BNDES anuncia linha de crédito para micro e pequenas empresas

BNDES

Interessados poderão receber até R$ 500 mil e terão 60 meses para quitar a dívida. Objetivo do banco de fomento é estimular a criação de empregos

Batizada de BNDES Crédito Pequenas Empresas, a linha tem como foco a geração de empregos e a ampliação da concessão de crédito para empresas de menor porte, responsáveis por mais de 50% dos postos de trabalho formais no país. “Vamos atender quem tem mais dificuldades de obter crédito. Queremos dar mais competitividade ao segmento que mais gera emprego, que é o que o Brasil mais precisa”, afirmou Joaquim Levy, presidente do banco de fomento.

A linha de crédito não tem um valor limite de recursos. A expectativa é que a demanda pelos empréstimos chegue a R$ 1 bilhão em pouco tempo. Se a busca pelo crédito for maior, o BNDES disponibilizará mais capital. “Estamos deixando de investir nas grandes para ter mais recursos para esse tipo de atividade. Se a demanda chegar a R$ 3 bilhões ou R$ 4 bilhões, melhor ainda”, disse Levy.

A nova linha terá limite de crédito máximo de R$ 500 mil por cliente a cada 12 meses, com prazo máximo de até 60 meses para pagamento. O BNDES estima que a taxa de juros, na maior parte dos casos, fique em 1,45% ao mês.

Segundo o BNDES, a linha de crédito estará disponível nas próximas semanas. Os empréstimos serão oferecidos por bancos e agentes financeiros que repassam recursos da instituição. Os pequenos negócios interessados no capital podem acessar o Canal MPME para mais informações.

Fonte: O Parlamento

Bolsonaro diz que reforma tributária pode evoluir para incluir Estados e municípios

Bolsonaro disse que ‘todo mundo concorda com a proposta (de reforma tributária), desde que não perca nada’ – Foto: GABRIELA BILO

O presidente Jair Bolsonaro disse que a ideia do governo é encaminhar uma proposta de reforma tributária que envolva apenas impostos federais, mas que é possível “evoluir” para incluir Estados e municípios. A possibilidade, no entanto, é vista como arriscada por ele.  “Até pode evoluir (para incluir estados e municípios), mas toda vez que isso foi feito ao longo dos meus 28 anos na Câmara a proposta não foi para frente e foi arquivada porque há muito interesse”, avaliou.

O Estado mostrou que Estados e municípios não aceitam uma reforma que simplifique apenas os tributos federais. Uma das propostas é que os governadores se unam para modificar a proposta que já está na Câmara, de relatoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), desenhada pelo economista Bernard Appy.

Bolsonaro disse que “todo mundo concorda com a proposta (de reforma tributária), desde que não perca nada”. “Acho que o Paulo Guedes (ministro da Economia) está certo, é uma reforma da União. Depois, uma outra PEC poderá ser feita para Estados e Municípios. A minha ideia é a gente simplificar impostos e taxas”, disse após evento no Planalto com anúncio de mudanças em normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.

Maia quer unificar três das cinco propostas que tratam sobre o tema: a do líder do MDB, Baleia Rossi (SP), que já está em uma comissão especial, a que está no Senado, de autoria do ex-deputado Luis Carlos Hauly, e a do governo federal, que ainda está sendo preparada pela equipe econômica. A ideia de Maia é facilitar a análise da reforma para tentar aprovar o texto até o fim deste ano.

Mais cedo, o presidente da República contou que conversou sobre a votação em segundo turno da reforma da Previdência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre temas econômicos. “Falamos basicamente sobre Previdência. A votação do segundo turno e outras pautas da política”, disse Bolsonaro ao fim do café. Segundo fontes, eles também trataram da reforma tributária.

A Câmara deverá retomar a votação da Reforma da Previdência na próxima terça-feira, 6, quando os parlamentares estarão de volta à Brasília após três semanas de recesso.

Fonte: Estadão

Pequenos negócios sustentam geração de emprego pelo quinto mês no país

Análise foi feita pelo Sebrae a partir de dados do Caged

A geração de empregos com carteira assinada em junho veio dos pequenos negócios, pela quinta vez seguida neste ano. A análise feita pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, mostra que foram criados 52,7 mil postos de trabalho no segmento. O número de empregos criados pelas micro e pequenas empresas em junho registrou o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos.

