem recursos personalizados aprimorados que alavancam a inovação da fintech no mercado.

Na Ásia/Pacífico, estão surgindo novos ecossistemas digitais focados em serviços financeiros inovadores, os “SuperApps” como WeChat e Gojek.

Já as implantações de Web Application Firewall aumentam a cada ano, com 81% em uso, comparado à 77% em 2019. Quase um terço das organizações avalia o tipo de aplicação antes de implantar uma WAF.

Atrair e reter clientes nativos digitalmente também está obrigando o setor financeiro inovar mais rapidamente, usando a nuvem pública e as arquiteturas modernas (nativas da nuvem ou do contêiner).

A lista começa com gateways SDN e SD WAN em 42%, seguidos por gateways API em 39% e controle de acesso, em 35%.

Selecionei alguns destaques que servem de base para onde esse setor está caminhando:

– 84% estão executando a transformação digital – com ênfase em acelerar a velocidade de lançamentos.

– 87% são multicloud e todas usam serviços de aplicativos em busca da confiança digital.

– 68% implementaram Open Banking e estão usando gateways de API para oferecer inovação.

– 81% implantaram Web Application Firewall contra ameaças crescentes.

Por: Odilon Costa, CEO da Tree Solution

Cadastro positivo compulsório entra em vigor nesta terça-feira

Entra em vigor amanhã (9) o cadastro positivo compulsório.

O sistema, instituído na Lei Complementar 166, de abril deste ano, prevê a adesão automática no repasse, sem consentimento, de informações de histórico de pagamento de cidadãos a bureaus (escritórios) de crédito (como Serasa e SPC – Centralização de Serviços dos Bancos e Serviço de Proteção ao Crédito).

Eles servirão de base para atribuição de notas de crédito a cada cidadão, que serão utilizadas como referência na tomada de empréstimos e realização de crediários, entre outras operações.

O cadastro positivo já existe no país. Contudo, dependia da autorização do indivíduo para que fosse incluído na lista.

A diferença da nova modalidade consiste na adesão automática, sem que a pessoa tenha de dar qualquer permissão para que informações de histórico de pagamento possam ser avaliadas pelos bureaus de crédito para formar as notas.

Serão avaliados os “dados financeiros e de pagamentos, relativos a operações de crédito e obrigações de pagamento adimplidas ou em andamento”, conforme descrito na lei.

Entram aí, por exemplo, o quanto uma pessoa atrasou pagamentos de contas ou de cartão de crédito, que dívidas ela tem, com que empresas e sua capacidade financeira de arcar com compromissos adquiridos. Podem, inclusive, ser consideradas informações de desempenho também dos familiares de primeiro grau.

A lei vetou o uso de algumas informações pessoais dos cidadãos para a formação da nota, como as que “não estiverem vinculadas à análise de risco de crédito e aquelas relacionadas à origem social e étnica, à saúde, à informação genética, ao sexo e às convicções políticas, religiosas e filosóficas”.

Essas notas (ou score, no termo em inglês utilizado entre as empresas) podem ser empregadas por empresas e instituições financeiras para determinados tipos de transação.

Cada empresa vai definir a forma de adotar as notas e que tipo de restrição determinados índices podem trazer, como na diferenciação de condições, taxas de juros ou de acesso a serviços.

Recusa Os consumidores que não quiserem ter seus dados incluídos no cadastro positivo podem solicitar a retirada. Essa requisição deve ser feita juntamente aos bureaus de crédito, como Serasa, SPC e Boa Vista Serviços.

Caso a pessoa desista da saída do sistema, pode pedir o retorno ao cadastro. Esses procedimentos podem ser realizados presencialmente ou por meio dos sites dessas empresas.

A diretora de Operação de Dados da Serasa Experian, Leila Martins, disse que o consumidor também pode requisitar aos bureaus a disponibilização das informações sobre ele e cobrar a correção em caso de dados errados.

“Se ele entende que tem algum dado que não considera correto, pode contestar. A fonte que deu origem tem que responder”, explicou.

Benefícios Para o presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), Elias Sfeir, o novo sistema pode gerar benefícios aos consumidores.

“Com o cadastro positivo você tem uma pontuação mais próxima realmente do seu comportamento. Tendo essa pontuação mais próxima, os agentes de crédito podem fazer melhor avaliação e dar uma taxa melhor de juros, considerando o seu perfil”.

A promessa do novo cadastro positivo é que com tais informações, bancos, fintechs e outras instituições reduzam taxas e juros.

Segundo Sfeir, em países que adotaram esse modelo houve queda de 45% da inadimplência, o que causou impacto na redução de spreads bancários. Com isso, haverá espaço para incluir pessoas no sistema de crédito, beneficiar micro e pequenas empresas e aumentar a arrecadação.

Riscos Na avaliação do coordenador de direito digital do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Diogo Moyses, além do cadastro positivo violar a privacidade dos consumidores, há problemas a serem resolvidos na sua implementação.

O primeiro é o fato de a legislação apontar a possibilidade de uso de alguns dados não expressos, o que abriria espaço para abusos. Por isso, acrescenta, é importante que o Banco Central e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (aprovada em lei neste ano, mas ainda não criada pelo governo) regulamentem de forma detalhada os registros dos consumidores que podem ser utilizados para a formação da nota.

A segunda preocupação envolve em que tipo de transação a nota de crédito será admitida.

Ele cita como exemplo as operadoras de telefonia, que já estão restringindo o acesso a planos pós-pagos a pessoas com notas baixas.

“Há um receio que o score seja utilizado para cercear o acesso dos consumidores além das relações de crédito. Milhões de consumidores podem ser excluídos economicamente. Em vez de gerar inclusão, o cadastro pode se tornar instrumento de exclusão. Ainda mais com cenário de pessoas desempregadas e aumento da inadimplência”, afirmou.

Edição: Kleber Sampaio

Por Jonas Valente – Repórter da Agência Brasil