Segundo o levantamento, as médias e grandes corporações, pela segunda vez consecutiva, mais demitiram do que contrataram, registrando saldo negativo de 4,8 mil empregos. Ao se agregar o resultado da Administração Pública a esses saldo, no total foram gerados no país 48.436 postos de trabalho no país.

No primeiro semestre de 2019, os pequenos negócios respondem por 387,3 mil empregos, 70 vezes maior que o saldo de empregos gerados pelas médias e grandes empresas (5,5 mil).

Enquanto as micro e pequenas empresas registraram pequeno crescimento na geração de empregos no primeiro semestre, as médias e grandes tiveram redução significativa no saldo. Na comparação com o período de janeiro a junho de 2018, as micro e pequenas empresas apresentaram crescimento de 0,8% na geração de emprego e as médias e grandes, saldo 80% menor.

Setores

No primeiro semestre, foram os pequenos negócios do setor de serviços que sustentaram a geração de empregos no país, respondendo pela criação de 213,8 mil postos de trabalho, 55,2% do total. Os pequenos negócios da indústria de transformação assumiram a segunda posição no ranking setorial, com criação de 56,6 mil empregos, seguidos pelas micro e pequenas empresas da agropecuária (+54 mil empregos). Já os pequenos negócios que atuam no comércio registraram, no primeiro semestre de 2019, demissão líquida de quase 50 mil trabalhadores.

De acordo com os dados do Caged, no primeiro semestre, o comércio foi o único a registrar foi o único semento a registrar saldo negativo, ao se considerar todos os portes de empresas. O saldo negativo nesse setor chegou a 88,7 mil, na comparação com o primeiro semestre de 2018. Ao apresentar os dados na última quinta-feira (25), o subsecretário de Políticas Públicas e Relações de Trabalho do Ministério da Economia, Matheus Stivali, avaliou que retração do emprego no comércio é reflexo da atividade econômica em recuperação. “A explicação é próprio desempenho fraco da economia. O comércio emprega pessoas de qualificação média e é onde mais

crise econômica é sentida”, disse.

Estados

A maior parte das contratações com carteira assinada aconteceram entre as MPE do estado de São Paulo, com a criação de 15,2 mil postos de trabalho, acompanhadas das empresas de Minas Gerais (mais 14 mil empregos). Isso fez com que o Sudeste assumisse a liderança na criação de vagas de trabalho no mês de junho deste ano (mais 33 mil empregos), sendo seguido pelos pequenos negócios da região Centro-Oeste (mais 11,6 mil vagas).

Fonte: Diário da Região

Governo vai revisar 36 normas de segurança do trabalho até meados de 2020

O secretário de Previdência e Trabalho do ministério da Economia enfatizou que as 36 normas podem fazer com que um empregado seja passível de levar até 6,9 mil multas no momento da auditoria

O Ministério da Economia vai revisar todas as 36 normas de regulamentação da segurança do trabalho. A intenção do governo é que 90% desse processo seja concluído até novembro deste ano e que todo o trabalho seja finalizado em meados de 2020. O primeiro passo já foi dado, com a modificação de duas e revogação de uma terceira, como anunciou o secretário de Previdência e Trabalho da pasta, Rogério Marinho, nesta terça-feira (30/7).

Marinho enfatizou que as 36 normas podem fazer com que um empregado seja passível de levar até 6,9 mil multas no momento da auditoria. “Nós não podemos conviver com regras anacrônicas, bizarras, que nos atrasam, atrapalham e inibem os empreendimentos”, defendeu o secretário. Representantes dos servidores criticaram a iniciativa.

Marinho ressaltou que nos últimos 30 a 40 anos houve um “extraordinário” acúmulo de normas que foram se sobrepondo e criando complexidade, além de inviabilizar empreendimentos. Com a alterações dos três decretos, o Executivo espera um impacto de R$ 68 bilhões na economia nos próximos 10 anos.

Na NR nº 1 terá duas mudanças. O primeiro é permitir que micro e pequenas empresas — que representam mais de 70% do total de empreendimentos no Brasil — possam não ser mais imputadas da necessidade de elaborar anualmente Programa de Prevenção de Piscos Ambientais (PPRA) e de Programa de Segurança Operacional (PSO) no caso de não serem empresas que têm risco físico ou biológico.

Atualmente, estes documentos precisam ser apresentados anualmente, com pagamentos de R$ 1,5 mil para seguir as regras. “Isso por si só vai acarretar uma economia de R$ 1,5 bilhões a mais por ano”, ressaltou Marinho. “É um despesa absolutamente inócua para empresas que não tem nenhum risco neste setor. Eu estou falando do dono do salão de cabeleireiro, do buteco, do carrinho do cachorro quente”, completou.

A NR ainda otimiza o treinamento de trabalhadores no setor privado que atuam com atividades de risco. A ideia é evitar que a pessoa refaça o mesmo curso ou especialização num período curto de tempo (dois anos), mesmo que houvesse mudança de emprego ou cargo.  “Isso tem o custo de R$ 1 bilhões por ano para estas micro e pequenas empresas”, afirmou o secretário de Previdência e Trabalho. Apenas esta norma terá um impacto de R$ 25 bilhões na economia em 10 anos, de acordo com cálculos da equipe econômica.

Também há mudanças na NR nº 12, que, de acordo com o secretário, não impediu a desindustrialização do Brasil. O texto trata sobre regras de segurança para a implantação de máquinas e equipamentos no país. Para Marinho, houve perda de competitividade de 2010, quando a regra foi criada, para atualmente. O secretário apontou que a mudança é um marco para reindustrialização do país. O impacto será de R$ 43 bilhões na economia em uma década.

Aplicação impossível 

O governo extinguiu a NR nº 2 sob a justificativa que ela é “impossível de ser aplicada”. Ela estabelece que o empreendimento não pode iniciar sem uma avaliação de um auditor-fiscal do trabalho. “Nós temos 3 mil auditores, mas temos mais de nove milhões de empresas”, comparou Marinho. “É inexequível. O empresário pode ser autoado caso comece as operações”, acrescentou.

Marinho ressaltou que as medidas foram tomadas de acordo com técnicos ligados às universidades e academias, além de estudos em outros países do mundo. O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, disse, em coletiva de imprensa, que as três alterações feitas pelo governo foram decididas em consenso com os trabalhadores, a iniciativa privada e os técnicos do governo.

Outra etapa de simplificação das regras foi o que Dalcolmo chamou de “consolidação normativa”. Ele explicou que, no início do governo, o antigo Ministério do Trabalho não tinha como quantificar o número de decretos, instruções normativas, portarias e notas técnicas. “Após análise, verificamos que os números de documentos da área chegava a quase 1000”, afirmou. “Nossa intenção é reduzir isso”, declarou.

Os 158 decretos na área trabalhista existentes passaram a ser quatro, que regulamenta direitos, profissões regulamentadas, colegiados na área de trabalho e convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O próximo passo é avançar sobre cerca de 600 portarias, com meta ambiciosa para ter algo em torno de 10 ou menos dispositivos. Em sequência, serão atacadas instruções normativas, notas técnicas e manuais. A intenção é consolidar as alterações até o fim de novembro.

Fonte: Correio Braziliense

Publicação da versão 5.1.6 do programa da ECF

Foi publicada a versão 5.1.6 do programa da ECF com as seguintes alterações: – Melhoria do desempenho das validações do programa; e

– Atualização da regra de recuperação da ECD no caso de pessoas jurídicas com apuração trimestral e mudança de plano de contas no meio do período.

A versão 5.1.5 do programa da ECF ainda poderá ser utilizada para transmissão.

O programa está disponível a partir da área de downloads do site do Sped:

O programa validador da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) versão Java pode ser utilizado nos sistemas operacionais abaixo, desde que obedecidas as seguintes instruções:

1) A máquina virtual java (JVM), versão 1.8, deve estar instalada, pois o programa desenvolvido em Java não pode ser executado sem a JVM.

A Máquina Virtual Java poderá ser baixada acessando o site http://www.java.com/pt_BR/download/manual.jsp.

2) Selecione o programa de acordo com o sistema operacional, faça o download e o instale:

A) Para Windows:

SpedEcf_w32-5.1.6.exe

B) Para Linux:

SpedEcf_linux_x86-5.1.6.jar (32 bits)

SpedEcf_linux_x64-5.1.6.jar (64 bits) 

Para instalar, é necessário adicionar permissão de execução, por meio do comando “chmod +x SpedEcf_linux_x86-5.1.6.jar”, ou “chmod +x SpedEcf_linux_x64-5.1.6.jar”ou conforme o Gerenciador de Janelas utilizado.

Confiança Empresarial avança motivada pela melhora das expectativas

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) subiu 0,9 ponto em julho de 2019, para 93,9 pontos. Na métrica de média móveis trimestrais, o índice avançou em 0,1 ponto, após recuar nos quatro meses anteriores.

“A alta da confiança empresarial pelo segundo mês consecutivo foi motivada principalmente pela melhora das expectativas. O resultado parece estar relacionado com a aprovação da votação em 1º turno da Reforma da Previdência e medidas para incentivar o consumo como a liberação dos recursos do FGTS e PIS/PASEP. Para que haja uma recuperação mais consistente será necessária a efetiva melhora do nível de atividade. Na análise setorial, o comércio se destaca e a indústria de transformação segue piorando pelo terceiro mês consecutivo”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

O ISA-E, índice que retrata a percepção sobre a situação atual dos negócios, subiu 0,1 ponto em julho, para 89,9 pontos. O índice tem oscilado numa estreita faixa em torno dos 90 pontos, baixa em termos históricos, desde março de 2018. Já o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,9 ponto no mês, para 101,0 pontos, o maior resultado desde setembro de 2013 (101,4 pontos).

Entre os subíndices que compõem o ICE, pelo segundo mês consecutivo, apenas a confiança da Indústria recuou 0,9 ponto, permanecendo abaixo da zona de neutralidade (100 pontos) desde junho de 2018. No setor de Serviços, a confiança registra a segunda alta consecutiva, em 2,2 pontos, recuperando parte das perdas entre fev-mar. No Comércio, houve avanço de 2,3 pontos influenciada tanto pela melhora da percepção atual dos negócios quanto das expectativas para os próximos meses. Para as empresas da Construção, a confiança subiu 2,6 pontos, para 85,4 pontos, retornando ao nível de dezembro de 2018.

Difusão da Confiança

Em julho, a confiança avançou em 67% dos 49 segmentos que integram o ICE. Os destaques do mês são o Comércio, setor em que todos os segmentos registraram alta; e a Construção, com alta da confiança em 91% dos segmentos. No mês passado, a disseminação da alta havia alcançado 65% dos segmentos.

Acesse o press release

Por Portal IBRE FGV

Taxa de desemprego é de 12,0% e taxa de subutilização é 24,8% no trimestre encerrado em junho de 2019

No trimestre encerrado em junho de 2019, a taxa de desocupação (12,0%) recuou 0,7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre de janeiro a março de 2019 (12,7%) e caiu 0,4 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2018 (12,4%).

A população desocupada (12,8 milhões de pessoas) recuou (-4,6%, ou menos 621 mil pessoas em busca de trabalho) frente ao trimestre anterior e ficou estatisticamente estável em relação a igual período de 2018.

A população ocupada (93,3 milhões de pessoas) cresceu em ambas as comparações: 1,6% (mais 1.479 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 2,6% (mais 2.401 mil pessoas) na comparação como o mesmo período de 2018.

A população fora da força de trabalho (64,8 milhões de pessoas) recuou em ambas as comparações: -0,8%, ou menos 494 mil pessoas frente ao trimestre anterior e -1,0%, ou menos 621 mil pessoas frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho (24,8%) não teve variação estatisticamente significativa tanto em relação ao trimestre anterior (25,0%) quanto ao mesmo trimestre móvel de 2018 (24,5%).

A população subutilizada (28,4 milhões) não teve variação significativa frente ao trimestre anterior e subiu 3,4% (mais 923 mil pessoas) frente ao mesmo tri de 2018.

O número de pessoas desalentadas (4,9 milhões) não mostrou variação significativa em ambas as comparações. O percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada foi de 4,4%, repetindo o recorde da série e mantendo estabilidade em ambas as comparações.

O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 33,2 milhões de pessoas, subindo em ambas as comparações: 0,9% (mais 294 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 1,4% (mais 450 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018. Mas o número de empregados sem carteira assinada (11,5 milhões de pessoas) também subiu em ambas as comparações: 3,4% (mais 376 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,2% (mais 565 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

O número de trabalhadores por conta própria (24,1 milhões) bateu novo recorde da série histórica e subiu nas duas comparações: 1,6% (mais 391 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,0% (mais 1.156 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018.

O rendimento médio real habitual (R$ 2.290) caiu 1,3% frente ao trimestre anterior e não teve variação significativa frente ao mesmo trimestre de 2018. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 208,4 bilhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 2,4% (mais R$ 4,8 bilhões) frente ao mesmo período de 2018.

A taxa de desocupação foi estimada em 12,0% para o trimestre móvel de abril a junho de 2019 e caiu 0,7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre de janeiro a março de 2019 (12,7%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2018, quando a taxa foi estimada em 12,4%, também houve queda (-0,4 ponto percentual).

No trimestre móvel de abril a junho de 2019, havia aproximadamente 12,8 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Este contingente recuou (-4,6%, ou menos 621 mil pessoas em busca de trabalho) frente ao trimestre anterior e ficou estatisticamente estável em relação a igual período de 2018.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi estimada em 24,8% no trimestre móvel de abril a junho de 2019 e não mostrou variação estatisticamente significativa em ambas as comparações: nem em relação ao trimestre de janeiro a março de 2019 (25,0%) quanto ao mesmo trimestre móvel de 2018 (24,5%).

O número de pessoas subutilizadas no Brasil chegou a 28,4 milhões no trimestre de abril a junho de 2019, sem mostrar variação significativa frente ao trimestre de janeiro a março de 2019. No confronto com igual trimestre de 2018, esta estimativa cresceu 3,4%, ou mais 923 mil pessoas subutilizadas.

O número de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas chegou a cerca de 7,4 milhões no trimestre de abril a junho de 2019, um recorde da série histórica. Houve um aumento de 8,7% em relação ao trimestre anterior, ou mais 587 mil subocupados. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior houve uma alta de 13,8%, o equivalente a mais 892 mil pessoas subocupadas.

O contingente na força de trabalho potencial, no trimestre de abril a junho de 2019, foi estimado em 8,3 milhões de pessoas e permaneceu estável em ambas as comparações.

O contingente fora da força de trabalho, no trimestre de abril a junho de 2019 chegou a 64,8 milhões de pessoas, com quedas em ambas as comparações: -0,8% (menos 494 mil pessoas) contra o trimestre anterior e -1,0% (menos 621 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2019.

O contingente de pessoas desalentadas foi estimado 4,877 milhões no trimestre de março a maio de 2019. Houve estabilidade em ambas as comparações. Já o percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada foi estimado em 4,4% e repetiu o recorde da série histórica, ficando estável em ambas as comparações.

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de abril a junho de 2019, foi estimado em 106,1 milhões de pessoas. Esta população apresentou um incremento de 858 mil pessoas (0,8%), comparada com o trimestre anterior. Frente ao mesmo trimestre de 2018, houve alta de 2,2% (mais 2,2 milhões de pessoas).

A população ocupada foi estimada em aproximadamente 93,3 milhões. Houve aumentos em ambas as comparações: de 1,6% (mais 1.479 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 2,6% (mais 2.401 mil pessoas) contra o mesmo trimestre de 2019.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) chegou a 54,6% no trimestre de abril a junho de 2019 e cresceu em ambas as comparações: 0,8 p.p. frente ao trimestre anterior e 0,9 p.p. comparado ao mesmo trimestre de 2018.

O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (exclusive trabalhadores domésticos), estimado em 33,2 milhões de pessoas, cresceu em ambas as comparações: 0,9% (o equivalente a 294 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 1,4% (mais 450 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (11,5 milhões de pessoas) também cresceu em ambas as comparações: 3,4% (um incremento de 376 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 5,2% (mais 565 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O contingente de trabalhadores por conta própria chegou a 24,1 milhões de pessoas, o recorde da série histórica. Houve crescimento em ambas as comparações: 1,6% (mais 391 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,0% (mais 1,2 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

A categoria dos empregadores chegou a 4,4 milhões de pessoas, sem variações significativas em ambas as comparações.

O número de trabalhadores domésticos, estimado em 6,3 milhões de pessoas, cresceu 2,4% em relação ao trimestre anterior e ficou estável frente ao mesmo trimestre de 2018.

O grupo dos empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares), estimado em 11,7 milhões de pessoas, apresentou aumento de 2,6% frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, não houve variação estatisticamente significativa.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2 290 no trimestre de abril a junho de 2019, com queda de 1,3% frente ao trimestre anterior e estabilidade em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

A massa de rendimento real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada, para o trimestre móvel de abril a junho de 2019, em R$ 208,4 bilhões de reais. Houve estabilidade em relação ao trimestre anterior e alta de 2,4% frente ao mesmo trimestre de 2018, o que representa um acréscimo de R$ 4,8 bilhões na massa de rendimentos.

Por Agência de Notícias IBGE

4 lições para se dar bem nos negócios mesmo após um fracasso

“Quebrar foi uma das experiências mais difíceis da minha vida. Mas Aprendi mais na falência do que ganhando dinheiro”, diz Roi Shlomo

É mais comum que empresários falem de suas conquistas do que de seus fracassos.

Para Roi Shlomo, porém, lembrar-se do dia em que perdeu tudo não é um problema.

“Quebrar foi uma das experiências mais difíceis da minha vida”, ele diz à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Shlomo é fundador e diretor executivo da Kale Me Crazy, uma rede de comida saudável de Atlanta, nos EUA, lançada em 2013.

Como vários empresários bem sucedidos, ele começou pequeno, com um quiosque em um shopping center. Em 2006, ele conseguiu expandir, adquirindo mais 13 quiosques no mesmo local. Ganhou em um só mês US$ 300 mil – o suficiente para comprar uma casa nos EUA. Nunca imaginou que ganharia tanto em tão pouco tempo, tendo crescido em uma família sem muitos recursos econômicos.

“Me sentia invencível. Estava ansioso por dobrar ou triplicar meus lucros.”

Empolgado, comprou um carro novo e investiu no setor imobiliário na Flórida. Foi morar em Las Vegas e fechou um contrato de aluguel para instalar uma loja de joias em 2007, logo antes do estouro da grande crise financeira de 2008.

A queda

“A coisa ficou feia rapidamente”, diz Shlomo.

Seus investimentos perderam valor e ele teve problemas para pagar o aluguel. Como não sabia a dimensão da recessão, seguiu injetando dinheiro no empreendimento.

Em menos de um ano, perdeu todo o dinheiro que havia juntado e teve de pedir falência.

“Não posso culpar unicamente a crise. Também tomei algumas decisões comerciais equivocadas.”

Para gerar receitas que lhe permitissem sobreviver, passou a limpar tapetes e a economizar onde pudesse.

Passados dois anos, um amigo lhe emprestou dinheiro, que, somado a sua poupança, ele usaria em uma nova empreitada.

Foi quando tornou-se o cofundador da Yogli Mogli, uma loja de venda de iogurte.

Em três anos, ele tinha 27 unidades – até vender a empresa para lançar-se em nova aventura.

Em 2013, ele então fundou a Kale me Crazy, uma rede de sucos e comida saudável.

Hoje tem 21 lojas em Atlanta e cinco em construção em outras cidades dos EUA.

Estas são as quatro lições que Shlomo aprendeu com sua experiência.

1. Proteja seu dinheiro

Ganhar dinheiro é excelente, mas também se deve saber protegê-lo.

Meu maior erro foi a pressa, em 2006, com que reinvesti o que eu havia ganhado com a esperança de receber mais recursos.

Para construir um negócio sólido, não é preciso começar pequeno, mas deve-se levar o tempo necessário para tomar decisões informadas.

Eu não reservei esse tempo para pensar. Se tivesse, poderia ter sido uma das pessoas a ganhar muito dinheiro na recessão, em vez de perder tudo.

Às vezes, a decisão correta é guardar seu dinheiro e esperar até que haja uma boa oportunidade.

2. Valorize o que você tem

Quebrar me ensinou a apreciar o dinheiro mais do que nunca.

Todos já ouvimos sobre as pessoas que ganham na loteria ou recebem uma herança e torram tudo. Quando não se está acostumado a ter dinheiro (justamente o que me ocorreu no início da carreira), é fácil tomar decisões equivocadas e terminar com as mãos vazias.

Embora sempre tenha sabido como ganhar dinheiro, nunca o valorizei realmente até perder tudo.

Aprenda com o meu erro: controle seus gastos e economize. Você se sentirá muito melhor quando puder ver um colchão de segurança na sua poupança.

3Aprenda a calcular os riscos

Antes de assinar um contrato de aluguel, abrir uma loja ou fechar qualquer outro compromisso comercial, avalie o valor do seu negócio e determine que custos poderá suportar.

Quando assinei o contrato da minha joalheria, estava fascinado com a grande quantidade de pessoas e turistas que entravam na loja.

Achei que o alto volume de vendas me permitiria pagar o aluguel exorbitante, mas esse risco não valeu a pena. Nessa situação, o único que ganhava dinheiro era o proprietário do terreno.

Ao fim do dia, o volume de clientes e as vendas não importam. O único que importa é seu lucro líquido e quando realmente fica no seu bolso. Conheça seus números por dentro e por fora, e não se comprometa com nada se as contas não fecharem.

4. Leve o tempo necessário

Quando você está entusiasmado com uma ideia ou apaixonado por um espaço para uma loja, é difícil ser paciente e esperar que tudo se alinhe.

Porém, para que uma localização seja comercialmente exitosa, é necessário que múltiplos fatores cooperem entre si: o projeto da loja, que outros negócios há na vizinhança e até se o estacionamento é conveniente.

Ninguém gosta de perder dinheiro. É melhor levar o tempo necessário e se assegurar de que a localização é boa, além de se manter fiel a sua visão.

Ir à falência foi uma das experiências mais estressantes, dolorosas e enriquecedoras da minha vida. Mas não lamento a experiência, pois ela me ensinou o que eu precisava aprender para chegar onde estou neste momento.

Fonte: BBC

Pior que carga de tributos é a falta de demanda

Historicamente, um dos maiores problemas das indústrias é a carga tributária excessiva, mas, em 2019, ganha importância a falta de demanda de bens industriais, revela a última Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). É a mais recente evidência do custo da estagnação econômica para as empresas do setor secundário e da necessidade premente de medidas de estímulo ao consumo capazes de assegurar alguma injeção de ânimo na atividade produtiva e não apenas a um ou outro setor da economia.

No segundo trimestre do ano passado, a demanda interna insuficiente era citada por 30,3% dos entrevistados da Sondagem Industrial. Um ano depois, esse item é mencionado por 41,1% das 1.903 empresas consultadas, porcentual inferior apenas ao do auge da recessão, no segundo trimestre de 2016, indicando crescimento muito elevado. O indicador de demanda está agora próximo de outro tão ou mais problemático para os industriais: a carga de tributos. Esta é agora citada por 42,4% dos pesquisados.

Estes dois problemas não são, evidentemente, os únicos a evidenciar as dificuldades das indústrias, que atribuem peso expressivo às condições financeiras debilitadas, à insatisfação com as margens de lucro e ao excesso de estoques – que se vêm acumulando desde o início do ano e que também são causados pela insuficiência da demanda.

Na comparação entre o primeiro e o segundo trimestres de 2019, foi menos intenso o problema da falta ou do alto custo de matérias-primas, o que se explica pela atividade econômica insatisfatória. Mas os industriais acreditam que se agravou o risco de competição desleal, que inclui contrabando e dumping, ao mesmo tempo que cresce o peso negativo decorrente da burocracia excessiva. A menção desse problema por 15,6% dos entrevistados é recorde histórico.

Segundo a CNI, as indústrias ainda alimentam expectativas favoráveis para o futuro, mas os investimentos estão contidos, bem como as contratações de pessoal.

Fica evidente, assim, a expectativa de que liberações de recursos dos consumidores mantidos em fundos de poupança compulsória, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o PIS-Pasep, tragam algum alento à economia, mas isso dependerá da velocidade do ingresso desses recursos na economia.

Fonte: Estadão

Novo texto da MP da Liberdade Econômica autoriza abertura de bancos aos sábados

A medida provisória (MP) da Liberdade Econômica autoriza a abertura de agências bancárias aos sábados.

O relator do texto, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), propõe a revogação de uma lei de 1962 que veta o expediente interno e externo de “estabelecimentos de crédito”.

A medida, aprovada em comissão especial no dia 11 de julho, já enfrenta resistência de sindicatos de bancários. Entretanto, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) diz que não comenta projetos em tramitação ou em debate.
A possibilidade de abertura de bancos aos sábados vem de uma emenda inserida por Goergen na proposta. Ele também defende liberar o trabalho aos domingos e feriados.
— Abrir ou não (o estabelecimento) é um arbítrio do dono da empresa. Ele tem de cumprir, e isso é importante de se dizer, a lei trabalhista — afirma Goergen. — Cumprindo a lei trabalhista, nenhuma convenção, nenhum acordo, nenhuma disposição vai valer para impedir a abertura do negócio — defendeu.
A medida provisória foi, originalmente, enviada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro em 30 de abril. Um levantamento da Folha de S.Paulo mostrou que 36 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) serão alterados através de emendas.
A série de mudanças tem sido chamada de minirreforma trabalhista por especialistas. A emenda de Goergen também dispensa, por acordo individual, o registro de ponto diário.
Segundo o deputado, um dos benefícios da liberação de abertura de agências aos sábados é o aumento da disponibilidade de serviços bancários à população.
— Ao fazer isso, eu estou criando uma condição para empregabilidade, talvez não seja emprego de massa, porque nem toda cidade vai abrir, talvez em cidade grande — diz.
Apesar das novas tecnologias, como serviços por aplicativos, internet ou telefone, os bancos poderão ter interesse em abrir agências, afirma Luiz Antonio dos Santos Junior, sócio do Veirano Advogados.
— (A revogação da lei de 1962) vai possibilitar, por exemplo, abrir um posto bancário dentro de uma grande empresa, em um shopping — diz o advogado. — Abrir em lugares pontuais para que as pessoas possam ter acesso, vejo como uma possibilidade a mais de trabalho, alinhada com a autorização de trabalho aos domingos e feriados — complementa Santos Junior.
De acordo com ele, por se tratar de uma lei, não há inconstitucionalidade na mudança. Os contratos de trabalho dos bancários, porém, terão de passar por ajustes.
— Nas instituições financeiras, trabalha-se de segunda a sexta. Se estiver dentro (do limite)da jornada de trabalho, o trabalhador é obrigado a aceitar (o novo expediente) — explicou.
Os ajustes, contudo, poderão ser questionados. Segundo o advogado, haverá debates em negociações coletivas com sindicatos, nas relações entre empregado e empresa e até mesmo na Justiça.
A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, critica as mudanças.
— Esse é um dos pontos que a gente tem divergência. Não é o caminho correto. Pega a MP e atravessa com jabutis (medidas sem relação com proposta principal). Está aprofundando a reforma trabalhista — diz Moreira.
Moreira afirma que a medida não vai gerar empregos. Ela critica o fato de o relatório da MP, em caso de folga do trabalhador na semana, dispensar pagamento de hora extra.
— Por acordo, pode abrir (a agência em casos excepcionais). Só tem de pagar, pagar hora extra. É um setor que tem dinheiro para pagar hora extra — diz.
Ricardo Calcini, professor de direito do trabalho da FMU, também afirma que a MP trata agora de assunto que não tem a ver com a proposta do governo.
— Essa história de colocar coisa que não estava no texto original é contra a jurisprudência do STF (Supremo Tribunal Federal). Isso é contrabando legislativo, isso é jabuti. Para ser declarado inconstitucional, é uma questão de tempo — diz.
Projetos de lei na Câmara dos Deputados e no Senado já propõem a abertura das agências aos fins de semana. A tramitação de uma MP, em razão da relevância e urgência, é mais rápida.
O texto precisa ser aprovado em até 120 dias. O prazo máximo é até o dia 10 de setembro.

Fonte: Zero Hora